UM BREVE HISTÓRICO DO IME - INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

Autor Cel Eng Militar Ref. Luiz Castelliano de Lucena

 


 

Cel Cláudio Moreira Bento

Presidente da AHIMTB

 

Recebemos do autor exemplar do trabalho em epígrafe, escrito em três idiomas: Português, Espanhol e Inglês e com a seguinte dedicatória:

 

" Aos estimados amigos Bento e Yolanda – este modesto opúsculo que a base de árdua e demorada pesquisa , visou a retratar a autêntica história do IME , em trilingüe ( Português , Espanhol e Inglês), aguardando a sua útil e valiosa crítica levando em conta suas eméritas qualidades de escritor e historiador , Um Natal Feliz e um Próspero Ano de 2006. Fraternalmente Lais e Castelliano .Rio 23 dez 2005."

 

O citado livro tem como 1ª capa um panorama da praça General Tibúrcio, tendo ao fundo o prédio do IME e como 4ª capa, gravura da Real Academia de Artilharia Fortificação e Desenho 1792/1810 . Ilustração retirada de panorama do Rio de Janeiro que se encontrava em Brasília e por nós recolhido ao Arquivo Histórico do Exército quando seu diretor 1985/1991. Desenho elaborado pelo pintor Newton Coutinho para figurar em nosso álbum Escolas de Formação de Oficiais das Forças Armadas do Brasil 1792/1987 .Rio de Janeiro: FHE/POUPEX ,1997. Obra esta lançada no Clube do Exército em 1987 em cerimônia presidida pelo Ministro do Exército Gen Ex Leônidas Pires Gonçalves. E como primeira Escola de Formação, abordamos a olvidada, senão desconhecida Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho . fundada pelo Conde de Resende em 19 de dezembro de 1792, aniversário da rainha D. Maria I , já afastada do governo por demência e o reino de Portugal regido por seu filho D. João e futuro D. João VI, que em 1810 aproveitou as instalações e infra-estrutura desta Real Academia para criar nela a Academia Real Militar em 1810, destinada, não mais a formar oficias de Infantaria, Cavalaria, Artilharia e de Engenheiros militares e civis para o Brasil Colônia, mas agora para todo o Reino de Portugal ,com sede no Brasil.

 

Capas do livro Um breve histórico do IME

 

Em nosso álbum citado interpretamos a citada Real Academia como o berço do Ensino Militar Acadêmico nas Américas e do ensino Superior Civil no Brasil, com o curso de Engenheiros civis nela também criado.

Segue-se na 4ª capa comentário do Gen Ex Alberto Mendes Cardoso, Chefe da Secretaria do Departamento de Ciência e Tecnologia e que prefaciou a obra . Departamento cuja documentação de fundação reunimos para preservação no Arquivo Histórico do Exército e a nós fornecida por seu diretor de então o Gen Ex Ericksen da Fonseca , genro do historiador General Francisco de Paula Cidade. nosso patrono de cadeira no Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) até sermos eleito seu sócio benemérito.

Seguem-se comentários de dois antigos comandantes do IME e membros acadêmicos da AHIMTB e ex delegados da AHIMTB de sua Delegacia Marechal João Batista de Matos, os generais de Divisão Engenheiros Militares, José Carlos Albano do Amarante e Rubens Silveira Brochado e do atual Gen Bda Engenheiro Militar Ernesto Ribeiro Ronzani .

O autor Cel Castelliano que foi um dos coordenadores da Delegacia da AHIMTB Marechal João Batista de Matos , sediada no IME, inicia seu trabalho dedicando a sua obra a sua esposa e colaboradora D Laís de Macedo Castelliano e a seguir focaliza o seu currículo vitae, resultado de muita atuação em 83 anos de uma vida muito útil e de uns tempos para cá voltada para a pesquisa e divulgação de História Militar, razão de sua consagração como acadêmico ocupante da cadeira general Moacyr Lopes de Resende, o primeiro historiador da AMAN e hoje o Cel Castelliano foi elevado a acadêmico emérito por sua constante dedicação a História Militar e a Engenharia Militar desde que aluno da EPPA.

O citado livro editado em 5.000 exemplares aborda os seguintes assuntos relacionados ao ensino de Engenharia Militar no Brasil.

