ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL – AHIMTB

Fundada em 1º. de março de 1996

Delegacia Rio de Janeiro - Marechal João Batista de Matos

 

SESSÃO SOLENE AHIMTB

 

Cerimônia de Posse como Acadêmica Especial da

MAJOR ELZA CANSANÇÃO MEDEIROS

na Cadeira Historiadora Militar Terrestre do Brasil

 

Segunda-feira 16 de abril de 2007 às 1400


ORAÇÃO DE ABERTURA DE SEÇÃO

PEDIMOS A DEUS QUE NOS DÊ SABEDORIA PARA DESCOBRIRMOS A MELHORES LIÇÕES E A VERDADE HISTÓRICA, NAS PESQUISAS E REFLEXÕES DA ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL.

CORAGEM MORAL E VONTADE CULTURAL PARA ESCOLHER AS MELHORES LIÇÕES E A VERDADE HISTÓRICA.

FORÇA,GARRA E DETERMINAÇÃO PATRIÓTICAS PARA FAZER COM QUE A VERDADE HISTÓRICA E AS MELHORES LIÇÕES TRIUNFEM SOBRE AS FALSIDADES,DETURPAÇÕES, A INDIFERENÇA E A IGNORÂNCIA.

TUDO PARA A MAIOR GLÓRIA E O DESENVOLVIMENTO DAS FORÇAS TERRESTRES DO BRASIL ,NO EXERCÍCIO O MAIS COMPETENTE POSSÍVEL DE SUAS MISSÕES CONSTITUCIONAIS .

QUE ASSIM SEJA!!!


 SAUDAÇÃO À ACADÊMICA

MAJOR ELZA CANSANÇÃO MEDEIROS

  

 


  Palavras de Israel Blajberg em nome da AHIMTB


 

A cada 7 de Setembro, a multidão diante do Pantheon de Caxias se encanta ao ver passar o Grupamento dos Ex- Combatentes.

 Uma figura marcante de mulher, fardada, logo desperta a atenção do público, desfilando embarcada numa das primeiras viaturas.

 O tempo passou ...  mas não afetou seu brilho, nem fez com que deixasse de manter, altaneira, a postura ereta com que saúda as Autoridades no palanque, sempre uma das mais aplaudidas.

 Entretanto, aparecer em público mantendo viva a imagem e a memória da gloriosa Força Expedicionária Brasileira é apenas uma das muitas facetas da rica contribuição da Major Elza Cansanção Medeiros, à causa da FEB.

 Nos últimos anos, também em momentos de acentuada vibração patriótica assim, tive o privilégio de passar a conhecer mais de perto a Major Elza, um ícone, quase um mito, uma vida inteira de dedicação, entusiasmo, ideais elevados a pautar uma carreira consagrada à História, ao Exército, ao Brasil.

 Por isso, aceitei honrado a missão, o privilégio, de em nome da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, saudar o seu justo e merecido ingresso nesta casa de cultura, ora efetivado no histórico quartel que um dia abrigou uma tropa da Cavalaria Blindada, guarnecida com os mesmos carros de combate Sherman  que compuseram aguerridas falanges durante a Segunda Guerra Mundial

 A lembrança desta mesma guerra nos remete àquela época difícil,  quando a então Tenente Enfermeira Elza Cansanção Medeiros, com suas colegas do Corpo de Saúde da FEB, em meio às vicissitudes dos combates, não media esforços nem sacrifícios para que a dor dos soldados que sofriam pudesse ser minorada.

           Novas visões estratégicas determinaram que o citado regimento da Nobre Arma Ligeira daqui seguisse para outros destinos, dando lugar ao CPOR, a Casa de Correia Lima, aquele bravo e sonhador, jovem integrante da Missão Indígena, dedicado de corpo e alma para melhor instrumentalizar o Exército, buscando na sociedade  talentos profissionais, ação esta que se mostraria tão acertada, quando da constituição da FEB.

Portanto, as tradições cultivadas durante os 80 anos deste Centro, que comemoramos agora neste mes de abril, se reafirmam e revigoram ao sediar o presente ato, um encontro de gerações, onde uma plêiade de jovens Aspirantes ora protagoniza uma passagem simbólica, elas que nos tempos que correm, cumprem a mesma missão desempenhada pela Major ELZA em tempo de guerra.

Que jamais seja necessário, mas se um dia for preciso honrar o juramento, elas certamente o farão, inspiradas pelo legado transmitido pelas pioneiras, das quais a Major ELZA é lídima representante.

