INFORMATIVO GUARARAPES

 


6 ANOS

 

O GUARARAPES

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DA

ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

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COMEMORATIVO DO 6º ANIVERSÁRIO DA AHIMTB

NA FUNDAÇÃO OSÓRIO EM 1º MARÇO

Fundada em 1o de março de 1996

ANO: 2002                 MÊS:   ABR/JUN                       No 33

 

SUMÁRIO

CONSIDERAÇÕES SOBRE O VALOR DA HISTÓRIA

6o ANIVERSÁRIO DA AHIMTB NA FUNDAÇÃO OSÓRIO

PUBLICAÇÕES RECEBIDAS

AGRADECIMENTO DA ECEME À AHIMTB

FALECIMENTO DE GRANDE COLABORADOR DA AHIMTB

POSSES NA AHIMTB

PESQUISAS EM CURSO PELA AHIMTB

DIVERSOS

 


CONSIDERAÇÕES SOBRE O VALOR DA HISTÓRIA

O Valor da História

Creio que o valor decisivo da História, o seu valor moral, reside afinal no próprio método histórico. A história dá lições na medida em que ensina a dúvida metódica, o rigor, em que é aprendizagem de uma crítica da informação. É isso que me faz pensar que a história (o ensino da história, a sua prática, a leitura de obras históricas) é, como se diria ainda há pouco, a escola do cidadão, que ela contribui para formar pessoas cujas opiniões sejam mais livres, que sejam capazes de submeter as informações com que são bombardeadas a uma análise lúcida, mais capazes de agir com conhecimento de causa, menos enredados nas malhas de uma ideologia. Ela ensina também a complexidade do real. Ensina a ler o presente de modo menos ingênuo, a perceber, pela experiência de sociedades antigas, como é que os diversos elementos de uma cultura, e de uma formação social, atuam uns em relação aos outros. (Georges Duby, Diálogos sobre a Nova História, p. 158)

A História como horizonte

A História não é um repertório de soluções, nem muito menos de sistemas. Mas sim, de problemas, e até o que um dia pareceu solução válida para qualquer um destes, assume logo a forma de um erro. Por isto a História é uma série de tentativas, de ensaios. Com o homem, no plano de sua existência empírica, nunca se resolve nada e a narração do passado converte-se em crescente acumulação de dificuldades; portanto, de problemas. Porém a herança do passado, aquilo que o tempo humano ao escapar deposita em nosso agora é, não menos, uma crescente acumulação de possibilidades. Por isto a análise deste aspecto do pretérito nos dá ao mesmo tempo a História como liberação, a História como crescimento |...| Por isto à História corresponde um papel de horizonte. Não será nunca, para a vida seu modelo, seu padrão, em cujas formas fique a vida aprisionada. A História é o horizonte da vida. O horizonte não limita nosso caminhar, já que nunca chegaremos a ele, senão que, ao organizar as possíveis direções de nossa marcha, dá-lhe sentido. (José Antônio Maravall, Teoria do Saber Histórico, p. 252/253).


6A ANIVERSÁRIO DA AHIMTB NA FUNDAÇÃO OSÓRIO

Em 1o março de 2002.Palavras finais do Presidente

É com muita satisfação que a Academia de História Militar Terrestre do Brasil comemora o seu 6º aniversário nesta Fundação Osório , hoje superiormente presidida pelo educador e acadêmico emérito e vice presidente de nossa Academia de História Militar Terrestre Cel Professor Arivaldo Silveira Fontes que no passado aqui secretariou o então presidente da Fundação ,o Marechal Estevão Leitão de Carvalho. Este hoje , consagrado patrono de cadeira de nossa Academia de História , hoje ocupada pelo acadêmico General Paulo César de Castro, comandante da ECEME e grande estimulador da Academia quando diretor da DEPA .Cadeira que hoje a dividirá com o acadêmico Júnior Henrique Vasconcellos Cruz , promissor historiador já com obra publicada sobre a História desta benemérita instituição originariamente de amparo a jovens órfãs de militares das nossas Forças Armadas .

Vale lembrar os relevantes trabalhos produzidos sobre e História Militar Terrestre Crítica do Brasil pelo Marechal Estevão , grande chefe militar , sobre cujos ombros pesaram gravíssimas responsabilidades funcionais para a vitoriosa participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial, como chefe do Missão Militar que nos Estados Unidos intermediou a participação do Brasil na 2a Guerra Mundial . Oficial que liderou os Jovens Turcos de A Defesa Nacional e da Missão Indígena da Escola Militar. Chefe que nos faz lembrar um grande almirante japonês que depois de brilhar na guerra em defesa de sua nação , pediu como recompensa ao Imperador o cargo de mestre escola de uma aldeia japonesa .E o Marechal Estevão grande chefe com assinalados serviços veio humildemente dirigir esta Fundação

Hoje aqui outro acadêmico Júnior assumiu a cadeira do General Francisco de Paula e Azevedo Pondé .Trata-se do jovem Luiz Felipe Resende de Ávila Pires que passou a dividir a sua cadeira com seu pai, o acadêmico e Eng Militar Christovão de Ávila Pires Júnior , nosso dinâmico Delegado aqui no Rio ,da Delegacia Marechal João Batista de Mattos de nossa Academia .E pai e filho , um trineto e o outro tetraneto ,por linha varonil, do Visconde a Torre de Garcia D Ávila, heróico chefe militar que liderou forças brasileiras que consolidaram a Independência na Bahia e que foi o primeiro brasileiro a receber um título de nobreza no Brasil independente . Legado precioso que o acadêmico Christovão e filho Luiz Felipe honram , preservam, cultuam e divulgam, ao contrário do que hoje se vê na mini-série Quintos dos Infernos em que a Família Real que estruturou o Brasil para a Independência é criminosamente vilipendiada numa mini série da Globo .

Foram empossados hoje como correspondente aqui no Rio de Janeiro o Capitão de Corveta Guilherme Canellas , responsável pelo precioso Site Militar através do qual a AHIMTB tem divulgado muitas matérias de História Militar Terrestre do Brasil e que nos cedeu e implantou, em parceria com a nossa Academia, em seu site militar a Revista Eletrônica da Academia de História Militar Terrestre do Brasil sem dúvida uma grande conquista num mundo cada vez mais dependente do que a Internet oferece e que complementa site da Academia .Instrumento que contorna o a alternância das estratégias de Silêncio ou de e Deformação que a Mídia de modo geral submete os assuntos relacionados com as nossas Forças Armadas

Empossamos também como correspondente e pesquisador da Academia junto ao Palácio Duque de Caxias , o 2o Sargento Nelson Soares ,formado em História e já colaborador da Revista Eletrônica da AHIMTB com artigo sobre o Dia do Magistério e do qual muito espera a Academia e já colaborador da História da 3a Bda C Mec de Bagé.

