COMEMORAÇÂO DO 20º ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO DA ACADEMIA RESENDENSE DE HISTÓRIA (ARDHIS)
NA SANTA CASA DE RESENDE EM 31 MARÇO 2012

 

 Cel Cláudio Moreira Bento

 

 

  Comemoração do 20º aniversário da ARDHIS no Salão de Honra  e Auditório da Santa Casa fundada em 1835: Da esquerda para a direita acadêmicos:José Leon, Gustavo Praça, João Alberto Stagi, Daniel Fortes, George Godoy, Julio Cesar Fidelis (vice presidente), Cel Claudio Moreira Bento (presidente fundador e emérito), Celina Whately(ex-presidente da ASDHIS), Virginia Calais( atrás de Celina), Marcos Cotrim Barcellos(presidente), Jose Monteiro Filho e Cel Prof. Antônio Carlos Esteves, também dirigente da AEDB. Atrás de João Alberto Stagi aparece o acadêmico Dr Edson Almeida Balieiro, Diretor do Centro de Estudos da Santa Casa.(Foto de António Augusto Stumpf Bento, filho do Cel Bento).

           Em 31 de março de 2012, a noite, no Salão de Honra e Auditório da Santa Casa de Resende, sob a presidência de Marcos Cotrim Barcellos, teve lugar a comemoração dos 20 anos da ARDHIS por nós fundada, ocasião em que fomos homenageados como o seu Presidente fundador.

          Seguido da palavra do Presidente Marcos Cotrim Barcellos nos homenageando com o fundador da ARDHIS e autor, há 20 anos do livro: A Saga da Santa Casa de Misericórdia de Resende,  nos foi dado o local central na Mesa Diretora e posta a palavra a nossa disposição.

          Então emocionado iniciamos por recordar acadêmicos que muito nos ajudaram na fundação da ARDHIS.

          O Cel. Geraldo Levasseur França, autor do brasão primitivo da ARDHIS, acadêmico que inaugurou a cadeira Professora Mariucha e lembramos a sua contribuição graciosa como artista plástico, à comunidades resendense e itatiaiense as quais inventariamos em nossas orações de recepção como acadêmico do Cel França nas ARDHIS e ACIDHIDIS, sem até o presente ser ele homenageado com o nome de rua pelo povo resendense e o itatiaiense através de suas Câmaras de Vereadores, em razão de seu grande mérito comunitário. Ele colaborou com o nosso livro da Santa Casa, com pintura de sua 1ª capa, o que demonstra a sua capacidade com artista plástico.

          Recordamos a contribuição da acadêmica, Alda Bernardes Faria e Silva, como coordenadora da ARDHIS e atual presidente da Academia Itatiaiense de História (ACIDHIS), também por nós, fundada em 1992, há 20 anos.

          Lembramos a contribuição como secretário do Tenente José Pereira Filho, pela organização em ordem e dia da documentação da ARDHIS em nossa presidência  e inclusive o registro em cartório dos Estatutos da ARDHIS da ACIDHIS e mais tarde, em 1996, os da AHIMTB. E sem esquecer o acadêmico Cel. Antonio Esteves, fundador da AEDB que sempre acolheu nesta instituição nossas iniciativas relacionadas com a História de Resende e inclusive a apoio em 1978 na fundação da Delegacia Barão Homem de Mello  em Resende, da Academia Brasileira de História. Delegacia, a qual  evoluiria em 1992 para a ARDHIS. Fundação com a presença da presidência da citada academia o historiador gaúcho Dante de Laytano.

        Abordamos nossas atividades históricas em Resende, depois de passarmos, por aclamação, à presidência da ARDHIS a historiadora Celina Whately, como o haver fundado, em 1º de março de 1996, a Academia Militar Terrestre do Brasil(AHIMTB), no contexto de encontro do IEV em 1996, sobre a presença Militar no Vale do Paraíba e desenvolvida na AMAN, no CRI e na AEDB, na qual figuramos como vice presidente do IEV responsável pela condução  cultural do evento, e do acadêmico Cel Antonio Carlos Esteves, vice presidente do IEV, no apoio administrativo ao evento pela AEDB.

       A AHIMTB em âmbito nacional em 16 anos realizou notável papel no desenvolvimento da história das Forças Terrestres Brasileiras (Exército, Fuzileiros Navais, Infantaria da Aeronáutica e Policias e Bombeiros Militares). Evolução registrada em seu informativo; O Guararapes n° 60 de jan./mar. de 2009, disponível no site da AHIMTB; www.ahimtb.org.br, administrado por nosso filho Capitão-Mar- e- Guerra Carlos Norberto Stumpf Bento.

