Resende, A Cidade dos Cadetes, 7 de Agosto de 2015
Prezado amigo e acadêmico Cel Juvêncio Saldanha Lemos,
Neto do filho ilustre de meu berço natal Canguçu Cel Juvêncio Lemos, patrono de Cadeira da Academia Canguçuense de História (ACANDHIS).
Magnífico o seu livro Brummers, assunto que no passado muito pesquisei e vejo como aproveitou meus estudos e os aplicou e esgotou o assunto que comecei a resgatá-lo debaixo de profunda camada de pátina dos tempos onde se encontrava..
Faço minhas as palavras do acadêmico Cezar Pires Machado. Ambos honraram os seus patronos, o amigo Cel J. B. Magalhães e o Cesar o meu amigo o saudoso historiador e animador cultural Dante de Laytano.
Magníficos e originais os seus Antecedentes históricos pela síntese exemplar e sua linguagem também original. Muito aprendi com eles!
Dos Brummers recordo os seguintes fatos que abordei em minhas pesquisas;
- O uso por eles dos modernos revolucionários e modernos fuzis Dreize a Agulha, na Batalha de Monte Caseros, no qual tiveram relevante papel por seu longo alcance surpreendendo a Artilharia inimiga e que seriam usados na Guerra do Paraguai por atiradores de escol.Assunto que detalho em meu livro Estrangeiros e descendentes na História Militar do RGS as p110/111.
- A vinda com eles dos primeiros pontoneiros do nosso Exército, com respectiva equipagem de Pontes Birago e que foram dissolvidas por Caxias em Montevidéu e seus pontoneiros incorporados na Infantaria que combateu em Monte Caseros. Dissolvida em razão de não dispor-se de tração ideal e para transportar sua equipagem de Pontes através do Uruguai difícil pela falta de estradas e atolamentos como ocorreu com a tração bovina da Artilharia de Mallet, apelidada de Boi de Botas..- Ter sido na Cuerra do Paraguai confiado o ,comando do até pouco esquecido Batalhão de Pontoneiros do 2º Corpo de Exército ao brummer,Major Maximiliano Emerich que prestou relevantes serviços ao nosso Exército conforme registro em meu livro Estrangeiros e descendentes na História Militar do RGS a que refere na bibliografia de seu precioso livro,
- Um antigo pontoneiro brummer que transportou Caxias num pequeno barco em inspeção a foz de cursos d`água do Chaco que desaguavam no rio Paraguai, para confirmar se havia sido removida vegetação que impedia um a atracagem de barcos para transportar soldados que desembarcariam na margem inimiga, perguntou a Caxias a razão de tanto sacrifício numa inspeção que poderia ter delegada, Caxias respondeu: “ Eu vou ver e não mando ver.”
- A morte de desertores brummers de Artilharia em Pelotas que perseguidos por Esquadrão da Guarda Nacional ofereceram resistência e foram mortos e sepultados no Cemitério de Canguçu, ao lado da Igreja local, onde haviam sido sepultados os mortos imperiais e farraoupilhas do violento 2 º Combate de Canguçu,descrito por Caxias em seus Ofícios sobre a Revolução Farroupilha .Combate que com apoio na descrição de Caxias , abordo em meu livro Canguçu reencontro com a História edições de 1983 e 2007.
O amigo e diligente acadêmico e historiador persistente esgotou o assunto. E sua trilogia Os Mercenários do Imperador, A Saga da Prata e Brummers –constituem uma muito expressiva contribuição a História Militar Terrestre do Brasil, tarefa que nossa guerreira Federação de Academias de História Militar Terrestre do Brasil, se dedica há 18 anos, com o objetivo de ajudar nosso Exército, a combater com maior eficiência, em caso de necessidade no futuro e, assim como pais pacifista que não possui sonhos de conquistas, desenvolver poder militar defensivo dissuasório compatível para proteger nossa Soberania e nossas riquezas, alvo de ambições internacionais crescentes.
Parabéns por mais este lançamento em meu nome e do Colégio Acadêmico da FAHIMTB o qual muito honra como sua notável atuação como consagrado historiador Militar Terrestre Brasileiro .Um grande abraço! Canguçu esta orgulhoso do neto do sei ilustre filho e grande chefe de nossa Brigada Militar.
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Cel Claudio Moreira Bento
Presidente da FAHIMTB