Hoje aqui a nossa Academia comparece para também assinalar o seu 6º aniversário de resistência cultural e de superação de obstáculos , falta de recursos e de, indiferenças de poucos, na prática, para com o Objetivo atual nº 1 do Exército relacionados com sua História, Tradições e seus valores morais ,culturais e históricos.

Presença da Academia para fazer um balanço, ou prestar contas de suas atividades , para que seja avaliada a sua utilidade social para as Forças Terrestres Brasileiras .

Fundada em 1º de março de 1996, no aniversário do término da Guerra do Paraguai e na cidade de Resende, A Cidade dos Cadetes. Ela possui sua sede administrativa e o seu Centro de Informações de História Militar Terrestre em dependências cedidas pelo Comando da AMAN ,junto a Casa do Laranjeira do 4 o ano Estabeleceu delegacias reverenciando ilustres historiadores militares terrestres brasileiros: no Rio de Janeiro(IME), em Brasília(no CMB), no Ceará(no Instituto do Ceará), em Porto Alegre(no CMPA), em Campinas(ancorada na ESPCEx), em Curitiba(ancorada no CMC).Em São Paulo ( Na Associação de Oficias da Reserva da PMSP inaugurada solenemente em 25 janeiro , aniversario de São Paulo

A Academia tem por patrono o Duque de Caxias, pioneiro em estudos de História Militar Crítica do Brasil ,ao analisar a Batalha do Passo do Rosário, em depoimento ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro de que era membro e em 28 ago 1854. E mais, por haver usado as lições de História Militar Terrestre do Brasil que colhera em 5 campanhas militares que comandara á vitória ,para adaptar ,como Ministro da Guerra, as Ordenanças de Portugal(leia-se Doutrina Militar) às realidades operacionais sul-americanas que vivenciara.

A Academia desenvolve a História Crítica Militar Terrestre, prioritariamente ,em duas dimensões marcadamente ligadas ao exercício da profissão Soldado .

A primeira, a clássica. Estuda a História Militar Terrestre do Brasil, para dela extrair subsídios táticos, estratégicos e logísticos, capazes de contribuírem para o desenvolvimento contínuo da Doutrina Militar Terrestre do Brasil, com progressivos índices de nacionalização , como acontece com as grandes nações, potências e grande potências mundiais . Dimensão que encontrou em Caxias o seu pioneiro, conforme abordado e depois enfatizada pelo Marechal Floriano Peixoto, ao mandar escrever a História da Guerra do Paraguai, para ser estudada a História Militar Terrestre do Brasil, em nossas 3 escolas militares, dentro das realidades operacionais sul-americanas.

Com a vinda da Missão Militar Francesa para o Brasil ,em 1920, a Escola de Estado - Maior do Exército tornou-se um centro de desenvolvimento da História Militar Terrestre Crítica do Brasil, com a orientação recebida daquela Missão, de que os fundamentos da Tática, da Logística e da Estratégia brasileiras e em conseqüência de uma Doutrina Militar Terrestre Brasileira estavam embutidos na História Militar Terrestre do Brasil de onde deveriam ser exumados, através do estudo crítico de nosso passado militar à luz dos fundamentos da Arte Militar, a Arte de Soldado.

E nisto, logo se aplicou o chefe do Estado - Maior General Tasso Fragoso, ao abordar, em 1922 ,a Batalha do Passo de Rosário de 20 fev 1827, à luz dos fundamentos da Arte da Guerra, razão de ser considerado o Pai da História Militar Terrestre Crítica do Brasil. Esforço notável complementado por outros trabalhos que hoje integram a sua Biblioteca pessoal, agora patrimônio da ECEME.

O Marechal Castelo Branco iniciou sua carreira neste tempo histórico. Foi um modelo de pensador militar e de historiador militar terrestre brasileiro crítico ,conforme o demonstra a obra O pensamento militar do Marechal Castelo Branco, mandada editar pela ECEME, que comandou superiormente e coordenado pelo hoje patrono de cadeira em vida na AHIMTB, Cel Francisco Ruas Santos e pelo acadêmico Cel Fernando Maia Pedrosa, que então não contaram com todo o arquivo do Marechal, hoje integrando o acervo da ECEME.

Não pode ser esquecido o legado cultural em História Militar Terrestre Crítica, do ponto de vista institucional, do Marechal Estevão Leitão de Carvalho, especialmente denunciando o grande equívoco porque passou o Ensino Militar no Exército de 1874-1905,por mais de 30 anos e caracterizado como bacharelismo militar e sob a influência do agnóstico Positivismo. E ambos contribuíram para o mais baixo índice de operacionalidade do Exército, evidenciado ao enfrentar a Guerra Civil 1893-95, no Sul combinado com a Revolta na Armada e depois a Guerra de Canudos em 1897.

Tasso Fragoso, Castelo Branco Estevão Leitão de Carvalho, foram seguidos por outros oficiais generais e superiores no esforço de resgatar o nosso passado militar e as lições militares que ele sugeria .E o editorial da BIBLIEx até 1972 refletiu este grande esforço que foi consolidado na História do Exército Brasileiro ,lançada no sesquicentenário da Independência, pelo Estado –Maior do Exército e coordenada por sua Comissão de História do Exército, então presidida pelo Cel Ruas do qual fomos adjunto. Mas foi obra predominantemente descritiva .A crítica seria o passo seguinte .

O ensino de História Militar Terrestre do Brasil em nossa Escola Militar foi por longo período basicamente descritivo, razão do desprestígio do assunto, por não corresponder ao que disse indignado o grande cabo de guerra Frederico o Grande, para o professor de História Militar de seu filho.

"Não faça meu filho decorar datas e textos. Faça-o raciocinar e retirar lições de Arte Militar das leituras. "

Aquele professor procedeu de igual forma que o nosso ensino de História Militar por longo tempo .Ambos ignoraram a forma definida pelo Marechal Foch, o comandante da Vitória Aliada na 1ª Guerra Mundial e professor de História Militar na Escola Superior de Guerra da França e nome do Porto Aviões Foch, que o Brasil adquiriu para ser o nosso São Paulo. Ou seja :

"Para alimentar o cérebro( entenda-se comando ) de um Exército na paz, para melhor prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais fecundo em lições e meditações do que o da História Militar."