     AHIMTB que evoluiu, em 23 de abril de 2011, bicentenário da instalação da Academia Real Militar, na Casa do Trem, para uma Federação de Academias de História Militar Terrestre do Brasil (FAHIMTB), sediada em Resende, na AMAN e integrando inicialmente 4 academias: AHIMTB/Resende – Marechal Mário Travassos, AHIMTB/RJ – Marechal João Batista de Mattos, AHIMTB/DF – Marechal José Pessoa, e AHIMTB/RS – General Rinaldo Pereira Câmara.

        O acervo da AHIMTB ganhou sala especial no interior da AMAN entre a Biblioteca e o Clube de História e especializada em História Militar Terrestre do Brasil. bem como na história de Resende com apoio no expressivo acervo de História de Resende por nós reunido e que nela abrigamos.

       No momento trabalhamos com a ampliação expressiva de trabalho já realizados intitulado, Caminhos históricos e Estratégicos de penetração e devassamento do Vale do Paraíba, num contexto de desenvolvimento do Brasil de 1500 a 1900, tendo o autor como pontos de estação de sua visão histórica, Canguçu – RS, sua terra natal e Resende sua terra adotiva e sede de sua mãe profissional a AMAN.

        E como acadêmico da ARDHIS depois de passar a presidência, recordo de duas grandes parcerias que contaram  com sua participação. Em 1995, na Divisa Barra Mansa – Resende, a comemoração do Centenário da morte em casa, até hoje existente, do Marechal Floriano Peixoto, cuja certidão de óbito foi lavrada pelo médico Dr.Manuel Fernandes da  Silveira, bisavô de Marcos Cotrim Barcelos, medico cujo retrato está  entronizado no Salão de Honra da Santa Casa. O Marechal Floriano Peixoto foi homenageado em seu 44° aniversário de morte com o lançamento da pedra fundamental da AMAN. Personagem que inaugurei cadeira em sua homenagem na Academia Barra- mansense de História, instituição que contribuímos para sua criação com os exemplos das ARDHIS e ACIDHIS passados e aprovados por seus fundadores.

       Outra grande parceria com a ARDHIS foi sua intensa participação em 1996 com o IEV e ACIDHIS, no levantamento da Presença Militar no Vale do Paraíba, pesquisa que resultou precioso acervo do qual existe meu  exemplar encadernado .guardado no acervo da FAHIMTB na AMAN .

       Hoje olhando minha idéia de fundar  Academias de História Municipais, as quais a seguir  enumero, Academias com a finalidade de preservar a vida e obra  dos historiadores que escreveram  as histórias de suas comunidades e de personalidades que se destacaram na construção das mesmas. E as cito por ordem de criação.

       1 – Academia Canguçuense de História, em minha terra natal fundada em 13 de setembro de 1988, centenário de seu patrono – Conrado Ernani Bento, nosso pai, preservador e colecionador de fontes histórias da comunidade.

      2- Academia Itajubense de História, fundada em 1984 da qual fui consagrado como seu Presidente de Honra.

     3 – Academia Resendense de História, fundada em 1992, da qual fui consagrado Presidente Emérito e acadêmico ocupante da Cadeira Conde de Resende e tendo como patrono o historiador resendense João Maia.

    4 – Academia Itatiaiense de História, fundada em 1992, da qual fui consagrado presidente fundador e emérito e ocupante da cadeira Barão Homem de Mello, personagem hoje consagrado como patrono da ACIDHIS, e presidida  por Alda Bernardes Faria e Silva;

    5 – Academia Barra-mansense de História, para a qual fornecemos a idéia e participamos de sua fundação e onde inauguramos a cadeira Marechal Floriano Peixoto;

    6 – Academia Piratinense de História, em Piratini – RJ, a capital farroupilha,  onde ocupamos a cadeira General Bento Gonçalves da Silva e também por nós fundada e no aniversário da criação desta comunidade em 1789, como Vila dos Casais .

        Aproveitamos a oportunidade para convidar Marcos Cotrim Barcellos para inaugurar na AHIMTB/Resende, a Cadeira Marechal Curado, personagem ligado a sua condição de ex-cadete da AMAN, filho e sobrinho de militares e prestes a se formar em História, e nela fazer campanha ao seu vice presidente na ARDHIS, o acadêmica professor Júlio Cesar Fidelis, ocupante da cadeira General Severino Sombra.

      Explicamos aos presentes nossa atuação há 41 anos como historiador militar crítico. Ou seja, aquele que analisa reconstituições históricas de eventos militares, à luz dos fundamentos de Arte e Ciência Militar, visando a instrução  dos quadros das Forças Terrestre Brasileiras em Arte e Ciência Militar e contribuição ao desenvolvimento de uma Doutrina Militar Terrestre Brasileira Genuína, o que hoje se impõe ao Brasil, um país rico mas militarmente pobre, contrariando esta lição de História Militar de Humanidade de que país rico deve ser militarmente forte. E o Brasil possui muito a proteger de suas riquezas na Amazônia Azul e na Amazônia Verde, alvo de ambições internacionais crescentes.  Em síntese desenvolver poder militar defensivo dissuasório compatível e talvez manter uma aliança militar defensiva com os Estados Unidos . seguindo o exemplo de Portugal de manter no passado aliança militar com a Inglaterra, o que tornou possível a aceleração da independência do Brasil, com a transferência da Família Real para o Brasil forçada por Napoleão.