- Primórdios da Engenharia Militar

- A Real Academia de Artilharia Fortificação e Desenho 1792/1810

- A evolução do Ensino Militar e Civil de Engenharia

- A separação do ensino militar e civil de Engenharia

- Reformas do Ensino Militar

- A Escola de Engenharia Militar( EsEM)

A Academia de História Militar Terrestre do Brasil tem tido presença marcante no IME em função do Objetivo Atual nº 1 do Exército, assim definido pelo então Ministro Gen Ex Zenildo de Lucena e revigorado por seus sucessores no comando do Exército. Ou seja:

Pesquisar, preservar, cultuar e divulgar a História, as Tradições e os Valores morais , culturais e históricos do Exército.

E deste o comando do General Amarante a AHIMTB iniciou a marcar sua presença no IME ministrando aula a seus alunos sobre as Guerras Holandesas e em especial sobre a 1ª Batalha dos Guararapes , cuja data em que ela ocorreu foi definida em como o Dia do Exército, pelo Decreto Presidencial de 24 de março de 1994, assinado pelo Presidente da República Itamar Franco e pelo Gen Ex Zenildo de Lucena,

E integram a AHIMTB como patronos de cadeiras os seguintes engenheiros militares que foram professores do IME, os generais Edmundo Macedo Soares , o construtor de Volta Redonda cidade onde a AHIMTB criou a Delegacia com o seu nome e, Francisco de Paula Azevedo Pondé, assinalado Diretor do Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro e historiador das Fabricas do Exército e o descobridor de fontes da História da Academia Real Militar sobre a qual em 1938 , o mais tarde Marechal José Pessoa, o idealizador da AMAN referiu, ao escrever sobre o Espadim de Caxias, e que assim o fazia para não acontecer o que havia ocorrido com a Academia Real Militar que apenas então se sabia que ele havia existido. Tempo este em que se desconhecia que havia existido a Real Academia de Artilharia Fortificação e Desenho destinada a formação de oficiais combatentes, o que foi revelada pelo professor Paulo Pardal em seu livro:Brasil 1792- O início do ensino de Engenharia civil .Rio de janeiro:Odebrecht,1985. Assunto que comentamos sob o título A original contribuição de Paulo Pardal à História do Exército, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, jul/set 2004.

Nas posses como acadêmicos da AHIMTB do generais ex comandantes do IME, Edival Ponciano de Carvalho, na cadeira General Edmundo de Macedo Soares ; do General José Carlos Albano do Amarante, na cadeira Marechal José Bernardino Bormann e do General Rubens Silveira Brochado , também na cadeira Marechal Jose Bernardino Bormann por elevação a acadêmico emérito do General Amarante , eles ministraram em suas posses , aos alunos do IME, a pedido da AHIMTB e em sessão solene desta no IME, aulas magnas sobre as histórias da Metalurgia e Siderurgia no Brasil, sobre a História da Engenharia Militar no Brasil e sobre a História do Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro. e sobre os grandes engenheiros militares seus patronos de cadeiras, proporcionando aos alunos uma perspectiva e identidade profissional antecipadas que talvez só viessem adquirir depois de muita vivência como engenheiros militares. .Formados pelo IME também o hoje acadêmico emérito Cel Luiz Castelliano de Lucena e o Eng Cristovão de Avila Pires Junior , ocupante da cadeira General Francisco de Paula Azevedo Pondé e que como coordenadores da Delegacia da AHIMTB no IME a movimentaram bastante, até serem impedidos por motivo de doença que os impossibilitaram de continuar e sem sucessores.

No comando do Gen Div Geraldo Silvino Soaraes da Silva, a AHIMTB realizou duas memoráveis sessões de entrega de sua medalha do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil nos graus de comendador; oficial e cavaleiro, a diversas personalidades que se destacaram no assunto História Militar Terrestre do Brasil . Estes eventos acham-se registrados nos Anais da AHIMTB já com 34 volumes encadernados e indexados

No IME, sede no Rio da Delegacia da AHIMTB Marechal João Batista de Matos, a AHIMTB realizou outras sessões memoráveis como a posse na cadeira Marechal João Batista Mascarenhas de Morais , do Cel Germano Seidl Vidal , autor do livro A guerra proscrita , que tem alcançado expressiva repercussão nacional e internacional , bem como a posse na cadeira Marechal José Pessoa, o idealizador da AMAN ,do Gen Ex Gleuber Vieira comandante do Exército que dinamizou e ampliou, como chefe do DEP, do EME e comandante do Exército, o estudo de História Militar e além ajudou por 4 anos, através do DEP, parte do custeio da AHIMTB. Ajuda ora interrompida em função as restrições orçamentárias impostas ao Exército em função da política econômica do Governo .Foi homenageado no IME o falecido acadêmico General Eng Militar Mário Rego Monteiro antigo professor no IME e 1º ocupante da cadeira 20, que tem como patrono o seu pai o Cel Eng Militar Jonathas Rego Monteiro que foi o idealizador e 1º Diretor do hoje Arquivo Histórico do Exército.