A História Militar Terrestre Crítica na AMAN começou a ser ensinada mais tarde pelo acadêmico General Álvaro Cardoso. O citado Cel Ruas Santos deu-lhe bom desenvolvimento, no que foi seguido por seus sucessores, sendo que em 1978/80 foram editados na AMAN, com apoio do EME, os livros textos História da Doutrina Militar e História Militar do Brasil e Como estudar e pesquisar a História do Exército , este ora reeditado pelo EME. Então foram introduzidos outros temas :O estudo militar crítico das Batalhas dos Guararapes e seu contexto no qual despertou o espírito do Exército e de Nacionalidade e sob a égide de uma manifestação doutrinária brasileira genuína- Guerra Brasílica, uma estratégia do fraco contra o forte, baseada nas emboscadas. Batalhas que definiram o destino do Brasil "a sangue ,o de ser um só e não dois ou três hostis entre si, segundo o mestre Gilberto Freire .

Hoje com a modernização do ensino novos rumos parecem terem tomado o ensino de História Militar , cujos detalhes ainda não conhecemos.

Egressos da ECEME em 1970 e estagiando no IV Exército recebemos ordem do seu comandante Gen Ex Arthur Duarte Candal da Fonseca de produzirmos trabalho militar crítico sobre a Batalhas dos Guararapes .E o fizemos usando os fundamentos críticos de Arte Militar que havíamos absorvido aqui na ECEME como seu aluno .E o trabalho foi lançado na inauguração do Parque Histórico Nacional dos Guararapes em 1971 e ora se encontra na INTERNET e aguardando sua reedição pela BIBLIEx ,com prefácio do Exmo Sr Gen Ex Zenildo de Lucena que para lá o encaminhou em 1998.

Enfim um trabalho de um oficial de Estado - Maior possível de ser realizado por qualquer oficial, à luz dos fundamentos da Arte Militar e com apoio de trabalhos descritivos de historiadores civis acumulados em séculos .Trabalho que produzimos e que qualquer oficial conhecedor dos fundamentos da Arte da Guerra deve estar em condições de realizar lançando mão de reconstituições históricas trabalhosas feitas por historiadores civis com metodologia própria .O trabalho do historiador militar crítico ou de Estado –Maior é egoísta e apropiador de trabalhos históricos descritivos feitos por historiadores com curso em faculdades .Tarefa que soldado profissional ,como historiador militar crítico e conhecedor da metodologia de produção de informações, em princípio pode mas não deve fazer ,para não desviar-se de seus deveres funcionais. O General Tasso Fragoso e outros chefes tiveram que fazer as duas partes em razão de não existirem reconstituições históricas disponíveis. Pensamos que o historiador civil com curso universitário é que faz as reconstituições históricas e que cada profissional como o militar, o jurista , o economista o engenheiro etc farão leituras críticas diferentes da mesma reconstituição e a luz dos fundamentos de critica de sua profissão .

E quantos foram os ramos profissionais ,a História descritiva se desdobrara em variadas versões históricas críticas .Enfim pensamos que a reconstituição histórica descritiva deva ser feita por historiadores com curso universitário e ,no caso ,que a história militar terrestre crítica deva ser desenvolvida por chefes ,pensadores e planejadores e historiadores de Estado- Maior que não  podem se desviar de sua atividade ligada a operacionalidade , ao desenvolvimento da Doutrina e a retirada de ensinamentos militares da História para aplicação no combate.

Em 1978 também foi introduzida na AMAN , A Guerra da Restauração do Rio Grande do Sul 1774-77 onde despontou outra manifestação doutrinária brasileira genuína – A Guerra à gaúcha , baseada na estratégia do fraco contra o forte , e na qual se apoiariam muitas lutas internas e externas no Rio Grande do Sul .Doutrina Militar com suas origens na seguinte diretriz emanada do Rio de Janeiro, ao ser o Rio Grande invadido pelos espanhóis em 1763 e 1774 , do qual chegaram a controlar 2/3 por cerca de 13 anos:

A guerra contra o invasor será feita com pequenas patrulhas ,localizadas em matas e nos passos dos rios e arroios. Deste locais sairão ao encontro dos invasores para surpreendê-los causar-lhes baixas , arruinar-lhes gados , cavalhadas e suprimentos e ainda trazer-lhes em constante e continua inquietação ."

Foi apropriando parte desta doutrina que o gaúcho e veterano federalista como major, Plácido de Castro, a utilizou no Acre, para livrar aquela área de interesses econômicos anglo- saxões que pretendiam controlar com apoio em força armada as fontes de produção de borracha da Amazônia .

E por falar-se em manifestações doutrinárias genuínas ,o estudo da resistência quase secular no século 17, do Reino de Palmares ,a investidas holandesas e depois portuguesas ,deveu-se ao desenvolvimento pelos quilombos da Guerra do Mato , uma estratégia do fraco contra o forte , a guerra de guerrilha ,que tirava grande partido das matas onde construíram seus mocambos e a usaram como aliada .Guerra do mato só superada por bandeirantes paulistas que aprenderam a dominá-la em suas andanças pelos sertões no enfrentamento de índios .Guerra do Mato a que se referiu recorreria , o antigo guerrilheiro contra o domínio de Napoleão , em Portugal , José Bonifácio de Andrade , o Patriarca da Independência, caso o Brasil fosse ameaçado de invasão por estrangeiros .

Outra dimensão da História que a Academia de História Militar Terrestre prioriza e que vem sendo muito usada nos EUA é a de estudar-se as guerras externas e internas para deste estudo isolar elementos determinantes destes conflitos para que colocados á disposição das lideranças civis estas procurem evitá-los com todo o seu rosário de conseqüências funestas para a nação .Neste particular o acadêmico e veterano da FEB Cel Germano Seidl Vidal produziu nesta dimensão a obra A Guerra proscrita em que analisa e quantifica o custo da 2a Guerra Mundial para o Povo Brasileiro .

