INFORMATIVO GUARARAPES

 


7 ANOS

 

O GUARARAPES

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DA

ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

CGC 01.149.526/0001-09

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E-mail: ahimtb@resenet.com.br

Fundada em 1o de março de 1996

ANO: 2003                 MÊS:   JAN/MAR                       No 36

SUMÁRIO


- AHIMTB 7 ANOS DE LUTA EM APOIO AO OBJETIVO ATUAL DO EXÉRCITO RELACIONADO COM SUA HISTÓRIA ,TRADIÇÕES E VALORES p.1

- PALAVRAS DO NOVO COMANDANTE DO EXÉRCITO p.4

- A CASA DAS SETE MULHERES - A HISTORIA E A FANTASIA p.44

- MILITAR, CASTA E PRIVILÉGIO? p.6

-PREVIDÊNCIA UNIFICADA? p.9

- DADOS HISTÓRICOS SOBRE A AUSÊNCIA DE PREVIDÊNCIA MILITAR p.10

- SALA HISTÓRICA DO CASARÃO DA VÁRZEA p.11

- LANÇAMENTO DA HISTÓRIA DA 3ª BDA MEC p.11

- MONUMENTO EM BRASÍLIA AOS MORTOS DE PASSO DO ROSÁRIO p.11

- PUBLICAÇÕES RECEBIDAS p.11

  • DIVERSOS p.12


  • (PS: NO PRÓXIMO NÚMERO NOTÍCIAS DE SÓCIOS E SOBRE O LANÇAMENTO DO LIVRO CAXIAS E A UNIDADE NACIONAL)

     

    - AHIMTB 7 ANOS DE LUTA EM APOIO AO OBJETIVO ATUAL DO EXÉRCITO RELACIONADO COM SUA HISTÓRIA ,TRADIÇÕES E VALORES

    A Academia de História Militar Terrestre do Brasil foi por nós fundada em Resende , A Cidade dos Cadetes em 1o março 1996. Tem por fim desenvolver a História das Forças Terrestres do Brasil :Exército , Fuzileiros Navais , Infantaria da Aeronáutica ,Forças Auxiliares, Guarda Nacional, ,Voluntários da Pátria e de outras forças que as antecederam desde o Descobrimento .

    Com sede na AMAN em Resende ,mas de amplitude nacional, tem como patrono o Duque de Caxias e como patronos de cadeiras historiadores militares terrestres assinalados ,por vezes também ilustres chefes militares como os marechais José Pessoa, Leitão de Carvalho, Tasso Fragoso, Mascarenhas de Moraes , Castelo Branco e gen Aurélio de Lyra Tavares.. Foram consagrados em vida alguns patronos de cadeiras ,em razão de notáveis serviços prestados à História Militar Terrestre do Brasil . Continua na página 2

     

    Continuação de O GUARARAPES n o 36 jan /mar 2003 página 2

     

     Figuram como patronos os civis Barão do Rio Branco, Dr Eugênio Vilhena de Morais Gustavo Barroso , Pedro Calmon e José Antônio de Mello Neto pelas contribuições assinaladas à História Militar Terrestre do Brasil.

    A Academia possui como órgão de divulgação o Informativo O GUARARAPES que é dirigido a especialistas no assunto e a autoridades com responsabilidade de Estado pelo desenvolvimento deste assunto de importância estratégica por gerador da perspectiva e identidade históricas das Forças Terrestres do Brasil. e ,principalmente pelo desenvolvimento de suas doutrinas militares. Divulgação que potencializa através de sua Home page – http://www.resenet.com.br/users/ahimtb ,já com cerca de 16.000 visitas e a pioneira entre as entidades do gênero no Brasil, onde implantou relação de seus membros ,o Informativo O Guararapes, vários artigos e livros como as As batalhas dos Guararapes relacionadas com o Dia do Exército e Caxias e a Unidade Nacional relacionada com o Dia do Soldado .Possui a Revista Eletrônica sobre História Militar Terrestre do Brasil em História no site www.militar.com.br. No Portal Agulhas Negras do site www.resenet.com.br publica na coluna Caserna matérias de História Militar e farto material sobre as histórias da AMAN,de Resende e Itatiaia.

    A diferença de história critica para história descritiva foi assim definida pelo rei e chefe militar da Prússia Frederico o Grande, ao assim corrigir o professor de História de seu filho .

    ‘Não faça o meu filho decorar textos de História, datas e nomes como se ensina a um papagaio. Faça ele raciocinar e tirar conclusões do que lhe ensina na forma de lições que a História encerra."

    Academia desenvolve pois a História militar crítica e não descritiva e em duas dimensões:

    1a,a clássica como instrumento de aprendizagem da Arte Militar com vistas ao melhor desempenho constitucional das Forças Terrestres, com apoio em suas experiências passadas etc

    A .2a- com vistas a isolar os mecanismos geradores de confrontos bélicos externos e internos para que colocados à disposição das lideranças civis ,da OEA e da ONU, estas evitem futuros confrontos bélicos com todo o seu rosário de graves conseqüências para a Sociedade Brasileira.