Aquela criança, que veio ao mundo aqui mesmo nesta cidade do Rio de Janeiro, herdou dos pais a coragem e o desprendimento dos bravos das Alagoas, terra de gente forte e decidida, que deu ao Brasil nossos dois primeiros presidentes: Marechal Deodoro da Fonseca e Marechal Floriano Peixoto.

Portanto, não foi surpresa ter sido aquela jovem Enfermeira a primeira voluntária brasileira a se apresentar, alistando-se para a Segunda Guerra Mundial.

Era o dia 18 de abril de 1943, portanto na semana que corre fazem exatos 64 anos que o Corpo de Enfermeiras da Reserva do Exército recebeu a primeira  das suas 67  integrantes, a que se somaram mais 6 da Aeronáutica.

Logo veio o treinamento na Fortaleza de São João, no HCE e na Policlínica, e o embarque por via aérea para o TO da Itália, onde as Enfermeiras da FEB se destacaram pelo carinho e profissionalismo com que souberam se desempenhar de suas funções, granjeando o respeito e admiração da tropa.

Foram dignas de uma Ana Néri, que partiu em 1865 para a guerra do Paraguai com autorização especial do Imperador.  75 anos depois estas outras mulheres guerreiras reviveram em todo o esplendor e beleza aquela figura sublime, inspiradas ainda em Joana Angélica, Maria Quitéria, Rosa da Fonseca, Anita Garibaldi, Bárbara Heliodora, Sóror Angélica, e tantas outras heroínas brasileiras.

A Maj ELZA se destacou como Enfermeira Chefe no 7th Station Hospital em Livorno, tendo também atuado em vários setores como O Lig, graças ao seu domínio de 5 idiomas.

Desde então a Major ELZA vem se dedicando a elevar o nome da FEB e do Exército Brasileiro.

Seu trabalho multidisplinar é riquíssimo, distribuindo-se por inúmeras diversas vertentes, da iconografia a escultura, da museologia  a produção literária, incansável  atuação reconhecida pelas inúmeras condecorações que lhe foram outorgadas, alem de filiação a importantes institutos.

Com efeito possui nada menos que 40 medalhas nacionais e estrangeiras, tendo sido a primeira mulher a ingressar no IGHMB, na categoria de socia-titular, no ano do cinquentario daquela instituição.

Em 2004 assumiu a Cadeira número 3 da ACADEMIA MACEIOENCE DE LETRAS, em Alagoas, tornando-se assim a primeira mulher militar a se tornar IMORTAL.

Diariamente pode ser encontrada no 6°. Andar do PDC, onde se localiza o AHEx, conhecida de todos, desde o soldado ao General, muito querida pelos que ali labutam, sejam funcionarios civis ou militares, onde lutando contra conhecidos óbices inerentes ao Serviço Publico em geral, criou e mantêm o mais completo acervo iconográfico da FEB, preservando a memória histórica através de 5 mil fotografias.

Em Maceió criou o Museu Militar da Segunda Guerra Mundial, iniciado em pequena sala da 20ª. CSM, hoje ampliado com centenas de peças históricas de elevado valor, como aquelas recuperadas do Itapagé, torpedeado na costa de Maceió. Os verdes mares alagoanos foram o túmulo daqueles brasileiros, bravos tripulantes e passageiros inocentes, vitimas da sanha nazista.

Outra faceta não menos destacada é seu trabalho como escultora de bustos de militares famosos, no Brasil e em outros países.  Somente do Marechal Mascarenhas de Moraes, o Grande Comandante da FEB foram 40 esculturas, alem do Marechal do Ar Eduardo Gomes, em bronze, na Base do Galeão, Base dos Afonsos e na  cidade que leva seu nome, Eduardo Gomes - RN; e a estatueta representando uma enfermeira em continência, prêmio oferecido às primeiras colocadas da Escola de Administração do Exército em Salvador, que vem a ser o seu auto-retrato.

 

São inúmeros os livros e artigos da sua autoria, como

Nas Barbas do Tedesco - Premiado e editado pela Biblioteca do Exército, em 1955.

E Foi Assim Que A Cobra Fumou - Editora Imago, 1987 – com várias edições

Dicionário de Alagoanês - Impresso na Universidade Federal de Alagoas, 1997.

Eu Estava Lá - Editora Ágora da Ilha, 2001.

1... 2... Esquerda... Direita... Acertem o Passo - Edição Fundação Municipal de Ação Cultural de Maceió – Alagoas, 2003

 

Apresentou diversos trabalhos científicos em congressos de Medicina Militar, e estudos que muito contribuíram para a formulação dos atuais corpos femininos das forças singulares.