A Academia possui 50 cadeiras que tem por patronos 50 historiadores militares terrestres brasileiros, dos quais 4 patronos em vida, Alte Hélio Leôncio Martins general Umberto Peregrino, e coronéis Jarbas Passarinho e Francisco Ruas Santos .Homenageia como patronos os civis Barão de Rio Branco, Gustavo Barroso, Pedro Calmon e Eugênio Vilhena de Morais que deram preciosas contribuições à História Militar Terrestre do Brasil. Estas cadeiras foram em maioria ocupadas por historiadores militares terrestres brasileiros contemporâneos e algumas já reocupadas com a elevação de 10 acadêmicos a acadêmicos eméritos, por serem em maioria veteranos da FEB. Possui já ocupadas 15 cadeiras especiais destinadas a acadêmicos dos Fuzileiros Navais, Infantaria da Aeronáutica, ao pintor militar, aos restauradores de Pernambuco, a Eletrônica do Exército, a Historiadora militar terrestre e ao Mestre de Música Militar. Possui 18 correspondentes espalhados pelo Brasil, 3 grandes colaboradores, 30 colaboradores eméritos, organizações militares e pessoas físicas que colaboraram expressivamente com as atividades da Academia e 30 colaboradores, cadetes, alunos dos CM e da Fundação Osório e órgãos da mídia castrense Grupo Inconfidência, Letras em Marcha, Ombro a Ombro, Revista da SASDE, Coluna Polainas e Charlateiras e o Jornal Tradição. Órgãos de imprensa que divulgam nossos trabalhos. A Academia por seus estatutos possui 4 presidentes de Honra: O Comandante do Exército, o Chefe do DEP, o Comandante da AMAN e o Presidente das Faculdades Dom Bosco em Resende. Possui um site pioneiro entre as entidades de História ,com 8500 visitas onde divulga seus trabalhos tais como os livros Caxias e a Unidade Nacional(o mais completo e atualizado estudo biográfico do patrono do Exército), As Batalhas dos Guararapes, análise e descrição militar, Os Patronos nas Forças Armadas, Moedas de Honra ou Condecorações Brasileiras. Escola de Formação de Oficiais das Forças Armadas do Brasil, Fortificação Brasil e Amazônia e seus desafios , Rondon – O guerreiro da Paz e os últimos números de seu Informativo O Guararapes. E possui links de seu site em outros como no Militar, no da AMAN, da ABORE e no Portal Região das Agulhas Negras etc.

Por intermédio de seu E-mail tem recebido consultas de História Militar e as respondido para alunos do Sistema de Ensino do Exército, da ESG, de jornalistas como do autor do livro sobre Anita Garibaldi e de produtores de Cinema

Seu informativo em número de 32 edições tem divulgado assuntos vários de interesse da História Militar Terrestre do Brasil. Seu Centro de Informações de História Militar Terrestre do Brasil junto a AMAN tem sido visitado por pesquisadores e em especial por cadetes da AMAN, sobre pesquisas que realizam e por alunos da ECEME sobre suas monografias e inclusive por um oficial que faz um Curso de Mestrado sobre o ensino militar , e que depois de percorrer vários locais ali encontrou surpreso tudo o que necessitava .Neste Centro fica nossa biblioteca especializada em História Militar Terrestre do Brasil, a qual reunimos em cerca de 40 anos onde se destacam índices de revistas, dicionários biográficos de militares e vários instrumentos de trabalho do historiador militar terrestre brasileiro . E o único índice da Revista da AMAN 1922-1962.

A Academia tem procurado levar suas mensagens por todo o Brasil e prioritariamente para a juventude estudando nos sistemas de ensino das Forças Armadas e auxiliares e em especial a dos Colégios Militares e Fundação Osório, celeiros de futuras lideranças civis. Isto para no seio dela procurar desfazer manipulações adversas contra as Forças Armadas e de nossa História bastante divulgadas e aceitas como se verdadeiras fossem na juventude do Brasil. Manipulação que alterna as estratégias adversas de SILÊNCIO ou DEFORMAÇÃO . Estratégias usadas por esquerdistas que tentaram incendiar o Brasil com a guerrilha rural e a urbana e que derrotados militarmente ,hoje se orgulham do seguinte .Perdemos a luta armada ,mas a ganhamos na nossa versão imposta a Opinião Publica ,conforme o demonstrou o acadêmico General Raimundo Maximiano Negrão Torres

Assim, a AHIMTB em Resende, na AMAN e nas Faculdades Dom Bosco com a presença de cadetes, já realizou palestras sobre História Militar, reuniões de posses, sendo até objeto de homenagem da AMAN, em formatura geral ,em 23 abril 2000, presidida pelo seu comandante e 3o Presidente de Honra da AHIMTB O Exmo Sr Gen Div Domingos Carlos Campos Curado , atual diretos da DFA .

Realizou 5 sessões no IME, com a presença de alunos abordando assuntos profissionais militares relevantes e ali foi estabelecido a sua Delegacia para o Rio Promoveu sessões de posses nos Colégios Militares: 2 em Porto Alegre, 1 em Santa Maria ,1 em Curitiba, 1 no Rio de Janeiro, 1 em Belo Horizonte com a participação da Escola de Oficiais de Polícia), 2 em Brasília,1 em Campo Grande , 1 em Fortaleza e 6 na Fundação Osório . Falta realizar sessões nos CM de Juiz de Fora, Recife, Salvador e Manaus. Realizou 1 sessão de posse na Escola Naval, com a participação do Corpo de Aspirantes e 1 no Comando do CFN. Na ESA já ocupou 6 tempos de aula ministrando instruções de História Militar. Promoveu sessão de posses no CPOR/SP com a participação de cadetes de Polícia e outra na sua Academia de Barro Branco.

Realizou 2 sessões na Caserna de Bravos em São Gabriel, na velha caserna construída por Mallet . tendo como porta vozes aspirantes estagiárias de Saúde

Na EsAO ,a AHIMTB inaugurou o assunto História Militar em palestra que ocupou 3 tempos de aula. Em Porto Alegre, em dezembro 2000 em palestra sobre a Amazônia, no GBOEX, a AHIMTB teve contato com a Escola de Formação de Oficiais da Brigada Militar e com seu Colégio Tiradentes de Ensino Médio.

Na maioria das sessões os cadetes e alunos participaram ativamente na condução do cerimonial e na leitura de documentos na qualidade de seus porta-vozes.

Na AMAN, duas conferências sobre História Militar para cadetes em geral. E cerimônias de posse de acadêmicos, tanto na AMAN como nas Faculdades Dom Bosco com a presença de cadetes e uma sessão de posse na ESPCEX.