    A Academia vem dando especial atenção à Juventude masculina e feminina estudando nos sistema de ensino das Forças Terrestres Brasileiras, com vistas a promover encontro dela com as velhas gerações e as atuais de historiadores militares terrestres e soldados terrestres e, além, tentar despertar no turbilhão da hora presente, no insondável 3 o milênio, novas gerações de historiadores militares terrestres, especialidade hoje em vias de extinção por falta de apoio e sobretudo estímulo editorial. Constatar é obra de simples raciocínio e verificação! . É assunto que merece, salvo melhor juízo, séria reflexão de parte de lideranças das Forças Terrestres com responsabilidade funcional de desenvolver a identidade e a perspectiva históricas das mesmas e ,além ,as suas doutrinas militares expressivamente nacionalizadas , calcadas na criatividade de seus quadros e em suas experiências históricas bem sucedidas o que se impõe a uma grande nação, potência ,ou grande potência do 3 o Milênio. Continua na página 3

    Continuação de O GUARARAPES n o 36 jan /mar 2003 página 3

    No desempenho de sua proposta ela vem realizando sessões solenes junto a juventude militar terrestre brasileira, a par de posses de novos acadêmicos do Exército, Fuzileiros Navais ,Infantaria da Aeronáutica(e Polícias Militares que vem progressivamente mobilizando e integrando em sua cruzada cultural e centralizando subsídios em seu Centro de Informações de História Militar Terrestre do Brasil em Resende ,junto a AMAN.

    Complementarmente procura a Academia apontar aos jovens ,seu público alvo , os homens e instituições que lutam patrioticamente ,a maioria das vezes sem nenhum apoio ,para manter acesas e vivas as chamas dos estudos de História do Brasil e seus desdobramentos ,com o apoio na análise racional e não passional de fontes históricas ,integras ,autênticas e fidedignas, que com grandes esforços garimpam ,ao invéz das manipulações históricas predominantes entre nós feitas por historicidas ,fruto das mais variadas paixões ,fantasias e interesses, o que Rui Barbosa já denunciava em seu tempo. Confirmar é obra de simples verificação e raciocínio .E se os jovens disto se convencerem e exercerem o seu espírito crítico será meia batalha ganha .

    A Academia vem atuando em escala nacional com representantes em todo o Brasil em suas várias categorias de sócios e já possui em Brasília a Delegacia Marechal José Pessoa ; em Porto Alegre a Delegacia General Rinaldo Pereira Câmara ; em Fortaleza a delegacia Cel José Aurélio Câmara; no Rio de Janeiro , a Delegacia Marechal João Baptista de Matos .Em Curitiba a Delegacia Gen Luiz Carlos Pereira Tourinho, em Campinas a delegacia Marechal Mário Travassos, em Caxias do Sul a delegacia Gen Morivalde Calvet Fagundes e ,em Pelotas, a Delegacia Fernado Luiz Osório etc Em outros locais estabelece sócios correspondentes e em São Paulo na Polícia Militar a Delegacia Cel Pedro Dias de Campos na qual qual é cultuado a memória do General Miguel Costa ,em verdade o comandante da Grande Marcha que passou a História por manipulação ideológica bem sucedida, de Coluna Prestes .

    A Academia em seus 7 anos de atuação se orgulha das realizações concretizadas e ressalta os seguintes trabalhos em curso:

    O desenvolvimento do Projeto História do Exército na Região Sul . Já publicou a História da 3a RM em 3v,a do CMS ,a da 6a Divisão de Exército ,a da 8a Brigada de Infantaria Motorizada , a da 3a Brigada de Cavalaria Mecanizada , a da 6a Brigada de Infantaria Blindada e já dispõe em condições de publicar a da Artilharia da 6a DE .E já pesquisa a História da 2a Brigada de Cavalaria Mecanizada , As duas últimas previstas para este ano .E tem consciência da importância desta contribuição ,talvez não percebida por muitos.

    Já desenvolveu para a Escola de Estado- Maior do Exército para seu projeto de ensino a distância os compêndios integrados: Brasil Lutas Externas 1500-1945 e Brasil Lutas Internas até nossos dias .E este ano lançará Amazônia Brasileira – a conquista , a consolidação e a manutenção 1616-2003história militar terrestre da Amazônia, que aborda as Lutas internas e externas que a envolveram e tudo na tentativa de ajudar a melhor orientar o esforço de defesa daquela estratégica área no insondável 3 o Milênio ..

    Em Lutas Internas na República ,consagrou a expressão coluna Miguel Costa/ Prestes .

    Lançará em 2003 a obra Caxias e a Unidade Nacional ,comemorativa do bicentenário de seu patrono e também o do Exército e a 2002-175 anos da Batalha do Passo do Rosário ilustrada com mapas coloridos didáticos

    Eis meus senhores e minhas senhoras uma síntese do perfil da Academia de História Militar Terrestre do Brasil , que tem contato com o apoio da FHE-POUPEX graças a sensibilidade histórica de seu presidente Gen Ex Clóvis Jacy Burmann.

    Continua na página 4

    Continuação de O GUARARAPES n o 36 jan /mar 2003 página 4

    PALAVRAS DO NOVO COMANDANTE DO EXÉRCITO

    Enviadas pelo ilustre confrade acadêmico Cel Nilton Freixinho que foi chefe do cadete de Artilharia Francisco Roberto de Albuquerque, estatutariamente agora o 1º Presidente de Honra da AHIMTB , caso aceitar .E reproduzimos a seguir suas palavras ao assumir o Comando do Exército em 3 jan. 2003.

    "Recebo o Comando do Exército Brasileiro com muita honra e indisfarçável orgulho.

    Mas assumo, sobretudo, com humildade de quem não despreza a ousadia para mudanças, a disposição para a luta e, com o senso da realidade que não se aparta do otimismo, e se dispõe a enfrentar os desafios que se apresentarem.

    Manter os planejamentos de longo prazo já realizados, no mínimo reforça o reconhecimento e o respeito ao General Gleuber, ele que imprimiu, com sua profícua gestão, um verdadeiro salto de qualidade à Força Terrestre.

