Caxias Chefe do Governo do Brasil ,como presidente do Conselho de Ministros
Caxias exerceu
em três ocasiões e por mais de 4 anos descontínuos a chefia do Governo do Brasil ,como Presidente do Conselho de Ministros e cumulativamente como Ministro da Guerra. A 1a vez de 3 set 1856 a 4 mai 1857.A 2a vez de 3 mar 1861 a 24 mai 1863 e a 3a e última vez ,de 22 jan 1875 a 5 jan 1878.Indicado pelo Imperador para presidir o Conselho de Ministros que ele tratava de Ministério e por morte do Marquês do Paraná, assumiu em 3 set 1856,tendo antes rogado ao Imperador que o poupasse por doente e por querer se limitar só a administração do Exército. O Imperador não cedeu e Caxias disciplinado continuou Ministro da Guerra e Chefe de um Gabinete que ele não formara.
Em 4 mai 1857 foi substituído por outro Gabinete e passou a ser Conselheiro de Guerra ,função na qual faria muitos projetos como o Plano de Invasão do Paraguai e outro para fazer face a Questão Cristie etc.
Em 1861 Gabinete presidido pelo liberal Ângelo Moniz da Silva Ferraz futuro barão de Uruguaiana ,caiu em função de paixões partidárias radicalizadas.
E o Imperador procurou um nome de consenso ,acima de partidos e conciliador. E se fixou em Caxias e o chamou mais uma vez ao sacrifício Caxias disciplinado e fiel a sua pátria e ao seu soberano, organizou o Gabinete que viria a garantir a harmonia que se impunha.
E em 3 mai 1861 no Senado expôs a Diretriz política do Gabinete:
"Os princípios do Gabinete estão indicados pelos precedentes(currículo vitae)das pessoas que dele fazem parte. Os meus colegas e eu somos conhecidos .Por isso penso posso dispensar-me de indicar qual o sentido(rumo) em que dirigimos os negócios da governança(do governo).
Entendemos que no presente o pais deseja acima de tudo , a rigorosa observância da Constituição e das leis ,e a mais severa e discreta economia dos dinheiros públicos, atentas as atuais circunstâncias de nosso atual estado financeiro.
Os nossos atos senhores senadores devem valer mais do que aspalavras .Peço a todos que nos julguem por nossos atos ."
Era a consciência prática de que palavras não são mais do que palavras, recurso muito usado pela Demagogia.
Entre outras ações Caxias bateu-se pela adoção do Serviço Militar Obrigatório através do Sorteio e que aprovado em 1874 ele tentaria implementar em 1876, conforme foi tratado na sua atuação como Conselheiro de Estado. E justificava então:
"O único meio de conservar(manter) um Exército ,ainda que pequeno ,mas o indispensável a sua defesa ,é a chamada obrigatória para o serviço das armas ,dos indivíduos que em vossa sabedoria julgardes que devem constituir a massa recrutável da população."
Acusado pela oposição de não isenção em matéria eleitoral, por haver subscrito fora do governo como senador ,uma circular de cunho eleitoral ,respondeu no Senado, conforme Paulo Mattos Peixoto em Caxias nume tutelar da nacionalidade.v,1.
"Há um lado político a que pertenço (Partido Conservador).Dele não me separo. Fora do Ministério(Conselho de Ministros) tenho como qualquer outro cidadão, o direito de trabalhar pela vitória de minhas opiniões .Mas quando na chefia do Governo ,só tenho em vista o cumprimento do meu dever e nada mais.
Fiquem tranqüilos que enquanto eu estiver no Ministério(Chefia do Gabinete) não farei justiça a ninguém por causa de suas idéias .Retirando-me porém do poder, voltarei para as mesmas fileiras em que tenho militado. Continuarei a esforçar-me pelo ganho de causa da opinião a que me acho ligado."