A AHIMTB participou ativamente das comemorações dos 350 anos da 1ª Batalha dos Guararapes através de seu site na Internet e conferências no CMNE, GEC, IME e ESA. E preparou ampliados com o concurso voluntário de cadetes e alunos da EsPCEx e da cadeira de Português da AMAN o obra As Batalhas dos Guararapes –analise de descrição militar ora na INTERNET ,com prefacio do Gen Ex Zenildo de Lucena e aguardando a sus publicação pela BIBLIEx. No Centenário da Guerra de Canudos indicado pelo Ministro do Exército participou de Seminário na Câmara Federal, rebatendo manipulações e distorções contra o Exército. Se fez presente no programa Globo News sobre Canudos, esclarecendo inverdades e defendendo a atuação do Exército e de suas 11 Polícias Militares no episódio. Deu entrevista esclarecedoras no jornal O Globo e Zero Hora, etc.

A partir das palestras sobre a Amazônia pelo General Lessa a Academia se empenhou na campanha em prol de sua defesa. Abordou o assunto intensamente em seu informativo ,na Revista do Clube Militar e proferiu conferência no IHGB em parceria com outras entidades e inclusive o Clube Militar.

Na falta de uma revista regular a AHIMTB tem divulgado os seus trabalhos em seu site, em revistas eletrônicas como nos portais Agulhas Negras Resende; no Militar. no INTRANET da AMAN .Enfim aproveita todas as oportunidade que a INTERNET se lhe oferece . É agressiva e guerreira no bom sentido .Não passa recibo. Não se limita a indignação pura e simples ,parte para o confronto educado em defesa de suas verdades ,o que tem inibido muitas agressões de parte ,dos que estavam convencidas da passividade dos agredidos .Tem usado os jornais castrenses Letras em Marcha, Zero Hora, Ombro a Ombro, Grupo Inconfidência e revistas do IHGB, a Defesa Nacional, do CIPEL, da SASDE. Enfim, aproveita todas as oportunidades para se fazer presente.

O acervo da Academia está dividido em 3 grandes blocos: Lutas internas e Lutas externas e Lutas diversas na Amazônia. Assunto que está desenvolvendo na forma para servir a ECEME e a outros estudos mais aprofundados de História Militar Terrestre do Brasil com apoio nas fontes históricas que relaciona ao final .

No seu acervo se destacam os 30 volumes encadernados que contém a biobibliografia dos patronos historiadores militares empossados como acadêmicos. E última análise documentos que abrangem sobretudo quase toda a História Militar Terrestre do Brasil. Só este esforço justificaria a existência da Academia se hoje por falta de vontade cultural de seus integrantes ela tivesse de encerrar os seus trabalhos, por não demonstrarem seus membros a vontade cultural e a garra dos civis que fundaram e consagraram a Academia Brasileira de Letras, local onde raros militares tem sido acolhidos. Para contá-los sobram dedos de uma mão .

Assim a Academia de História Militar Terrestre do Brasil tem procurado ser um fórum cultural para reunir em todo o Brasil militares terrestres e amigos para debater assuntos militares relacionados com a operacionalidade crescente das Forças Terrestres com apoio também na análise crítica de seu passado operacional e institucional que não cabem nas instituições culturais civis na intensidade e profundidade que eles devem ser tratados para constituírem uma corrente do pensamento militar terrestre do Brasil ,em apoio as Forças Terrestres e de parte de militares na Reserva com grande potencial cultural para esta desejável contribuição aos companheiros da Ativa.

Como destaques no ano que passou a Academia produziu a obras História da 8a Bda Infantaria Motorizada e História da 6a DE e atual mente trabalha nas histórias da 3a Bda C Mec, 6a Bda Inf Bld e AD/6 dentro do Projeto História do Exército na Região Sul .Para a ECEME já elaborou os compêndios Brasil Lutas Externas 1500-2002 ,Brasil Lutas Internas 1500-1889 e no momento ultima Brasil Lutas Internas na República. Participou ativamente nas comemorações dos 200 anos de Resende, inclusive com a obra Resende História Militar 1744/2001, além de diversas sessões de posses onde se destacam em Brasília sessões no EME de posse do Gen Ex Frederico Faria Sodré de Castro, uma na Academia da Policia Militar DF ,outra na Academia de Bombeiros ,outra integrando a seus quadros um acadêmico da Infantaria da Aeronáutica e outra no IHGDF empossando seu presidente na cadeira especial Cel med PMMG Juscelino Kubischek , no contexto do centenário do construtor de Brasília.

Acaba de lançar plaqueta Em defesa da Memória do Duque de Caxias vítima de covardes manipulações de nossa História Militar e esta no prelo com prefacio do acadêmico emérito Gen Carlos de Meira Mattos a Plaqueta Inspirações Geopolíticas das ações de Portugal e do Brasil no Prata e sua repercussões no Rio Grande do Sul 1680 / 1900,com um retrospecto da guerras na região para a fixação da nossa fronteira Sul .

Este era em largos traços a prestação que se impunha fazer sobre a Academia de História Militar Terrestre do Brasil, no transcurso do seu 6 o aniversário e hoje comemorado nesta Fundação Osório e que será divulgada no todo no Guararapes 33 e por de conseqüência no site da Academia e no site militar

Parabéns aos novos empossados os jovens acadêmico juniores Henrique Vasconcellos Cruz e Luiz Felipe Resende de Ávila e aos novos correspondentes aqui no Rio Comandantte Guilherme Canellas e 2o Sargento Nelson Soares. Agradecimentos a Fundação Osório e ao seu presidente, hoje ausente por motivos de saúde e aqui representado pelo cel Murilo .Fundação hoje diplomada como Grande Colaborada da AHIMTB. Obrigado pela presença de todos quantos honraram com suas presenças este evento que esperamos histórico . Muito Obrigado

Detalhes da sessão do 6º aniversário

Compuseram a Mesa Diretora dos trabalhos : Cel Cláudio Moreira Bento ,presidente da AHIMTB , os generais membros da AHIMTB acadêmico Gen Paulo César Castro ,presidente de Honra da sessão e comandante da ECEME, acadêmico emérito Gen Plínio Pitaluga , membro da Delegacia do Rio Gen Job Lorena de Santana ,o patrono de cadeira Cel Francisco Ruas Santos , a acadêmico Delegado da AHMTB no Rio Eng Mil Christovão de Ávila Pires Júnior e o Cel Murilo representante da Fundação Osório .

Além dos membros da Academia acima citados compareceram os acadêmicos Cel Luiz Casteliano de Lucena ,Cel Germano Seidl Vidal ,Cel Andrade Neto , Cel Celso Pires e Cel PMRJ Vidal da Silveira Barros e a Srta Dhalila Miranda ,secretaria da AHIMTB. Não compareceram por atingidos pela epidemia de dengue o acadêmico Nilton Freixinho e o correspondente Marcelo Peixoto.