    Pelas responsabilidades que me guardam, tudo farei cumprir a magna missão de segurança, manter a soberania e a unidade nacional, bem como, garantir os poderes constituídos, a lei e a ordem.

    A nossa tradicional origem e a histórica sintonia mantida com a sociedade brasileira que representamos em todas as camadas, impõem importantes atividades complementares.

    A elas não faltará minha atenção. Com elas estará presente o braço forte com a mão amiga. Fraterna e operosa é a soma de esforços para o desenvolvimento social do nosso povo.

    Envidarei esforços para continuarmos trazendo o futuro ao presente. Nele se constrói, com o trabalho solidário e intenso, o aparelhamento, , o adestramento e a operacionalidade necessárias a um Exército que, no mundo moderno, acredita na estratégica de um poder dissuasório convincente.

    Sob a égide do Ministério da Defesa o Exército caminhará, como sempre o fez, ombro-a-ombro, com suas co-irmãs Marinha e Força Aérea.

    Vejo como auspiciosa a harmonia das vertentes política, diplomática e militar na busca da realização do objetivo comum de projeção do Poder Nacional.

    Agradeço ao Excelentíssimo Sr Presidente da República e ao Excelentíssimo Sr Ministro da Defesa, pela confiança que em mim depositaram.

    Nossa Instituição, disciplinada e ética, com o excelente capital humano que integra seus quadros, permanecerá caracterizada: pelos valores maiores que exemplifica, pelo notável espírito de camaradagem que a fraterniza, pela aceitação das diferenças enriquecedoras da democracia e pelo respeito à dignidade do próximo.

    Peço a Deus que me ilumine. Que eu possa colaborar com o Exército honrado, eficiente e respeitado, em sua trajetória de cumprimento do dever, animado pela chama da esperança e motivado pelo insubstituível e inquebrantável amor ao Brasil."

    Ass: Gen Ex Francisco Roberto Albuquerque Comandante do Exército

    A CASA DAS 7 MULHERES

    (A História e a Fantasia)

    Gaúcho natural da Serra dos Tapes onde se encontra a cidade de Piratini, e Canguçu, "o seu distrito de mais perigo e mais farrapo" durante a Revolução Farroupilha 1835-45 e, além, autor do livro O Exército Farrapo e os seus chefes em 1991,e outros sobre o assunto cabe-me fazer algumas considerações históricas sobre o magnifico filme A Casa das 7 mulheres, mini série da Globo que vem com traje de gala divulgando a Revolução Farroupilha, onde possui suas raízes a Republica Federativa do Brasil implantada há 114 anos. Continua na página 5

     

    Continuação de O GUARARAPES n o 36 jan /mar 2003 página 5

    A minisérie atende em seu miolo ou espinha dorsal até agora o desenvolvimento histórico da Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul Mas como teria dito seu diretor Jaime Monjardin ela possui 40 % de História e 60 % de Fantasia. Aproveitou um tema histórico e o vestiu de gala com toda a pompa e circunstância e de forma notável.

    No tocante as fantasias ,como elemento notável para atrair os seus assistentes e passar-lhes o essencial da História ,usou recursos inexistentes na época .

    Exemplos: O uso de lenços vermelhos e brancos pelos farrapos e imperiais, um costume que remonta a Guerra Civil na Região do Sul 1893-95. O cenário lindíssimo dos Aparados da Serra onde a revolução não chegou.

    Luxo nas estâncias ,casas e igrejas incompatível com aspecto espartano das mesmas ,como o comprova a estância do Cristal do General Bento Gonçalves da Silva e hoje Parque Histórico estadual em sua memória.

    Imperiais entrando a cavalo dentro de uma igreja quando os santos no Império eram mais respeitados que os próprios generais e a canção do Exército era a de N. S. da Conceição a sua padroeira. Era raro o uso de carroças e sim carretas. E não existiam carruagens que só aparecem em Pelotas por volta de 1865 , conforme registrou o Conde D’Eu, ao passar por ali ao final de sua Viagem ao Rio Grande do Sul em 1865.

    Os Farrapos não possuíam uniformes conforme abordamos no livro citado e nem usavam bigodes. As casas não possuíam vidraças o que só apareceria mais tarde. Tanto que o Ministro de Fazenda Domingos de José de Almeida , mineiro de Diamantina, levava em suas viagens em sua carretinha ,uma pequena janela com vidraças para instalar nos locais onde montava o seu escritório itinerante

    Alias ele não foi ainda citado bem como os cariocas João Manoel Lima e Silva e José Mariano de Matos, os únicos oficiais com curso na Escola Militar do Largo de São Francisco.

    E aos três se deve a idéia depois da vitória de Seival da proclamação da República Rio Grandense ,em 11 set 1836, em Campo do Menezes pela Brigada Liberal de Antônio Netto e composta de 4 esquadrões mobilizados em Piratini, Canguçu, Cerrito e Bagé .

    João Manoel foi o primeiro general farroupilha e foi assassinado pelos imperiais em São Borja e de lá trasladado para Caçapava do Sul e ali violado seu túmulo e espalhados seus ossos pelos campos pelos imperiais. Era tio do futuro Duque de Caxias e cunhado do Coronel Corte Real.

    José Mariano de Matos foi Ministro da Guerra Farrapo, vice presidente da República e seu presidente interino e autor do brasão farrapo e o adotado desde 1891 pela Constituinte Gaúcha. Ao fim da Revolução foi Ajudante General de Caxias na Guerra contra Oribe e Rosas 1851-52 e terminou como Ministro da Guerra do Império em 1864. Ele figura na galeria de comandantes do 22o GAC de Uruguaiana como o seu primeiro comandante .