Acerca de seu programa de governo, intenção de isenção política na chefia do Governo e humildade em declarar não ser um tribuno como muitos no Senado e Câmara de Deputados, assim se manifestou na Câmara dos Deputados em 25 jul 1861, o seu grande adversário Zacharias de Góes e Vasconcelos:
"O honrado presidente do Conselho de Ministros (Caxias) senhores, disse-nos há dias que não tinha o hábito da tribuna(falar bem como parlamentar eloqüente etc).
Entretanto direi com a maior sinceridade que os seus discursos proferidos nesta casa (Assembléia Geral, atual Congresso),me tem parecido excelentes .Concisos e despidos de flores(floreios )e atavios de retórica ,eles tem sido invulneráveis.
Quando quis definir a política do Governo(sob sua presidência) fê-lo com a maior clareza, pronunciando em alto e bom som , a moderação como parte integrante de seu programa de governo.
E só não nos disse que a moderação estava em seu programa ,mas ainda declarou que era o fiador da lealdade desse programa.
Na questão da intervenção do governo em matéria de eleições , a palavra do nobre presidente do Conselho de Ministros teve igualmente o mérito da concisão e da verdade.....
Pelo que toca as questões pertinentes a sua repartição, o nobre ministro da Guerra e presidente do Conselho de Ministros ,com o seu saber de experiências feito, respondeu cabalmente."
Durante a Guerra do Paraguai ,sendo Zacharias presidente do Conselho de Ministros pelo Partido Conservador moderado aliado ao Liberal ,tivera comportamento exemplar com Caxias Comandante - em - Chefe no Paraguai. Saindo do Gabinete atacou Caxias ,seguramente defendendo as suas opiniões partidárias como Caxias anunciou, que o faria fora do Governo.
Talvez se pudesse hoje dizer da projeção dos elogios e ataques de Zacharias a Caxias que a nós chegaram de que:
"Quem teve um inimigo como Zacharias, não precisa hoje de amigos que defendam a sua memória."
Caxias embora dando prioridade aos problemas do Conselho de Ministros, não descurava dos interesses do Exército. Conseguiu a aprovação de uma lei previdenciária para oficiais e famílias. Conseguiu também reformular a Doutrina do Exército até então uma colcha de retalhos de influências, inglesa, francesa e portuguesa etc, ao adaptar a Doutrina de Portugal ás realidades que vivenciara no Brasil em 5 campanhas que comandara.
E segundo José Faustino Silva citado, ao estudar sua obra como Ministro da Guerra ele argumentou aos seus pares:
"Sem tática elementar ,os corpos não estão habilitados para a execução da grande tática. E assim, não são mais do massas informes ,movendo-se irregularmente sem nenhuma garantia de bom resultado nas grandes operações de guerra."
Ao propor um novo regulamento disciplinar para o Exército, segundo o mesmo autor citado, assim expôs aos seus pares a sua necessidade:
"Tal regulamento é propiamente um regulamento policial da disciplina interna dos corpos .Ele deve ser considerado como a base da alta Disciplina. Ele é essencial para coibir o abuso, infelismente tão generalizado no Exército, na aplicação de arbitrariedades correcionais."
É pioneiro na idéia da criação de um Colégio Militar que seria implementada cerca de 25 anos mais tarde por seu ministro da Agricultura, Comércio e Indústria- Thomaz Coelho, integrante de seu Gabinete. E argumentou então aos seus pares:
"Cumpre aos poderes do Estado especialmente, lançar neste assunto, sérias vistas paternais em prol dos filhos daqueles que morreram ou se inutilizaram no campo de batalha, defendendo a Independência e a Honra nacional ,as instituições e os mais sagrados direitos."
O seu projeto não foi acolhido. Retornou com ele em 1863, apontando como sede ideal uma dependência da Fortaleza São João que utilizara em 1856-57 para funcionar a Escola Militar que desligara da Escola Central no Largo do São Francisco, enquanto era construída a Escola Militar na Praia Vermelha(1858-1905).Mas não conseguiu aprová-lo. A Escola Militar na Praia Vermelha era então um lugar afastado do centro .Fora a solução melhor para afastá-la do centro do Rio, pois concordava até que ela fosse interiorizada para fugir da influência da política no Rio, o que só aconteceria mais de 80 anos com a AMAN.