Presentes D. Umberlina Sant’Äna filha do Marechal João Batista de Mattos , D. Maria de Lourdes e Vilena , respectivamente esposa e filha do acadêmico Cristóvão ,Delegado da AHIMTB no Rio em mais o Sr J. G Pratti de Aguiar filho do general Pratti de Aguiar ex comandante da AMAN.

A sessão contou com a presença de 40 alunas da 8 a série da Escola Reitora Cassilda Martins.

Ó Correspondente 2o sgt Nelson Soares que se fez presente com esposa filho e sogros, organizou quadro alusivo ao 6o aniversário da Academia contendo selos alusivos ao Duque de Caxias, patrono da mesma acompanhada e expressiva mensagem alusiva ao relevante papel que vem desempenhando nossa Academia de História.

Ajudaram no cerimonial o aluno Carlos Bianquine Dias dos Santos que representou a AHIMTB na saudação do Sgt Nelson e a aluna Eduarda Justino Silvério Polibiano que saudou o comandante Alfredo .

O Cel Murilo Silva de Souza representando o Presidente da Fundação Osório ,Cel Arivaldo Silveira Fontes ,em recuperação de cirurgia , distribuiu aos integrantes da mesa O Legendário Revista da Fundação Osório ,comemorativo dos 80 anos da Fundação e o livro Pérolas da Poesia ,seleção de poesias dos alunos da Fundação comemorativa de seus 80 anos. Ao final foi servido aos presentes um coquetel.


 

PUBLICAÇÕES RECEBIDAS

Livros: O Enigma dos Submarinos. do acadêmico Cel José Fernando Maya Pedrosa. Paraná. Encruzilhada de Caminhos, do acadêmico Gen Raymundo Negrão Torres, onde se destaca apontamentos para a História da 5ª RM p. 77/89. Fundação da PMSP de José Nogueira Sampaio. Cel Arcy da Rocha Nóbrega. Herói da Revolução de 1932 do acadêmico Alvino Melquides Brugalli, editado pela UCS. Padre João Baptista da Fonseca (1787-1831) do acadêmico Gen Alberto Martins da Silva (Trata também da Revolução de 1817 em Pernambuco) e do mesmo autor Cândido Manoel de Oliveira Quintana, Herói da Retirada da Laguna e Comemorações em 1982, de 5 julho 1922, doado pelo acadêmico Cel José Spagenberg Chaves, filho de um veterano de 1922.

Revistas: Notícia Bibliográfica e Histórica nº 181-184 de responsabilidade editorial do correspondente Odilon Nogueira de Mattos. Merece destaque da AHIMTB o artigo de Odilon N. de Mattos "Estrangeiros que escreveram sobre a Amazônia", nº 182, p. 211/219.

Periódicos e informativos: Noticiário do IHGB 153, 154 e 163. Boletim do IHGSC nº 39, 40. Do IHG Paraíba, informativo 101/102/103. O Clarim do CML, nº 43/59. Informativo do IEV, nº 127, 129 e 136. Clarinadas da Tabatinguera da AEPOP/PMSP. Boletins da Academia Paulista de História nº 83, 84, 90, 92, cabendo destacar do acadêmico Hernani Donato artigo sobre a cobiça estrangeira da Amazônia. Jornal do Grupo Inconfidência nº 40, 41, 42 e 44, cabendo destacar artigos Cramsci e a Estratégia atual das Esquadras do Gen José Saldanha Fabrega Loureiro. Informativo da AMIR.

Publicações militares portuguesas e francesas enviadas pelo primeiro sócio correspondente estrangeiro o Sargento Ajudante ANTÔNIO E. SUCENA DO CARMO do Exército de Portugal contendo artigos de interesse da História Militar do Brasil de sua autoria. No Jornal do Exército: Entrevista do Ministro do Exército do Brasil Gen Ex Zenildo de Lucena nº 468, dez 1998 7 páginas. CIGS - Centro de Instrução de Guerra na Selva nº 459, p. 20/25. As Forças Especiais do Exército Brasileiro nº 465, p.32/38. Revista Boina Verde co-autor artigos Tropas pára-quedistas portuguesas nº 158, jul/set 1991. Pára-quedismo militar no Brasil nº 7 159 p. 24/26 e Amazônia Brasileira - mitos realidades e cobiça internacional nº 157, jul/set 2001, p. 18/20. Pára-quedismo militar no Brasil nº 195 p. 18/21. Distintivos de qualificação páraquedista nº 196 p. 16/18. Na Revista Raids da França. Les parachutistes sauveteurs brésiliens nº 86 p. 34/38. La brigade aéroportée brésilienne, nº 95 p. 24/30. Manaus: I' école de guerre em jungle, nº 154 p. 44/49. Le 1er bataillon de forces espéciales brésiliennes, nº 164 p. 28/34. Le 72e bataillon d' infanterie motorisée de la caatinga, nº 169 p. 42/47. Le bataillon des opérations spéciales de la marine brésilienne, nº 179 p. 48/55. Segurança e Defesa - Revista do Profissional. A-12 São Paulo - o novo navio - aeródromo chega ao país nº 69, 2001. Enviou mais as seguintes obras: Resenha Histórico - Militar das campanhas da África(1961-1974). 1º vol., 2ª ed. E Boletim nº 67 da Liga dos Amigos do Museu Militar do Porto (Armas do Oeste Americano).


 

AGRADECIMENTO DA ECEME À AHIMTB.

Ofício nº 002 - DED do Comandante da ECEME ao Cel Cláudio Moreira Bento. "Versa o presente expediente sobre o recebimento de material didático para o Curso de Preparação aos Cursos de Altos Estudos Militares (CP/CAEM) - ECEME. Esta Escola recebeu os disquetes correspondentes ao trabalho de revisão e atualização do conteúdo de História Militar do CP/CAEM, referente às Lutas Internas(1500-1889). Aproveito a oportunidade para reiterar os agradecimentos pelos relevantes serviços que V. S. vem prestando a este estabelecimento de Ensino. Ressalto a importância de contarmos com a direta colaboração de tão destacado historiador, garantia de qualidade e credibilidade nos trabalhos elaborados." Gen Bda PAULO CÉSAR DE CASTRO, Comandante da ECEME. ( Obs: É acadêmico da AHIMTB, cadeira Mal Estevão Leitão de Carvalho).