    A minisérie exagerou nas tintas revolucionárias ao tratar do maior general do período o sorocabano General Bento Manoel Ribeiro que assim foi defendido por Osvaldo Aranha.

    " Bento Manoel, o grande farroupilha foi até certo ponto a figura mais caluniada da nossa história. Não lhe compreendiam as aparentes variações e transigências . Não lhe perdoavam o monarquismo destoante do espirito da Revolução .Investigações mais profundas permitiram resgatar a verdadeira figura moral do soldado. Bento Manoel é um dos maiores tipos do Rio Grande. Guerrilheiro e soldado a sua fé de ofício não inveja a de ninguém. Lutou pelo Rio Grande sem nunca perder de vista a Integridade do Brasil "

    Concordamos com Osvaldo Aranha e na História da 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada estamos abordando os argumentos com que ele justificou suas atitudes e que nunca foram ouvidos e considerados e abafados por esta quadro popular. Continua página 6

    Continuação de O GUARARAPES n o 36 jan /mar 2003 página 6

    " Pode um altivo humilhar-se

    pode um teimoso ceder,

    pode um pobre enriquecer,

    pode um pagão batizar-se

    pode um avaro emprestar,

    um lassivo confessar-se.

    tudo pode ter perdão!

    Só Bento Manoel não! "

    Lamento a abordagem exagerada da figura de Bento Manoel pela minisérie, o que se reflete em seus descendentes que por ai se encontram , merecendo destaque o General Bento Ribeiro Carneiro Monteiro , hoje nome de um bairro no Rio e que como Chefe do Estado – Maior do Exército criou a célebre Missão Índígena da Escola Militar do Realengo ( 1919-1921 ).

    Lamentamos igualmente a satanização da memória histórica do General David Canabarro que representou a Republica Rio Grandense na Paz da Revolução celebrada em condições honrosas pelo Barão de Caxias e que representou também a paz da Família Brasileira depois de 14 anos de lutas fratricidas que ameaçaram transformar o Brasil numa colcha de retalhos de republicas hostis entre si. Sua figura na minisérie não traduz a verdade histórica e potencializa injustiças contra ele cometidas e rebatidas como improcedentes pela História.

    Não sabemos em que fontes a minisérie buscou apoio, pois não vi ela a isto referir-se

    a nenhuma delas o que me parece ético que o fizesse, como homenagem a todos aquele que com suas pesquisas possibilitaram os argumentos para Jaime Monjardin .

    Em 1971 produzimos o livro A Grande Festa dos lanceiros focalizando a inauguração do Parque Histórico Osório em Tramandai e nele ,em razão de réplica do barco Seival ali colocado, resgatamos o feito épico do transporte dos barcos Seival e Farroupilha, da Lagoa dos Patos ao Atlântico .E junto as histórias de Garibaldi, Anita , e do norte-americano John Criggs, esquecido em seu real valor na minisérie e que atuou como construtor e comandante do barco Seival, em cujo comando encontrou a morte na batalha naval de Laguna.

    Isto nos fez sugerir então, pela presença de Garibaldi, John Grigs e Anita, um consórcio cinematográfico Brasil, EUA e Itália para fazer um filme que hoje a minisérie esta fazendo com grande brilho

    A novela e magnífica . As restrições correm por conta do tratamento injusto de Bento Manoel e David Canabarro na minisérie e em seu excelente trabalho não mencionar os dos historiadores que ajudaram indiretamente a fazer o seu trabalho .

    E o que a Globo realizou é do agrado geral , menos para o descendentes dos generais Bento Manoel e David Canabarro apresentados como um homens sem caracter sem levarem em conta o quanto lhe devem a Unidade, a Soberania e a Integridade do Brasil e mesmo a expansão do Brasil no Sul de 1801 a 1828.

    E por último: A Revolução Farroupilha conforme demonstramos no livro citado foi feita pela guarnição do Exército do Rio Grande a maior da época em apoio aos fazendeiros e charqueadores que integravam a Guarda Nacional que era comandada por Bento Gonçalves.

    As 5 unidades do Exército que guarneciam a Província se revoltaram :1 de Infantaria, 1 de Artilharia e 3 de Cavalaria em funç ão de traições ao Exército dos líderes liberais de 7 de abril de 1831 que inclusive mandaram para casa por ser estrangeiro o já herói em Passo do Rosário, Tenente Emílio Mallet ,atual patrono da Artilharia do Exército .Isto da a medida das insatisfações!

    Bento Manoel e Bento Gonçalves eram oficiais de Estado Maior do Exército e vinham de

    Continua na página 7

    Continuação de O GUARARAPES n o 36 jan /mar 2003 página 7

    comandar a Cavalaria de Rio Pardo e Jaguarão. Só o comandante do 2º RC de Bagé não se revoltou e o Ten Osório, hoje patrono da Cavalaria aderiu a revolução e conduziu seu comandante até a fronteira.

    Sintetizando a minisérie satisfaz a História em sua espinha dorsal .Ressalto na Fantasia o esplendor de suas imagens .E na História ressalto gravuras da época de Porto Alegre e Rio Grande que conseguiram movimentar dando um impressão de realismo ,acredito que por conta do gênio talvez de Hans Donner

    Vamos aguardar o que vem por ai e como será tratado Caxias historicamente na minisérie em seu bicentenário de nascimento .Caxias o Pacificador da Revolução Farroupilha e ao seu final pioneiro abolicionista ,ao assegurar por sua conta e risco, liberdade ao escravos lanceiros negros, os incorporando á Cavalaria do Exército do Rio Grande.