Por volta de 1840,logo no início de seu reinado D.Pedro II havia criado no Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro (local do atual Museu Histórico Nacional ),junto aso cursos de menores Aprendizes de Artífices( pioneiros do SENAI) o Colégio Militar do Imperador "destinado a instrução de filhos de capitães ,tenentes e alferes ,com preferência aos filhos dos considerados mais necessitados." .
O Regulamento deste Colégio Militar do Imperador consta de Histórico do Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro que foi resgatado pelo atual Comandante do Instituto Militar de Engenharia (IME), o destacado engenheiro militar e historiador militar terrestre brasileiro, gen Bda José Carlos Albano do Amarante .
Como se vê a idéia do Colégio do Imperador era bem diversa do Colégio Militar idealizado por Caxias a qual mais se assemelha com a realidade dos 12 colégios militares espalhados pelo Brasil como fator de integração da juventude militar com a civil que ali tiveram base cultural comum .
Conseguiu êxito na criação das Colônias Militares ,conforme foi abordado em sua atuação como Ministro da Guerra. São as avós dos pelotões de Fronteira.
Sofreu grande pressão da oposição o seu Gabinete. E resistiu impávido até ele ser afastado por um voto de desconfiança como era usual , sendo susbstituído por Gabinete chefiado por Zacharias de Góes que só resistiu 6 dias , sendo este substituído por Gabinete chefiado pelo Marquês de Olinda -"O Ministério dos Velhos."
Em 28 jun 1875 retornou a chefia do Governo com o Ministério São João., assim chamado por formado no dia deste santo. E assim se dirigiu à Assembléia Geral:54
"Sr Presidente. Chamado ao paço de São Cristovão ,no dia 23 do corrente, fui incumbido por S.M. o Imperador de organizar novo Gabinete de Ministros. Não foi sem muito hesitar que pude resolver-me a aceitar tão árdua tarefa .Porém a minha dedicação à causa pública e ao Chefe do Estado(ao Imperador)não me permitiu escusa.
Aceitei pois a honrosa comissão e organizei o Ministério com os cavalheiros que se acham presentes: Visconde do Bom Conselho - Ministro do Império; Visconde de Cavalcanti - Ministro da Justiça; Cotegipe - Ministro dos Estrangeiros e da Fazenda(interino):Barão Pereira Franco - Ministro da Marinha: Thomaz Coelho, Ministro da Agricultura, Comércio e Indústria.
O nosso programa de Governo é o seguinte:
Manter a paz externa sem quebra da dignidade e direitos do Império. Seremos moderados e justos, observando rigorosamente as leis e resolvendo as questões internas com ânimo desprevinido.
Continuaremos a desenvolver a educação e ensino popular e procuraremos obter as providências que podem caber no tempo da presente sessão legislativa. Entre elas mencionarei o orçamento, os auxílios à lavoura e a reforma eleitoral. E por último declararei, se este ministério tiver a honra de presidir as próximas eleições gerais ,fará quanto couber na sua legítima ação para qual a liberdade de voto seja sinceramente mantida .É este o pensamento com que aceitamos o poder nas atuais circunstâncias."
Não tocou em problemas políticos pois tinha a missão de pacificar os conservadores deste 1871 divididos com a discussão da lei de 28 setembro.
Caxias avançou muito na solução de problemas do Exército que foram abordados em parte relativa a sua atuação como Ministro da Guerra .
Caxias completou a sua obra pacificadora em prol da Unidade Nacional, ao conseguir por fim a Questão Religiosa ou Questão Episcopo -maçônica, após conseguir que o Imperador assinasse a Anistia, em 17 set 1875 com a ressalva imperial:
"Faço votos para que as intenções do Ministério sejam compensadas pelos resultados da Anistia, mas não tenho esperanças disto ."
O Imperador era contra a Anistia.