           Neste breve relato, foi possivel apresentar tão somente uma descrição simplificada das ciclópicas realizações da Major ELZA, ainda assim demonstração cabal dos seus elevados méritos, que ora lhe conduzem a ocupar a cadeira especial Historiadora Militar Terrestre Brasileira, como primeira mulher a ocupar cadeira nesta Instituição.

A Academia se sente justamente honrada em recebê-la.

Acadêmica ELZA Cansanção Medeiros, seja bem-vinda, a casa é sua, seus pares se rejubilam, em poder contar com o brilho da sua inteligência, o calor da sua dedicação, o encanto da sua presença.

M. O.



7 de Setembro de 2007

 Desfile Militar

C M L

 Av. Presidente Vargas - Em frente ao Pantheon de CAXIAS


 



PALAVRAS FINAIS NA SESSÃO DA AHIMTB NO CPOR/RJ EM 16 DE ABRIL  DE 2007

EM HOMENAGEM AOS CPOR/RJ EM SEUS 80 ANOS e DE POSSE

DA ACADÊMICA MAJOR ELZA CANSANÇÂO MEDEIROS

 

Cel Cláudio Moreira Bento

Presidente da AHIMTB

Hoje, depois de 11 anos de fundada, a Academia de História Militar Terrestre do Brasil realizou  esta seção histórica comemorativa, para aqui homenagear, em sua caserna, o Centro de Preparação de Oficias da Reserva do Rio de janeiro (CPOR/RJ) e os oficias por ela formados em seus 80 anos de profícua existência e dedicação a formação de oficias da Reserva do Exército, em substituição aos da Guarda Nacional extinta em 1918 pelo Presidente Wenceslau Braz em razão de ela  não ter sido capaz no Brasil de formar oficias da Reserva capazes de efetivamente se constituírem reserva do Exército .Tanto que ao ser extinta foi dada a oportunidade a oficias da Guarda Nacional integrarem a Reserva de Oficiais  depois de Curso de Adaptação ministrado no local da Casa de Deodoro, sede atual do nosso Instituto de Geografia e  História Militar do Brasil. Mas ninguém se apresentou.

Nesta seção memorável e acreditamos histórica, a Academia de História Militar Terrestre do Brasil, através de sua Delegacia no Rio de Janeiro, Marechal João Batista de Matos, empossou  como acadêmica a primeira mulher, a Major Enfermeira Elza Cansanção Medeiros destacada historiadora militar terrestre brasileira que já fazia parte do Instituto de História e Geografias Militar do Brasil onde tivemos a honra de recebe-la em nome daquela notável instituição, além de sermos  autor das orelhas de um notável livro de sua autoria sobre a nossa Força Expedicionária ( FEB. Força esta  que ela  a integrou com destaque e que até hoje continua mantendo acesa e viva, na sociedade brasileira, a contribuição daquela Força Expedicionária para a defesa da Liberdade e Democracia Mundial ameaçadas pelo nazifacismo

E para recebe-la em nome do Colégio Acadêmico, designamos o acadêmico ,  Tenente Israel Blajberg, um destacado integrante e orgulhoso Oficial R/2 de Artilharia e  pesquisador, preservador, cultor e divulgador da saga dos Oficiais R/2 do Exército Brasileiro, iniciada há 80 anos sob a liderança do Major Correia Lima.

 Ao acadêmico Israel devemos o resgate no Arquivo Histórico do Exército, da vida militar do seu patrono de cadeira, o Coronel Mário Clementino, que estava coberta por espessa camada de pátina dos tempos e do qual eram conhecidas a sua obra e a projeção da mesma, por interpretação notável do acadêmico emérito Coronel Nilton Freixinho. Acadêmico Israel que foi recebido na AHIMTB por seu antigo instrutor no CPOR ao tempo que possuía sua sede no atual Museu Militar Conde de Linhares pelo General-de-Exército Gleuber Vieira, ocupante da cadeira Marechal José Pessoa, o idealizador de nossa Academia Militar das Agulhas Negras e com expressivas e estratégicas ações para tornar Brasília uma realidade, verdade que dia após dia, aparece, evidenciando o notável trabalho olvidado de José Pessoa neste particular. História é verdade e justiça!