    E levando em conta que Congresso Nacional assim homenageou o Patrono do Exército e da nossa AHIMTB e seu membro como senador pelo Rio Grande do Sul por 30 anos .

    "O Vice-Presidente da República, no exercício do cargo de Presidente, sancionou no dia 28 de janeiro decreto do Congresso Nacional, de autoria do Senador Maguito Vilela (PMDB-GO), que homenageia Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, Patrono do Exército Brasileiro.

    Pelo decreto, o Duque de Caxias terá seu nome inscrito no "Livro dos Heróis da Pátria", que se encontra no Panteão da Liberdade e da Democracia, em comemoração ao bicentenário de seu nascimento..(Artigo do presidente da AHIMTB)

    MILITAR, CASTA E PRIVILÉGIO

    Freqüente é julgar-se o militar, entre nós, ora como casta e ora como desfrutador de privilégios. O nosso Aurélio define casta como ''camada social hereditária e endógama''.

    É evidente que não tem cabimento falar de casta militar. Os postos não passam de pai para filho e casamos normalmente fora da família militar.

    Privilégio, ensina novamente o Aurélio, é: ''vantagem que se concede a alguém com exclusão de outrem e contra o direito comum''.

    Ingressei na Escola Militar do Rio de Janeiro, em 1941, por concurso universal.

    Era vigente a legislação (da era Vargas) que proporcionava aos civis e militares, por serem prestadores de serviço à comunidade, diferente da natureza do emprego de ordem pessoal, duas vantagens: estabilidade e aposentadoria integral pelo Tesouro.

    Escolhi a profissão das armas por vocação militar, onde jamais se fica rico, mas teria as vantagens citadas.

    Almeida Garrett chamava o dinheiro de ''excremento do diabo''. Esse pode ser tentado na vida privada, na gangorra entre a riqueza e a pobreza, regra implacável do mercado.

    O poeta Alfred de Vigny consagrou no livro Servidão e Grandezas Militares a natureza da vida castrense. As grandezas eram as vantagens que a União me concedia, porém sem ''exclusão de outrem ou contra o direito comum'', pois obtidas mediante concurso aberto a todos.

    Em compensação nunca tive vantagens pertinentes a outras profissões, quanto a direitos políticos e civis.

    Continua na página 8

    Continuação de O GUARARAPES n o 36 jan /mar 2003 página 8

    Nesse sentido, militar é meio - cidadão. Não tem sindicato, não pode fazer greve, postular direitos, integrar partidos políticos. Não lhe é devido pagamento de horas extras ao trabalhar 24 horas/dia no adestramento em manobras, ou no serviço em campanha de longa duração, durem o tempo que durarem e sob quaisquer condições meteorológicas.

    Não sabe o que é descanso semanal remunerado nem folga após plantão de 24 horas de oficial de dia.

    Vantagens que não lhe cabem, peculiares ao trabalhador assalariado, justas, decorrentes do neocapitalismo que amenizou o capitalismo selvagem.

    Convive permanentemente com o risco de vida. Perdi colegas mortos por acidente em exercícios de tiro real e na Aeronáutica, precário ou inexistente o apoio terrestre.

    Voei centenas de horas, nos Catalinas da FAB, desprovidos sequer de cinto de segurança, ao inspecionar 11 mil quilômetros da fronteira amazônica. Num acidente, faleceram a tripulação e todos os acompanhantes.

    Servindo em tempo integral e dedicação exclusiva, não podia receber qualquer remuneração estranha ao Exército, mesmo por trabalho intelectual.

    Por necessidade do serviço fui transferido várias vezes, com prejuízo da família, especialmente dos filhos, dada a descontinuidade na educação.

    A carreira castrense exige uma formação continuada, graduação, aperfeiçoamento obrigatório, novo concurso para aspirar ao serviço de Estado-Maior e ao topo da carreira, apenas uma expectativa, pois sem direito assegurado a ser general, porque se trata de escolha pessoal dos presidentes da República.

    O Exército ensinou-me o domínio da vontade, para superar a dor e o desconforto, e o sacrifício pessoal no cumprimento do dever.

    Cedo, como tenente, vivi a angústia do conflito entre o dever e a devoção à família. A convulsão política, em 1945, encontrou-me no Rio de Janeiro, no Grupo de Obuses de São Cristóvão, em rígido regime de prontidão rigorosa. Nada poderia afastar-me do quartel. Morávamos, minha esposa e eu, numa pensão familiar em Ipanema, aluguel compatível com meus parcos vencimentos.

    Infelizmente, ela, certo dia, entrou em processo de aborto espontâneo. Não pude ausentar-me do quartel. Perdeu ela aquele que seria o nosso primeiro filho amparada na solidariedade de outros moradores na pensão e de um médico de ocasião. Eis um perverso ''privilégio'' de mulher de militar... ''Privilégio odiento'', diz-se do militar, viúvo, deixar para as filhas a pensão para a qual contribuiu.

    Pago há 57 anos obrigatoriamente a contribuição. Se, ao revés, houvesse aplicado em um plano de capitalização, do meu saldo poderia fazer o que quisesse, em respeito apenas às normas que regulam herança e seria muito maior do que deixarei às minhas filhas.

    Antes de a FEB retornar da Itália, a União não entrava com qualquer contrapartida, ao contrário dos fundos de pensão, que sempre receberam contribuição do empregador. A legislação de amparo aos ''pracinhas'' civis e as pensões

    Continua na página 9

     

    Continuação de O GUARARAPES n o 36 jan /mar 2003 página 9

    especiais desequilibraram o custeio antes auto-suficiente, obrigando a União a contribuir Passamos a pagar mais para ajudar a cobrir o déficit decorrente da generosidade parlamentar.