A Questão Religiosa surgiu de incidentes entre católicos e maçons, em Pernambuco e Pará. O Chefe do Gabinete era o visconde do Rio Branco, grão mestre da Maçonaria .A Igreja era unida ao Estado. E incidentes entre o Estado e os bispos e entre estes e maçons, culminaram com a condenação pelo Supremo Tribunal a 4 anos de prisão com trabalhos forçados, dos bispos D. Vital de Oliveira ,de Pernambuco e de D. Macedo Costa ,do Pará. E Caxias como Chefe de Governo e contra a idéia do Chefe de Estado ,conseguiu que este assinasse o decreto de Anistia .
Caxias como maçon e católico se sentiu a vontade e no dever de mediar esta questão a qual durante os 18 meses de prisão dos bispos tantos estragos fizera ao Estado do Brasil, como viria a se constituir numa das causas da queda do Império em 15 nov 1889.
Mundialmente não existe incompatibilidade das religiões com a doutrina maçônica. Somente no Brasil permaneceram desconfianças em função deste incidente político, mas não filosófico.
Segundo se conclui, por manifestações feitas a íntimos, Caxias não apreciava a função por desapego ao poder .Ser Chefe do Governo constituía o seu maior sacrificio. O seu Calvário ! E o fazia por obediência a seu soberano quanto este lhe impunha o sacrifício que era compensado com os muitos expressivos avanços que conquistava para o seu Exército de que hoje é patrono. O que talvez no íntimo compensasse o seu calvário.
E o desconforto e sofrimentos no exercício da chefia do Governo de que, repetimos, o Exército foi o grande beneficiário, isto fica evidente nas seguintes manifestações a íntimos que vazaram para a posteridade:
"Prefiro anos de campanha militar mais dura ,a meses no Ministério ."(Gabinete de Ministros),conforme afirmou ter dele ouvido seu biógrafo monsenhor Pinto de Campos.
Ao seu amigo gen Osório escreveu certa feita conforme consta da sua biografia realizada por seu filho e neto:
"Hoje(depois da guerra) toda a minha estratégia será empregada em me livrar de alguma pasta (Gabinete de Ministros),de que sempre tive mais medo do que das baterias de Lopes."
Durante as crises políticas afastava-se do Paço Imperial, segundo escreveu a familiar, "com medo de alguma atracação(abordagem) do Homem de São Cristóvão."
Em 1862 desabafou mais uma vez com seu amigo gen Osório.55
"Não se pode ser ministro (Chefia do Gabinete de Ministros),neste tempo meu amigo, porque os ingratos e os descontentes são muitos ,pois não se pode contentar a todos os pretendentes , e rogo que o Imperador não se lembre de min para tal cargo, pois dele não colho senão desgostos e despesas .E, mesmo o perdimento de algumas amizades velhas ,sem conservar-mos as novas ,porque estas vem com a pasta, ficam com ela ou com quem a rege."
Caxias sofria então a grande dor pela perda de seu único filho varão o cadete Luizinho.
Mas o Imperador ainda se lembraria dele para a chefia do Governo 13 anos mais tarde, quando teve necessidade de se afastar do Brasil por motivo de viagem e deixar nas rédeas do Governo um homem de sua inteira confiança.
Caxias agora sofria a imensa dor e solidão pela perda da esposa .E assim ele narrou em carta à filha mais velha ,mais tarde baronesa de Santa Mônica," a atracação que sofreu do Homem de São Cristovão" para pela 3a e última vez chefiar o Governo do Brasil como Presidente do Conselho de Ministros:56
"Minha querida filha,17 jul 1875.
Só hoje ,que é domingo, me deixaram um instante disponível para responder sua carta de 3 do corrente. Estou minha cara filha ,apesar de todos os meus protestos em contrário, outra vez Ministro da Guerra e Presidente do Conselho.