FALECIMENTO DE UM GRANDE COLABORADOR DA AHIMTB

A AHIMTB registra com pesar o falecimento de seu sócio Grande Colaborador, CEL NELSON AFONSO CRISSANTO DA COSTA, em 12 janeiro 2002, no Rio de Janeiro. Grande Colaborador por haver doado à AHIMTB um aparelho de ar condicionado, patrocinado O Guararapes nº 25 e orientado a AHIMTB administrativamente na aquisição de material e prestação de contas de recursos recebidos etc. E mais por haver contribuído com dinheiro próprio para o Livro de Ouro da Academia em momentos difíceis de finanças da mesma. O Cel Affonso integrava a Turma Humaitá de intendência da AMAN. Nasceu no Rio de Janeiro em 9 jun 1945. Aqui a singela homenagem da Academia de História Militar Terrestre do Brasil ,cujo trabalho relevante o Cel Nelson reconheceu e prestigiou sempre .


POSSES NA ACADEMIA

Em 9 maio em Juiz de Fora .Posse como acadêmico e delegado da AHIMTB em Juiz de Fora ,do Cel PAULO CESAR MENEZES na cadeira Dr Eugênio Volhena de Morais em susbstituição ao falecido acadêmico Prof Antônio Pimentel Winz.

Em 23 maio no Colégio Militar do Recife do acadêmico Cel JOSÉ FERNANDO MAYA PEDROSA na cadeira General João Pereira de Oliveira e do professor FREDERICO PERNAMBUCANO MELLO na cadeira especial José Antônio Gonsalves de Mello.

Em 25 junho na Fundação Osório terá lugar a posse como acadêmico de MARCELO PEIXOTO DA SILVA em cadeira especial Ten Cel Dr José de Mirales ,espanhol que escreveu a primeira História Militar do Brasil 1549/1762 e, como primeiro correspondente estrangeiro o Sargento Ajudante do Exército de Portugal ANTÔNIO ELEUTÉRIO SUCENA DO CARMO, que caba de ser agraciado como cavaleiro da OMM por divulgar instituições das Forças Armadas do Brasil em Portugal e França ,conforme assinalado em publicações recebidas.


 

PESQUISAS EM CURSO PELA AHIMTB

A AHIMTB no contexto do Projeto História do Exército na Região Sul concluiu para edição para breve as histórias da: 3a Bda C Mec Brigada Patrício Correia da Câmara(no prelo );da 6a Bda Inf Bld-Brigada Cel João Niederauer Sobrinho( a lançar no 2o semestre) .da AD/6 Marechal Gastão de Orleans(Conde D’Eu).E já se encontra desenvolvendo as histórias da 2a Bda C Mec –Brigada Charrua e da 5aRM/5a DE Heróis da Lapa .

Já entregou a ECEME 3 compêndios de História Militar Terrestre do Brasil : Brasil Conflitos Externos e, em 2 volumes, Brasil Lutas Internas .No momento desenvolve ensaio Brasil –Lutas Externas e Internas na Amazônia .

Publicou as plaquetes. Resende História Militar 1744-2001; O Duque de Caxias ,significação histórica e alvo da manipulação da História e, por último , Inspirações Geopolíticas de Portugal e do Brasil no Prata e sua repercussões no RGS 1680-1900. Esta apresentada pelo acadêmico emérito Gen Carlos de Meira Mattos e apreciada no item anterior pelo acadêmico Nilton Freixinho .


 

DIVERSOS

Análise de publicação da AHIMTB pelo Acadêmico Cel Nilton Freixinho

Carta do Acadêmico Nilton Freixinho , 23 Maio De 2002 - 5ª Feira

Ilustre Presidente da AHIMTB Caro Bento,

Com seu recente trabalho, " Inspirações Geopolíticas ..." você alcançou síntese invejável ! Mas para min, o que engrandece Cláudio Moreira Bento através desse estudo, é a profunda percepção em resposta a questão primordial: " para que serve a História?" Relatar "o que aconteceu numa determinada época, em uma toda região", sem vincular ao "que está acontecendo na atualidade", transforma-se num exercício útil, mas pouco explorado.

Você logrou a façanha ambicionado por todos os historiadores modernos. Com sua inteligência, sem estigmatizar os choques do passado, inspira e dá luzes à associação dos atuais países do Prata para conduzirem-se contra influência exterior no insondável 3º milênio - página 10, último parágrafo.

Bravos, mil vezes Bravos - é assim que se mostra "para que serve a História", como acontece hoje, na Europa, após cerca de 17 séculos de guerras entre os originais "reinos Bárbaros"- a União Européia.

Não quero, e mesmo me falta competência para polemizar com os eméritos formuladores da chamada "geopolítica", que o chamou com lúcida apresentação. No meu entender, na longa duração, há uma cadeia de episódios que se entrelaçam no contexto do confronto entre Estados: uma intuição de grandeza por parte dos fundadores; o povoamento primitivo do território em disputa, a posse da terra pelo povoadores desbravadores, o surgimento do povoador regional típico e de seus herdeiros; o interesse econômico dali advindo; a entrada em

cena do Estado, usando de todos os instrumentos, inclusive da força armada para consolidar, alargar e ampliar, no tempo e no espaço, todo um movimento de "suas gentes", ante antagonismos externos. Isso, meu caro Bento, está planado na extraordinária síntese de 24 páginas, que eu tomaria a liberdade de intitular: "Visão na longa duração do confronto entre Portugal e Espanha, e de seus herdeiros no Prata - o desfecho". Bento, obrigado por ter enriquecido meu conhecimento .Parabéns! Com o apreço e a admiração do acadêmico ."

História no Brasil: Sinônimo de Excentricidade

Paulo Diniz Professor de História paulodinizz@hotmail.com

Em vista do que está acontecendo na USP, onde alunos dos departamentos de ciências humanas resolveram decretar uma "greve", em protesto contra a falta de professores, sou obrigado a entender os motivos pelos quais há muito tempo, as pessoas que se formam nas disciplinas da área de humanas, sobretudo História, são muitas vezes encaradas como excêntricas, para dizer o mínimo.

Embora existam as exceções, pelo menos numa das principais Universidades brasileiras, o quadro configurado torna difícil não dar razão àqueles que criticam os estudantes dessa disciplina, qualificando-os de "loucos" e "exóticos" que vivem de discursos revolucionários dos anos 50 e 60, apoiando idéias e propostas sócio - políticas sem a menor credibilidade. Contudo, como o exemplo de marxismo primitivo vem de cima, seria mesmo de se admirar caso os estudantes se organizassem racionalmente para superar problemas como os surgidos no Departamento de Ciências Humanas da USP.