    Nisso reside um ''privilégio odiento'' dos militares. Não comparo remuneração de profissões de natureza e obrigação diferentes. Resigno-me ver que um general, após 45 anos de serviço e toda uma longa educação continuada, feita por concursos, percebe vencimentos pouco superiores aos de um juiz de início de carreira, ou de um recém- nomeado delegado federal de polícia, ou bem menos do que recebe um jovem deputado de 21 anos de idade no seu primeiro mandato.

    A verdade é que o Estado quebrou. Confesse-se isso, em vez de expor à cizânia dos trabalhadores assalariados os que, fardados ou à paisana, lhe servem lealmente. Não mais suportou o peso das vantagens que assegurava, conferidas desde Getúlio Vargas.

    Impotente, o Estado criou a contribuição antes inexistente para a aposentadoria, que o militar inativo também paga, com 9,5%, para a pensão e o serviço de saúde, que não lhe presta serviço totalmente gratuito.

    Que é imperativo reformar a Previdência, não há dúvida, mas não se faça do militar o bode expiatório. Ou se considere, de vez, desnecessárias as Forças Armadas." Jarbas Passarinho (Cel Art Ref do Exército , Escritor - Ex-governador - Ex-senador , ex ministro da Educaçãp, do Trabalho e da Justiça e patrono em vida e muito atuante de cadeira na Academia de História Militar Terrestre do Brasil .)

    PREVIDÊNCIA UNIFICADA ?

    Sintetizando as palavras deste grande brasileiro uma comissão de oficias inativos das Forças Armadas penso haver reduzido o seu pensamento da forma a seguir para divulgação e mais fácil entendimento a quem interessar possa.

    Lembrar aos que sonham ser possível unificar a previdência , de que os militares são carreira de Estado e sem direito de:

    Cobrarem por horas extras de trabalho; Escolherem o local onde queiram residir;- Acumularem diversos empregos com diversas remunerações; Fazerem greve; Exigirem condições mínimas de conforto nos trabalhos que lhes possam ser exigidos; Sempre regressarem a seus lares após um dia de trabalho; Terem um horário fixo de trabalho; Não terem que ser submetidos a provas de preparo físico e de competência profissional para que prossigam em suas carreiras; Alegarem impossibilidade de residir em outras cidades pelo fato de seus filhos perderem todos os seus amigos de infância;
    Escolherem o local onde seus filhos passarão sua infância;
    -Não trabalharem, caso não sejam remunerados, no Natal, no Carnaval, na Semana Santa e em todos os demais feriados; Filiarem-se a partidos políticos; Fazerem parte de indicatos;
    Não terem mais a possibilidade de serem reconvocados ao seu antigo emprego depois que se aposentam; Não receberem ordens e não dever obediência a quaisquer outros que tenham ingressado no emprego anteriormente; Estarem isentos da pena de morte em caso de traição aos interesses do País em situações de guerra; Trajarem-se como queiram;
    Correrem riscos ou preservarem suas vidas em situações de perigo; Receberem o FGTS quando se aposentam; e - Não contribuírem mais para a previdência quando já estiverem aposentados etc. Çontinua na página 10

    Continuação de O GUARARAPES n o 36 jan /mar 2003 página 10

    DADOS HISTÓRICOS SOBRE A AUSÊNCIA DE PREVIDÊNCIA MILITAR

    Da Revista da Escola Militar da Praia Vermelha concluímos o seguinte sobre o que havia motivado a criação figura do Engenheiro Militar em 1874 ,cuja finalidade foi deturpada gerando a figura do bacharel militar e do bacharelismo militar 1874-1905 que tirou a prioridade do profissionalismo militar .Fato de tão graves prejuízos para o Exército ,ao ponto de reduzir entre 1874 e a Guerra de Canudos , a operacionalidade do Exército a níveis inferiores aos da Guerra do Paraguai. Operacionalidade que só começou a ser resgatada a partir do Regulamento de Ensino do Exército de 1905 que começou a ser implantado na Escola de Guerra de Porto Alegre de 1905/11 , a qual formou uma geração de chefes , conforme registramos em Escola de Guerra de Porto Alegre In: Escolas de Formação de Oficiais das Forças Armadas do Brasil. Chefes que levaram a efeito a conclusão da Reforma Militar 1898/1945 que elevou os padrões de operacionalidade do Exército,da Guerra de Canudos aos da Força Expedicionária Brasileira (FEB) onde esta força fez notável figura, ao lutar lado a lado ou contra representações dos melhores exércitos do mundo presentes na Europa na 2a Guerra Mundial.

    Segundo se conclui da citada revista, desde 1816 e ate o fim da Guerra do Paraguai os militares de terra viveram combatendo constantemente em lutas internas e externas ,como nas Guerra contra Artigas 1816 e 1820; nas guerras da Independência 1822/24 (Cispaltina, Bahia ,Maranhão, Piaui e Ceará); na Guerra Cisplatina 1825/28;na guerra contra Oribe e Rosas 1851/52; na Guerra conta Aguirre 1864 e Guerra do Paraguai 1865/70 tendo ao meio as lutas internas da Regência 1831/1845 ( Cabanagem no Pará, Balaiada no Maranhão ,Cabanos em Pernambuco e Alagoas; Sabinada na Bahia; revoluções liberais de São Paulo e Minas Gerais em 1842 e a Revolução Farroupilha 1835/45 no Rio Grande do Sul e Santa Catarina . E tudo para consolidar a nossa Independência, a nossa Unidade , a nossa Integridade e a nossa Soberania .