Em 1874 foi adotado o Regulamento de Ensino no Exército, de cunho bacharelesco, e não profissional militar, e que se prolongou até 1905, quando oficiais veteranos da Guerra do Paraguai e filhos destes, deram um basta a este período com o Regulamento de Ensino de 1905, de cunho profissional militar, inflexão do bacharelismo para o profissionalismo que até hoje vigora. Adoção do Regulamento de Ensino de 1905, aproveitando a infeliz e bacharelesca Revolta da Vacina Obrigatória de 1904, na Escola da Praia Vermelha, o que determinou o seu fechamento seguido de extinção e transferida, em 1906, a formação dos oficiais,  para a Escola de Guerra de Porto Alegre (1906 – 1911) no Casarão da Várzea, onde estudou a geração de brilhantes oficiais que dinamizaram a Reforma Militar em 1938, com a criação do Estado-Maior do Exército e da Fábrica de Pólvora sem fumaça de Piquete. E entre eles o fundador do CPOR, Capitão Correia Lima.

Reforma Militar concluída em 1945 e que unificou todos os seus cursos de formação de oficiais na Escola Militar do Realengo em 1913.

Ano em que foi criada a Revista A Defesa Nacional, pelos jovens turcos que haviam tirado cursos em unidades do Exército Alemão e outros estudiosos, como o então Capitão Mario Clementino e o Tenente Francisco de Paula Cidade que se consagraram como mestres de História Militar Crítica, na Escola Militar do Realengo.

E estourou a 1ª Guerra Mundial na Europa, ameaçando potencialmente o Brasil despreparado para ela, contando como suas reservas renováveis os Tiros de Guerra e Centros Gaúchos, origem dos Centros de Tradições Gaúchas.

O Exército desatualizado doutrinariamente, enviou para a França na 1ª Guerra Mundial, uma comissão de 20 oficiais com vistas à compra de armamento e se atualizarem na doutrina militar francesa, e até combatendo, como foi o caso mais conhecido, o do Tenente de Cavalaria José Pessoa que combateu num Regimento de Cavalaria da França, no comando de um pelotão de soldados turcos.

Neste crítico tempo de duração da 1ª Guerra Mundial, o Brasil não pode contar com a sua Guarda Nacional, por esta não possuir o mínimo de operacionalidade. Era uma fantasia!

Assim ela foi extinta em 1918, por ato do Presidente Wenceslau Braz que já havia adotado em 1916 o Serviço Militar Obrigatório. Serviço  adotado e iniciado a implementar pelo Duque de Caxias, como Ministro da Guerra e Chefe do Gabinete do Ministro, e com a sua saída do cenário político, foi suspenso por cerca de 40 anos.

E finda a Guerra, o Brasil para se atualizar doutrinariamente, contratou uma Missão Militar Francesa em 1919 e que entre nós trabalhou cerca de 20 anos, ocasião em que na Escola do Realengo, foi criada a Missão Indígena, integrada por oficiais, a maior parte com cursos na Alemanha que haviam fundado A Defesa Nacional, e que foram aprovados com concurso pelo Estado-Maior do Exército, para evitar a interferência da Missão Francesa no Realengo . E daí   o nome de Missão Indígena. Missão que realizou em seu tempo, de 19-21, trabalho notável em seus ilustres alunos que ficaram conscientes da perniciosa influência de oligarquias brasileiras nos destinos do Exército e do povo brasileiro.

E, a seguir, ocorreram as séries de revoluções tenentistas antioligárquicas de 1922, 1924 e 1926. E foi no ano seguinte, 1927, para completar a carência de efetivos que o capitão Correia Lima fundou este CPOR/RJ ..

      O Ten Cel Luiz  de Araújo Correia Lima vem sendo por tradição, considerado e cultivado como o patrono dos CPOR e NPOR, de que foi o idealizador. Solução que com a extinção da Guarda Nacional em 1918, veio a solucionar o grave problema  de formação de oficiais subalternos destinados a integrar a Reserva do Exército. Constituiu seu pioneirismo um grande avanço neste particular, ao lado de adoção do Serviço Militar Obrigatório, em 1916.

      Foi tão feliz a projeção a sua obra que na FEB cerca de 1/3 de oficiais, de aspirantes a capitães, eram oriundos do CPOR, além de muitos que participaram da defesa do litoral, aqui n Brasil.

         Correia Lima iniciou a formação de oficiais da Reserva no 1º GAP em São Cristóvão e atual quartel do 1º GAAe e, depois de bem sucedida campanha entre alunos da Escola Politécnica, não sem sofrer resistências enormes dentro e fora do Exército. Finalmente, em 20 abr 1927, viu triunfar seu ideal que logo se generalizou pelo Brasil. Sobre o assunto escreveu artigo na Revista do Clube Militar nº 3, 1927. Foi criado o CPOR-RJ e, como capitão, foi o seu primeiro comandante. Correia Lima foi praça voluntária  do 25º BI em 24 set 1907. Ingressou na Escola de Guerra em Porto Alegre, em 1908.