Você deve fazer idéia dos apuros em que me vi para cair nesta asneira(burrice) e creia que quando me meti na sege(carruagem de 2 rodas e um assento para uma pessoa)para ir a São Cristovão a chamado do Imperador ,ia firme em não aceitar. Mas ele assim que me viu me abraçou e disse que não me largava sem que lhe dissesse que aceitava o cargo de ministro(Chefe do Gabinete).E se eu me negasse a fazer-lhe este serviço que ele chamaria os liberais(Partido Liberal) e que haveria de dizer a todos que eu era o responsável pelas conseqüências que daí resultassem .
Mas disse-me tudo isto, tendo-me preso com seus braços .Ponderei-lhe minhas circunstâncias ,a minha idade (72 anos) e incapacidade,a nada ele cedeu.
Para livrar-me dele era preciso empurrá-lo e isto eu não devia fazer. Abaixei a cabeça e disse que fizesse o que quisesse ,pois eu tinha a consciência de que Ele havia de se arrepender ,porque eu não seria ministro por muito tempo ,pois morreria de trabalho e de desgostos .Mas não atendeu! Disse-me que só fizesse o que pudesse ,mas que não o abandonasse ,porque Ele então também nos abandonaria e se ia embora!
Que fazer minha querida Anicota ,senão resignar-me e morrer no meu posto! E acresce que eu já tenho arriscado tantas vezes a minha vida por Ele(o Imperador) que mais uma na idade em que estou pouco sacrifício será.
Seu pai que muito a estima Ass: Luiz."
Interessante a frisar era a consciência que possuía de haver arriscado sua vida por seu Imperador diversas vezes .
Quanto o Imperador retornou de sua longa viagem Caxias ,em 25 jul 1877, escreveu a sua filha ,há pouco baronesa de Santa Mônica, parabenizando-a pelo título de Barão de Santa Mônica concedido ao seu marido Francisco Nicolau Carneiro Nogueira da Gama.57
"O Imperador deverá chegar à noite. Estão acontecendo muitas festas e ninguém esta mais contente do que eu, pois estou resolvido a deixar o governo, pois estou muito velho e cansado e não posso mais trabalhar. Felizmente ainda tenho um resto de saúde."
Caxias pediu demissão de suas funções .E D.Pedro II aceitou com a condição de que todo o Ministério também pedisse para que fosse substituído por um Gabinete Liberal organizado por Cansanção Sinimbú, grande adversário político de Caxias .Este foi o seu prêmio pelo derradeiro sacrifício !Foi substituído por Osório no Ministério da Guerra.
Biógrafos de Caxias vem neste gesto de D.Pedro II ,uma grande ingratidão ou desconsideração a ele "que tantas vezes arriscara a vida pelo Imperador" ao que somava-se a ausência de qualquer representante do Governo no porto quando da chegada de Caxias ao Rio vindo do Paraguai muito doente. Desconsideração que se repetiria no enterro de Caxias ao qual o Imperador não compareceu e ao contrário ,foi ao do Bispo de Crisópolis, tendo agarrado até na alça do caixão .
Enfim são gestos que talvez biógrafos de D.Pedro II tenham explicação, por alevantadas razões de Estado .
Já em Uruguaiana D.Pedro permitira que Caxias fosse desprestigiado pelo futuro Barão de Uruguaiana ,que deixou Caxias fora do reconhecimento, para o qual convidara generais estrangeiros e brasileiros que nunca haviam ali estado .Logo ele Caxias
Logo ele que havia presidido duas vezes o Rio Grande do Sul e que ali combatera 2 vezes, tendo inclusive mandado traçar o plano da vila de Uruguaiana, fundada pelos farrapos como Santana do Uruguai,nome dado por Domingos de Almeida, o mineiro de Diamantina que foi "O cérebro da Revolução Farroupilha", conforme abordado pelo cel Cláudio Moreira Bento 58
Segundo Afonso de Carvalho em Caxias ,eram desconsiderações dos Bragança, aos Lima e Silva , pelo 7 de abril de 1831 e agora a Caxias pela Anistia aos Bispos de Belém e Olinda .É uma opinião que carece de maiores fundamentos.