    E isto implicou em os militares serem rejeitados como bons partidos para casamentos por representaram ausência prolongada dos seus lares , viuvez e orfandade potencial, sem a cobertura de previdência militar que só começou a funcionar na Guerra do Paraguai e, a militar privada na Irmandade Santa Cruz dos Militares ,e com previdência só para militares da cidade do Rio de janeiro

    Para tentar reverter este quadro social foi criada a figura do Doutor Militar formada em Engenharia e Ciências Física e Matemáticas para conferir aos oficiais um título de doutor para melhor se apresentarem socialmente .

    A medida visava ,em teoria, a valorizar socialmente o oficial e a melhor desenvolver a capacidade operacional do Exército. Na prática, provocou a decadência operacional do Exército ao dividir os oficiais em duas classes ,os bacharéis ou doutores e os tarimbeiros. Os últimos os profissionais militares como o entendemos hoje e vítimas de preconceitos pelos bacharéis que dominaram o Exército e aos quais competia o desenvolvimento da doutrina militar na Congregação da Escola Militar da Praia Vermelha o que não fizeram além de introduzirem no Exército a agnóstico Positivismo, a Religião da Humanidade.

    Os bacharéis passaram a preferir em Sociedade o título de doutor ao invés do posto e voltarem se para atividades estranhas ao adestramento militar para a defesa nacional E os tarimbeiros, os profissionais uma espécie de baixo clero da oficialidade, enfrentando toda a sorte de dificuldades e preconceitos .

    A criação do Clube Militar trazia em bojo o ideal de ali se criar uma previdência militar privada para seus associados o que foi defendido por Benjamin Constant. Luta que com este ideal foi desaguar na Proclamação da República . Continua na página 11

     

    Continuação de O GUARARAPES n o 36 jan /mar 2003 página 11

    E de lá para cá foram uma série de conquistas, algumas já revogadas como a promoção aos postos superiores ao passar para a Reserva e agora revogação deste beneficio e de outros.

    SALA HISTÓRICA DO CASARÃO DA VÁRZEA

    O Colégio Militar de Porto Alegre inaugurou em 20 de nov. 2002 ,às 10:30 horas a sala Histórica do Casarão da Várzea ( CMPA ) local destinado a preservar e divulgar a História do CMPA e das escolas militares que o precederam e do ensino militar no Rio Grande do Sul. Possui um Conselho Curador integrado pelos seguintes membros da AHIMTB e IHTRGS, coronéis Luiz Ernani Caminha Giorgis e Leonardo Araújo e mais pelo membro do IHTRGS Cel Benfatlo. Os quadros da histórica pinacoteca do CMPA foram restaurados pela Sra Alice Pratle. A Revista Hyloea esta sendo degitalizada. Nesta Sala Histórica a Delegacia da AHIMTB e o IHTRGS possuem seu PC recuado.

    LANÇAMENTO DA HISTÓRIA DA 3ª BDA MEC

    Os jornais de Bagé de 20 ago 2002 reproduziram a cerimônia de lançamento da História da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Bagé por seus autores os coronéis Cláudio Moreira Bento e Luiz Ernani Caminha Giorges e com o patrocínio da FHE-POUPEX, e presente no ato seu vice presidente o General Belham e presidida pelo Gen Bda Sérgio Costa de Castro, comandante da Brigada ,ocasião em que lhe passada as sua mãos documentação organizada ou produzida pelo falecido acadêmico da AHIMTB Gen Bda Hans Gerd Altenburg ex comandante da 3a Bda C Mec .Os interessados em adquirir ao obra podem faze-lo pelo telefone da AHIMTB oo/24/33543355 ramal 5051, dias úteis a tarde ,das 14,00 as 16,00 horas ou pelo e.mail ahimtb@resenet.com.br. O mesmo relativamente as obras História da 8a Bda Inf Mtz e da 6a Bda Inf Bld .

    MONUMENTO EM BRASÍLIA AOS MORTOS DE PASSO DO ROSÁRIO

    Transcorreu em 20 fev 2002 ,os 175 anos da Batalha do Passo do Rosário que evocaremos em livro 2002-175 anos da Batalha do Passo do Rosário que terá na 4 capa a foto do Monumento aos mortos de Passo do Rosário existente na frente do Regimento Dragões de Brasília.

    Monumento este inaugurado em 20 fev 1926,defronte o Regimento dos Dragões no Rio, em São Cristovão sendo comandante o Major de Cavalaria r José Pessoa o idealizador da AMAN e que nela introduziu suas mais gloriosas tradições. A idéia teve apoio do Ministro da Guerra General Setembrino de Carvalho, o pacificador do século XX e que havia introduzido no Exército em 1924 , o culto a Caxias, ao fixar 25 de agosto, como o Dia do Soldado.

    O Monumento foi transferido para Brasília e inaugurado no 163º aniversário do Regimento em 1971 ,sendo comandante o Cel Ernani Jorge Correia.

    O Regimento fora a unidade brasileira que mais baixas sofrera na batalha do Passo do Rosário, ao ter seu flanco exposto quando protegia a Artilharia do Ten Emílio Luiz Mallet . 