         Em 1808 e 1809 lá cursou Infantaria e Cavalaria e logo a seguir como Aspirante -a- Oficial, cursou Artilharia e o Curso de Engenharia no Realengo quando foi mandado servir no 20º GAC, onde começou a dar asas ao seu ideal, concretizado, de formar oficiais da Reserva do Exército, com base em leituras específicas que realizara sobre a 1ª Guerra Mundial e  com apoio no Dec. 15.185 de 21 dez  1821 que previu a formação  de oficiais de 2ª  Classe da Reserva.

         Correia Lima nasceu no Rio Grande do Sul  em 4 nov 1891 e faleceu aos 39 anos em Curitiba, em 10 out 1930, num sangrento episódio da Revolução de 30,  defendendo bravamente o seu comando e convicções.

Vale lembrar que foi há 11 anos criada a nossa Academia de História Militar Terrestre do Brasil priorizando a História Militar Crítica que é analisada à luz dos fundamentos da Arte Militar e Ciência Militar por ajudar a formação profissional de seus quadros e na obtenção de subsídios doutrinários para o desenvolvimento de uma doutrina militar genuína, como a sonharam o Duque de Caxias, o Marechal Floriano Peixoto e por último, o Marechal Humberto de Alencar Castello Branco . Doutrina militar genuína  que chamou de Tupiniquim, ou genuína brasileira, e outros oficiais como os Coronéis J. B. Magalhães e Amerino Raposo Filho, etc.

E assim ela vem trabalhando febrilmente, com uma insignificante relação custo/benefício para a conquista do Objetivo Atual número 1 do Exército, definido pelo General-de-Exército Zenildo de Lucena e reafirmado por seus sucessores.

Pesquisar, preservar, cultuar e divulgar a História, as tradições e os Valores morais, culturais e históricos do Exército; Objetivo que nossa Academia estendeu as demais forças terrestres do Brasil.

Foi uma grande alegria a nossa Academia visitar pela primeira vez este Centro de Preparação de Oficias da Reserva por gentil convite e acolhida de meu antigo cadete Ten Cel CAV Gerson Pinheiro Gomes do qual fui seu instrutor de História Militar há 26 . CPOR/RJ que hoje diplomados  Colaborador Emérito da Academia de História Militar Terrestre do Brasil.

Votos de outras expressivas realizações da Delegacia da AHIMTB no Rio sob a liderança de seu Delegado, acadêmico Cel Ernesto Caruso, e coordenação do acadêmico Israel Blajberg, e participação do acadêmico Marcelo Peixoto da S,o idealizador de nosso Estandarte que decora a Mesa Diretora e com renovados votos que esta equipe  se esforcem ao,máximo e que  consigam entregar esta “Mensagem a Garcia”.

Ou seja o de a cada dia honrarem Objetivo Objetivo Atual nº 1 citado de Pesquisar,preservar , cultura e divulgara a História, as Tradições e os valores morais, culturais e históricos do Exército. Diretriz que a AHIMTB considera uma ordem geral a ser cumprida por todos.

À nova acadêmica Major Elza a primeira mulher a conquistar uma cadeira como acadêmica da Academia de História Militar Terrestre formulamos votos de que prossiga na sua brilhante atuação como historiadora militar terrestre brasileira para um dia a cadeira que hoje ocupa ser denominada, como ato de justiça na voz da História  Major Enfermeira Elza Cansanção Medeiros , se Deus quiser .

Os sinceros agradecimentos da Academia de História Militar Terrestre do Brasil a equipe do CPOR sob a liderança de seu comandante Ten Cel Gerson e participação destacada do Cap Humberto S/3 pela preparação desta notável seção .

E assim encerramos a presente seção apelando para os seus integrantes que ajudem cultural e financeiramente a Academia de História Militar Terrestre do Brasil, cujo futuro se apresenta o nebuloso, por depender de solução governamental ou privada, de apoio financeiro regular a sua atuação que consideramos, salvo melhor juízo, uma obrigação do Estado que as entidades históricas realizam patrioticamente com recursos de seus membros e que Portugal entendeu e subsidia a sua Academia Portuguesa de História.

Em tributo a Hierarquia e a Disciplina pilares do ordenamento jurídico brasileiro convidamos para a encerrar o militar presente mais graduado e antigo.

 

 


Nova Acadêmica recebe cumprimentos do Cmt do CPOR/RJ.