Caxias ao deixar ,em 5 jan 1878 ,o Gabinete e o Ministério da Guerra muito doente, retirou-se então da vida política e social e do Rio de Janeiro para findar seus dias e gastar a pouca saúde que lhe restava na Fazenda Santa Mônica ,na Estação Desengano ,em Valença - RJ, em companhia de sua filha mais velha , para ele a sua Anicota. Ali faleceria em 7 mai 1880 ,conforme sera abordado mais adi ante" 59 onde serão focalizados os seus 2 últimos anos de vida , seus derradeiros momentos,velório e sepultamento complementando informações já anteriormente abordadas
59O cel. Claudio Moreira Bento publicou na Revista do Clube Militar,mai 1980 ,comemorativa ao centenário de morte de Caxias, ampla reportagem fotográfica sob o título "Significação histórica do Duque de Caxias" ,constando fotos de seus pais,esposa e filhos,irmãos que com ele combateram em Santa Luzia e ,da Fazenda Santa Mônica e local de seu palacete na Tijuca, no momento em que estavam nos alicerces, o atual edifício da Mesbla construído no local.Antes fora também sede do Colégio Lafaiete.
Nela seu autor reproduziu abalizadas opiniões sobre a projeção de sua vida e obra nos últimos 100 anos depois de sua morte, numa espécie de Autos para um julgamento no Tribunal da História que sem dúvida o consagram Caxias como Nume tutelar da Nacionalidade, na expressão justa , veraz e muito feliz de seu biógrafo civil Pedro Mattos Peixoto .Este o retirou do monopólio natural de seu culto pelo Exército, como seu patrono, para fazê-lo transcender como figura de projeção nacional que governou os destinos do Brasil como Chefe de seu governo por mais de 4 anos e meio, para não citar-se o Comandante - em Chefe dos brasileiros em 6 campanhas militares vitoriosas ,em defesa da Unidade ,da Integridade e da Soberania do Brasil. Por tudo reafirmamos: O século XIX no Brasil foi o Século de Caxias.
Em boa hora, insistimos a TV Globo ,através da novela O Rei do Gado, com uma audiência de 70 milhões de telespectadores no Brasil e expressiva internacional, consagraram Caxias na figura do Senador Roberto "Caxias" como símbolo de honra, patriotismo, honestidade e devoção aos mais altos interesses do povo brasileiro a que Caxias serviu modelarmente.
Seguramente expressiva parcela de telespectadores deve ter se perguntado porque senador" Caxias" ?Aliás expressão popular consagrada no Brasil, para adjetivar-se alguém ,principalmente um funcionário civil ou militar ,incorruptível e fiel ao cumprimento dos seus deveres de cidadão e constitucionais ,.
Esta de parabéns Benedito Rui Barbosa .E mais pelo tratamento nobre dado aos brasileiros que tombaram na Itália na II Guerra Mundial, integrando a Força Expedicionária, em defesa da Democracia e Liberdade Mundial ,como o personagem Bruno Berdinacci, cuja medalha de herói da FEB, ao ser desenterrada 50 anos após ,teve o poder milagroso de reconciliar o que parecia irreconciliável - "os Mesenga com os Berdinacci."
Que outros exemplos sejam aproveitados para fortalecer o moral e a auto estima e a fé dos brasileiros na nação Brasil .
A TV Globo assim deu respaldo ao grande estratego e político grego Péricles, que de tão marcante atuação ,sua época foi chamada o Século de Péricles e que afirmou uma vez:
"Aquele que morre por sua pátria faz mais por ela naquele momento do que os vivos em todas as suas vidas ."
O culto dos heróis nacionais repetimos ,não consiste em só recordar e exaltar-lhes os feitos ,mas em emitar-lhes as virtudes, aprender as lições que legaram e seguir seus exemplos. E assim se procedendo renovam-se os homens e a Pátria.
A Mídia no Brasil esta devendo isto aos brasileiros !Exemplos de brasileiros dignos de serem emitados por suas projeções relevantes na construção da Pátria Brasil .Providência patriótica que se impõe para o Povo Brasileiro melhor enfrentar as incertezas do 3
o Milênio.