Dessa forma, entre o notório domínio que professores marxistas exercem na área, com suas "modernas" idéias, e as palavras de ordem e panfletos pró - FARC, MST, de repúdio aos Estados Unidos, etc., de muitos alunos, a matéria de História vai parando no tempo.

Embora muitos professores e educadores insistam em afirmar que os problemas do crescente esvaziamento da matéria são uma "herança" do regime militar, (que supostamente teria combatido as matérias de humanas) a verdade é que além de ter se tornado campo fértil para mistificadores e charlatões, a disciplina não consegue fugir do triste papel ao qual foi relegada nas últimas décadas, ou seja, fazer propaganda comunista disfarçada de liberdade de expressão e livre pensamento.

A situação está se decompondo de tal maneira, que os cursos de história no interior do Estado de São Paulo, por exemplo, estão fechando as portas, pois não há mais procura por eles, o mesmo ocorrendo com a disciplina de Geografia.

Esse quadro é lamentável, pois História não é isso que ai está, com alunos drogados e bêbados impedindo que aulas sejam assistidas, ou então provocando vandalismo em eventos na USP, mas é algo muito mais amplo, necessário para um país e um povo que querem ter noção de onde se situam no mundo, seu papel e seu futuro.

Para isso, entretanto, não adianta entregar a disciplina ao controle de embusteiros comunistas, que se acham donos da verdade e manipulam de forma intensa a formação intelectual dos alunos, que são levados a crer que todos os problemas do Brasil são culpa de conspirações das "elites corruptas", "dos Estados Unidos" e pela falta de um governo "popular" (leia-se comunista), e outras meias - verdades e mentiras.

Além de impossibilitar uma análise ponderada da realidade, o excessivo marxismo na disciplina de História leva muitos alunos, quando imbuídos das idéias dos seus professores, a um tipo de comportamento que beira a violência.

Recentemente, quando visitava uma livraria de um Shoping Center, em São Paulo, fui surpreendido com o linguajar violento de uma jovem, que acompanhada do namorado, estava olhando os livros. Curioso por saber qual o motivo que havia levado a jovem a ficar alterada, notei que ela segurava um livro cujo assunto era o ex-secretário de Estado norte-americano, Henry Kissinger, contra quem lançava sua raiva.

Em seguida, a jovem dirigiu-se para outro livro, dessa vez demonstrando visível satisfação. O livro não era outro senão "O Livro Negro do Capitalismo". Trata-se de uma obra absurda e grotesca, onde um grupo de escritores comunistas franceses, revoltados com o sucesso de outra obra "O Livro negro do Comunismo", só faltou contabilizar como culpa do capitalismo as mortes provocadas pela ingestão de refrigerantes e atropelamentos de trânsito, tamanha a ânsia de provar que o capitalismo é um mal.

Vendo a cena, lembrei-me da forma como um capitão da Polícia Militar, aluno de uma faculdade de São Paulo, foi agredido física e moralmente, ano passado, quando tentava apresentar sua tese de mestrado. O oficial da PM foi agredido porque era um "agente da repressão burguesa".

Tanto o comportamento da jovem na livraria quanto dos estudantes que agrediram o oficial da PM só podem ser resultado de uma bela doutrinação marxista, onde a lei e o capitalismo (e por extensão, Estados Unidos) são o "mal" a ser combatido.

Assim, a questão da alteridade, ou seja, do ser humano que é um igual, deixa aos poucos de existir, pois na ótica comunista, o capitalista, o policial e o representante do "sistema" não são pessoas, mas sim, "coisas" que devem ser enfrentados, e, eventualmente, destruídos.

Durante a década de 80, no Peru, alguns dos principais redutos dos terroristas maoístas do Sendero Luminoso, a organização comunista mais violenta da história recente da América Latina, eram na Universidade de Lima.

O perfil dos estudantes envolvidos na agressão ao oficial de polícia era parecido com o da jovem na livraria: bem nutrida e vestida, calçando tênis de marca, e muito provavelmente, com um cartão de crédito e um telefone celular dentro da mochila, o qual acionaria para chamar os pais caso necessitasse.

Eis aí outro ponto que chama atenção nos nossos marxistas: são todos parte de uma elite, letrada e financeira, que insiste em manter os jovens num mundo de alienação total, utilizando-se de velhos e surrados discursos comunistas, impedindo que abram seus horizontes intelectuais de uma forma realista, pensando, realmente, por si próprios.

Esses "mestres" e muitos de seus alunos, membros da elite que dizem combater, na verdade criam perspectivas de uma sociedade utópica. Aos jovens restará a dura realidade, onde os discursos esquerdistas, embora estejam ganhando força, ainda não garantem emprego e colocação na sociedade para todos, sobrando frustração e o apego a ideais esquerdistas radicais, encarados como única forma de mudar a realidade injusta.

E assim, entre utopias e uma boa dose de falta de bom senso, nossos marxistas destroem a disciplina de História, não renovando a Bibliografia utilizada, empregando jargões comunistas, incentivando a leitura de obras escritas por seus pares ideológicos, impedindo que pontos de vistas diferentes sejam abordados, e principalmente, cultivando a discórdia e o rancor como se esse fosse o real papel de professores e historiadores.Enfim, uma pena!

História marxista é charlatanismo
Olavo de Carvalho
"Com honrosas e inevitáveis exceções, a historiografia disponível no mercado livreiro nacional é de orientação predominantemente marxista ou filomarxista. Por isso nossa visão da História é estereotipada e falsa ao ponto de confundir-se com a ficção e a
propaganda. A História que os brasileiros aprendem nas escolas e nos livros é uma História para cabos eleitorais. "

Noticias da Missão de Paz no Timor Leste

A AHIMTB é representada no Timor Leste pelo seu membro correspondente historiador militar Ten Hélio Tenório dos Santos da Policia Militar de São Paulo, comandando a Estação de Becora .Tem enviadoa AHIMTB, interessantes relatórios sobre tudo que lá testemunha e acompanhado de fotos esclarecedoras e com a missão de ao retornar produzir um livro sobre o que lá testemunhou e de como o Brasil través do Exército e da Polícia Militar de São Paulo contribuiu para o surgimento independente de mais uma pais irmão de língua portuguesa.

O Guararapes nº 33 Abr/Jun Ano 2002.

 

"Para alimentar o cérebro de um Exército na paz, para prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais fecundo em meditações e lições do que o da História Militar."