 

Gen Ex Aurélio de Lyra Tavares

 

Registro que a 1ª vez que estivemos no IME foi como aluno da ECEME em 1997 para uma festa de confraternização de Engenheiros Militares e de Combate, falando na ocasião sobre a História da Engenharia Militar o Gen Ex Aurélio de Lyra Tavares , hoje patrono de cadeira na AHIMTB ainda em vida e, na época o primeiro a exercer o comando do Exército com a denominação de Ministro do Exército. Então ministrou uma aula magna aos engeheiros militares e de combate presentes ,com apoio em obras sobre o tema que havia escrito. O General Lyra Tavares era Engenheiro de Combate e engenheiro civil pela Escola Politécnica. Lembro que presente estava o Coronel Eng Júlio Limeira que quando comandante do 1º Batalhão Ferroviário( originário da Ala Esquerda do Batalhão de Engenheiros, cuja história acabamos de abordar sob o titulo Os 150 anos do Batalhão de Engenheiros na Revista do Exército v. 142,2005) , foi construída a ferrovia Pelotas –Canguçu e que neste local, minha terra natal o Batalhão num período de indefinição de missão lá havia construído uma avenida ligando a Estação a cidade que foi batizada de Avenida Exército Nacional. E mais ajudou a erguer o Hospital local que a comunidade batizou de Hospital Júlio Limeira , que ele Cel Limeira se mostrou surpreso por até então desconhecer esta homenagem recebida da comunidade canguçuense , na qual os trabalhos do batalhão foram iniciados em 1941, pelo 1 º Ten Eng Hélio Ipiabina Lima, hoje acadêmico da AHIMTB , ocupante da cadeira Marechal Humberto Castello Brando , a qual por sua elevação a acadêmico emérito a transferirá ao Gen Ex Luiz Gonzaga Shoroeder Lessa, seu sucessor na presidencia do Clube Militar e em 1º de março de 2006, nas comemorações no Clube Militar dos 10 anos de existência da AHIMTB . nos quais ela exerceu papel de que muito se orgulha, na ajuda ao Exército a conquistar seu Objetivo Atual n} 1 relacionado com a pesquisa, preservação, culto e divulgação da História ,Tradições e Valores morais, culturais e históricos das Forças Terrestres do Brasil( Exército, Fuzileiros Navais. Infantaria da Aeronáutica. Policias Militares e forças terrestres que as antecederam Guarda Nacional ,Voluntários da Pátria etc .

A AHIMTB contribui com o ensino de História Militar no IME através de aulas ministradas por seu acadêmico Cel Eng Luiz Carlos Carneiro de Paulaque ocupa a cadeira General Flamarion Barreto e pelo sócio correspondente no Clube Militar Cel Darzan Neto da Silva , ambos com grande experiência na preparação de alunos para prestarem concurso a ECEME, em curso mantido de longa data pelo Clube Militar . Cel Carneiro que ora coordena e leciona no Curso de História Militar na UNIRIO,de responsabilidade do Instituto de História e Geografia Militar do Brasil e que este ano tomou um rumo mais confiável e compatível, por preocupado com a formação de especialistas em História Militar Crítica , a história do Soldado, interpretada a luz dos fundamentos da Arte Militar , conforme pudemos constatar ao nos deslocarmos de Resende ao Rio, para o encerramento do curso na UNIRIO, por confiantes em sua capacidade profissional para prestigiá-lo e a seus pupilos e colaboradores e assistir palestra memorável, do patrono de cadeira Fuzileiros Navais na AHIMTB, Almirante Hélio Leôncio Martins, o maior historiador vivo da nossa gloriosa Marinha de Guerra , tríplice coroado na Mrinha e que foi o primeiro comandante do Navio Aeródromo Minas Gerais . Circunstâncias que são garantia para o progressivo sucesso do curso e renovação de historiadores de História Militar Critica, assunto que vale a pena ser revisto e que abordamos em Artigos no site da AHIMTB www.resenet.com.br/users/ahimtb.