       E me empenho como historiador em  convencer a Sociedade Brasileira de que suas Forças Armadas são o braço armado do povo brasileiro, o qual elege seus representantes dos poderes Executivo e Legislativo como responsáveis pela Defesa Nacional. E por via de conseqüência são os responsáveis para assegurarem as Forças Armadas meios compatíveis para a Defesa Nacional. E ao que nos parece a sociedade brasileira acredita que a Defesa Nacional é de de responsabilidade total das Forças Armadas ! Ledo engano!

 

 

 

  

Aspecto da Mesa Diretora. da esquerda para a direita: o acadêmico e Chefe     do Centro de Estudos da Santa Casa  Dr Edson Almeida Balieiro, acadêmica Celina Whately, ex-presidente da ARDHIS, acadêmico Cel Claudio Moreira Bento, presidente fundador e emérito da ARDHIS, Dr Samuel Carreiro Provedor da Santa Casa de Resende e de pé o acadêmico presidente da ARDHIS Marcos Cotrim, Barcelos.É uma visão do histórico Salão de  Honra da Santa Casa decorado com fotos e  pinturas  de personagens que entraram para a História da Santa Casa, desde sua fundação em 1835, dependência que classificaria como o Sacrário Cívico da Santa Casa, em razão dos eventos históricos de grande projeção de que ele serviu de cenário.( Foto de Antonio Augusto Stumpf Bento)

 

A propósito enviamos ao presidente Marcos Cotrim Barcellos a seguinte mensagem via e.mail no dia seguinte:

Prezado presidente da ARDHIS Marcos Cotrim. Meus cumprimentos pela comemoração em altíssimo nível dos 20 anos da ARDHIS em que fui homenageado com seu Presidente fundador. Comemoração no Salão de Honra da Santa Casa de Misericórdia de Resende, cuja história eu tive a honra de resgatar em meu livro a Saga da Santa Casa de Misericórdia de Resende, cuja edição foi possível graças ao seu parente Cel Arivaldo Silveira Fontes então Presidente do SENAI e ligado a seu bisavô sergipano o Dr Manoel Fernandes da Silveira, que em 1895 assinou o atestado de óbito do Marechal Floriano Peixoto, falecido em fazenda na divisa Resende/Barra Mansa, defronte a localidade atual de Floriano. Foi um sucesso com a presença a noite de 37 pessoas com a abordagem de temas relevantes; a sua apresentação justa e impecável, a oportunidade de abordar as minhas atividades como historiador militar crítico ha 16 anos na presidência da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, o relatório  circunstanciado da ex-presidente Celina Whately que me substitui por aclamação na presidência da ARDHIS e que lhe transferiu o bastão . A bela exposição da secretaria Carla e de seu irmão Remo Rocha, filhos de um estimado companheiro de turma. A Carla sobre aspectos da Santa Casa e das fotos na sala de personagens resendenses ligados a Santa Casa e o Remo Rocha  e parcerias, Acadêmico Claudionor Rosa e Diego da Insight, sobre o CD com edição do jornal A Lyra  que recordo nele escrevi  8 artigos sendo que em 1979 sobre o General Osório, o patrono da Cavalaria, arma de seu saudoso pai o Cel Barcellos e de seu tio General Paiva Chaves..Dada a palavra livre fiquei emocionado junto com familiares presentes com os agradecimentos do estimado e gentil acadêmico Professor João Alberto Stagi, pela iniciativa de  havermos  fundado a ARDHIS. .E sem esquecer a competente oração  do acadêmico vice presidente da ARDHIS e do IEV Julio Cesar  Fidelis, também acadêmico da AHIMTB/ Resende, ocupante da cadeira General Severino Sombra. Companhia que espero seja reforçada com sua condição de acadêmico da AHIMTB/ Resende, cadeira Marechal Curado, junto com a acadêmica Alda Bernardes Faria e Silva, ocupante da cadeira Barão Homem de Mello e do acadêmico emérito Cel Prof Antônio Carlos Esteves. Em anexo envio por seu intermédio a seu filho estudante de Relações Internacionais, meu trabalho em anexo Reequipamento das Forças Armadas do Brasil. Abraços Cel Bento Presidente da FAHIMTB e da AHIMTB/Resende Marechal Mario Travassos.

 

 

Capa do livro a Saga da Santa Casa de Misericórdia  de Resende de autoria

do falecido Acadêmico Cel Geraldo Levasseur França e lançado em 1992.