    PUBLICAÇÕES RECEBIDAS

    Livros: Do acadêmico Alte Esq Arlindo Vianna Filho , Almirante Marquer de Tamandaré, acadêmico que tem por lema : Um só rumo, a Honra, um só norte a Pátria! Seu curículo consta nas abas. De Luiz Flodoardo Silva Pinto Amazônia retrato de uma região questionada. Apresentação do Cel Bento, presidente da AHIMTB e prefácio do Gen Ex Luiz Gonzaga, Presidente do Clube Militar. Do IHGSC. A Ilha de Santa Catarina Espaço, Tempo e Gente 2 V. Do Cel Gay Cardoso Galvão. O Município de Camaquã e o Projeto Dreyfus ( Trata do estabelecimento a verdade sobre a Coluna Miguel Costa / Prestes ). Do acadêmico Osório Santana Figueiredo: Lendas, Causos e Assombrações, com apresentação nas abas pelo

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    Cel Bento presidente da AHIMTB. Do acadêmico e Delegado da AHIMTB no RS Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis Guia de Estudante de História ( um resumo cronográfico da História do Brasil, a disposição de interessados). Dos acadêmicos Gen Domingos Ventura Pinto Júnior e Flávio Camargo et alli ,A Polícia do Exército Brasileiro ( resgata a História da PE no Brasil ). Do correspondente Major Ângelo Pires Moreira. O civismo e o espírito militar do Cap GN João Simões Lopes Neto ( focaliza a exaltação das tradições militares do Brasil pelo maior escritor tradicionalista do RGS e talvez do Brasil. Comenta-o nas abas o acadêmico Osório Santana Figueiredo Filho. Do Coronel Jorge Armando Severo Machado. Caserna – bons tempos aqueles ( memória de sua vida militar como oficial de Infantaria ). Do professor Martins Filho et alli de São Carlos – SP, Forças Armadas, soberania e Defesa de Amazônia. Dos correspondentes Maj Hélio Ricardo Alves. Porto Alegre foi assim ( desenhos bico de pena do autor ). Correspondente Adilson Cezar História de Sorocaba – síntese, D. Marcus Noronha da Costa. Análise da livraria do 8º Conde dos Arcos Cap Gen da Bahia .De João Simões Lopes Netto. Educação Cívica ( distribuída as escolas de Pelotas em 1906 e enviado por um seu biógrafo o correspondente Maj Ângelo Pires Moreira. De Duarte Paranhos Schutel. A República vista do meu canto da coleção Catariniana de IHGSC. De Luiz Flodoardo Silva Pinto. As missões orientais . E Guararapes uma visita as origens da Pátria. Fundação Joaquim Nabuco 2002

    Revistas: Revista SASDE todos os números. Revista do IHGSC nº 19 e 20 2000 e 2001 (coronelismo da Guarda Nacional p.09.) Boletim do IHG Paraná v.53 (Artigo Compreensão da Unidade Nacional pelo acadêmico Gen Raymundo Negrão Torres) . Revista da PE - 50 anos nº 3 / dez 2000 ( Aborda o 3º BPE em que colabore o acadêmico efetivo da AHIMTB - RS Sgt Sandro Leomar de Oliveira Camargo ). Noticia Bibliográfica e Histórica nº 187 ( sobre Sérgio Buarque de Holanda ). Revista do Clube Militar nº 395 ( sobre a FEB ), Jornal do Exército ( Portugal nº 510, 2002 ( Artigo do Maj - Gen Arnaldo Medeiros Ferreira, sobre Fortificações portuguesas no Brasil em PE e MA (Enviou Antônio E. Sucena. do Carmo ) A Revista do IHGSorocaba nº 2.

    Informativos :Do IHGB nº 771.O nº 107, registra o lançamento em Bagé da História da 3ª Bda Mec. e a sessão de posse na AHIMTB nº BPE. Do IHGSC nº 51-59 e O nº 51 registra colaborações na RE v.138, dos membros da AHIMTB, Coronéis Bento, Soriano, Davis e Nylson Boiteux também membros de IHGSC e o nº 5 o livro do Cel Davis Exército Brasileiro, Ontem, Hoje e Sempre. Boletim da ANFEB ago a dez 2002. Boletim da Academia Paulista de História nº 194 a 101. (O nº 98 é alusivo aos 70 anos da Revolução de 32 e um Plano de Defesa do Brasil em 10 set 1822 de Estevão Leitão de Resende). O nº 101 exalta o membro da AHIMTB Odilon Nogueira de Mattos. Boletim do UHGG Sorocaba nº 97,98 e 99. O nº 98 da noticia das atividades culturais . Lança Partida nº 31. ADESG - Juiz de Fora nº 1. Informativo do AMIR Resende nº 76 e 77. Jornal Grupo Inconfidência nº 451-52. Jornal Clarinadas da Tabantinguera nº 140/144 ( da AORP/PMSP ) com excelente artigos dos nossos acadêmicos Coronéis Edilberto e Hermes B. Cruz. Jornal do IEV, 141 a 143. Informativo Paraíba 117/120. Jornal o Farol nº 1 94/96. O nº 95 trás artigo do nosso correspondente Antônio E. Sucena do Carmo sobre Alcântara e 96 artigo do Cel Bento O Parque Nacional das montanhas de Tumucumaque e a Soberania do Brasil. Jornal SOAMAR- Sorocaba nº8. Informativo Cultural Naval, nº4.

    DIVERSOS

    A AHIMTB comemorará seu 7 aniversário na sua Delegacia Marechal João Baptista de Mattos no Instituto Militar de Engenharia, com a posse como acadêmico do Gen Div Rubens Silveira Brochado na cadeira Marechal José Bernardino Bormann ,vaga, por elevação a acadêmico emérito do Gen Div José Carlos Albano do Amarante. Na oportunidade o novo acadêmico fará uma palestra sobre a História do Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro .


    "Para alimentar o cérebro de um Exército na paz, para prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais fecundo em meditações e lições do que o da História Militar."