INFORMATIVO GUARARAPES

 


9 ANOS

 

O GUARARAPES

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DA

ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

CGC 01.149.526/0001-09


203º ANIVERSÁRIO NASCIMENTO DO DUQUE DE CAXIAS

169º ANIVERSÁRIO DA REPÚBLICA RIO GRANDENSE

Fundada em 1o de março de 1996

ANO: 2005                 MÊS:   JUL/SET                      No 46

 


- AGRACIADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO HISTÓRICO MILITAR TERRESTRE EM 2005

- A REVOLUÇÃO FARROUPILHA - UMA RELEITURA SOB A PARTICIPAÇÃO DO EXÉRCITO

- ESPADA CAXIAS, UM LIVRO DE INTERESSE PROFISSIONAL MILITAR

DIVERSOS


 

AGRACIADOS COM A MEDALHA DO MERITO HISTÓRICO MILITAR TERRESTE EM 2005

Foram agraciados em 2004

As seguintes personalidades citadas em ordem alfabética .No grau de Comendador: Cel Arivaldo Silveira Fontes, generais Carlos de Meira Matos, Claudimar Magalhães Junior, Clovis Jacy Burman, Domingos Ventura Pinto Junior, Francisco Roberto Albuquerque ,Cel Germano Seidl Vidal, General Gleuber Vieira, Almirante Hélio Leôncio Martins, Cel Jarbas Gonçalves Passarinho, Cel Jardro Alcântara Avellar, generais Jonas de Morais Correa Neto e Tácito Theophilo Gaspar de Oliveira. No grau de Oficial: Cel Amerino Raposo Filho, General Arnaldo Serafim ,Capitão – de- Fragata Carlos Norberto Stumpf Bento, Cel PMSP Edilberto de Oliveira Mello, Professor Flávio Camargo, Vet FEB José Conrado de Souza, Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis, Gen Div Paulo Cesar de Castro, General Raimundo Maximiano Negrão Torres, Cel Walter Albano Fressatti. No grau de Cavaleiro: Professor Adilson Cesar, Cel Alceu Vilela Paiva, Ten Cel Antônio Gonçalves Meira, Sgt Aj ( Portugal) Antônio Euletério Sucena do Carmo, Sub Ten Alvino Melquides Brugalli, Eng Christovão Avila Pires Junior, José Eber Bentim da Silva, Cel José Spagemberg Chaves,, Cel Luiz Carlos Carneiro de Paula, Marcelo Peixoto da Silva, Sub Tem Osório Santa Figueiredo, Cel Paulo Ayrton de Araujo e Cel Ruy Duarte.

A cada agraciado foi distribuída uma plaqueta contendo os critérios e justificativas da concessão. Os atos de entrega de medalhas feitos com ampla cobertura fotográfica, consta de volume único, tipo um álbum encadernado no Arquivo da AHIMTB.

Foram agraciados em 2004

M NOME DA ACADEMIA DE HISTÒRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL(AHIMTB),DEPOIS DE OUVIDA A COMISSÂO DE MEDALHAS DA MESMA, E NA QUALIDADE DE GRÃO MESTRE DA MEDALHA DO MERITO HISTÓRICO MILITAR TERRESTRE DA AHIMTB E NA OPORTUNIDADE DO 2002 º ANIVERSARIO DE NASCIMENTO DO DUQUE DE CAXIAS, PATRONO DA AHIMTB, AGRACIO COM A CITADA MEDALHA E NOS GRAUS DE COMENDADOR , OFICIAL E CAVALEIRO, AS SEGUINTES PERSONALIDADES, LEVABDO EM CONSIDERAÇÂO OS CRITÈRIOS DE: ESTIMULO, SOLIDARIEDADE, APOIO HISTÒRICO E DE CUSTEIO FINANCEIRO AS ATIVIDADES DA AHIMTB,TRABALHOS EXECUTADOS EM PRÓL DA SUA CAUSA E ANOS E PROJEÇÂO DE SERVIÇOS PRESTADOS PELOS AGRACIADOS A CAUSA DA PESQUISA, PRESERVAÇÃO, ELABORACÃO, CULTO E DIVULGAÇÂO DA HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL Cel Cláudio Moreira Bento Presidente

COMENDADOR

Cel Professor ANTONIO ESTEVES. Pelo apoio que deu a Academia de História Militar Terrestre do Brasil a acolhendo em seus primeiros passos na Associação Educacional Dom Bosco que fundou e preside, cedendo seu Auditório para cerimônias de posses de acadêmicos e onde foi diplomado e empossado como seu 4º Presidente de Honra. A ele se deve a doação dos primeiros diplomas que são concedidos aos sócios de diversas categorias.

Patrocinou a publicação pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil da plaqueta titulada Resende 200 anos. Cedeu espaço nobre para a citada Academia ali lançar a publicação de seu presidente 60 anos de AMAN em Resende, ao lado de outras publicações da Academia, com a presença do Comando da AMAN e representação de cadetes.

Em 1978 já havia cedido as instalações da AEDB para a criação da Delegacia da Academia Brasileira de História Barão Homem de Mello, personalidade que havia sido professor do Colégio Militar do Rio de Janeiro onde pronunciou o discurso inaugural da Casa de Tomaz Coelho, tendo antes presidido o Rio Grande do Sul e sido depois Ministro da Guerra para, finalmente, findar seus dias em Itatiaia atual em 1918.

Gen Div ARNALDO SERAFIM. Pelo estímulo, solidariedade e apoio histórico e administrativo a causa da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, como acadêmico emérito que inaugurou a cadeira General Francisco de Paula Cidade, e como seu dinâmico e combativo 2º Vice Presidente e Delegado da Delegacia Marechal José Pessoa no Distrito Federal.

De longa data se dedica as atividades relacionadas com História e Tradições do Exército, como no comando da 4ª Bda C Mec em Mato Grosso do Sul, o estímulo ao culto dos heróis de Dourados e, na Diretoria de Assuntos Culturais, como Presidente da Comissão do Exército para as comemorações dos centenários da República e da Bandeira Nacional, atividade e realizações documentadas na publicação Cadernos das Comemorações de Centenário da República e da Bandeira aditados em parceria pela BIBLIEX/SENAI, e da qual elaborou o significativo e histórico prefácio. O Bicentenário do Duque de Caxias no âmbito de sua Delegacia em Brasília, foi marcante, cabendo-lhe o expressivo e histórico prefácio da obra Caxias e a Unidade Nacional editada sob a égide da AHIMTB. Ao seu dinamismo , projeto e coordenação, Brasília lhe esta a dever e a Delegacia Marechal José Pessoa da AHIMTB, a concretização, em 2005, do Monumento aos heróis da Força Expedicionária Brasileira com o patrocínio da FHE – POUPEX.

Professor FLAVIO CAMARGO. Pelo estímulo, solidariedade e apoio histórico e com trabalho intenso e valioso, a causa da Academia de História Militar Terrestre do Brasil que o consagrou como o seu acadêmico que inaugurou a cadeira General Emílio Fernandes de Souza Docca. Ao acadêmico Professor Flávio Camargo a AHIMTB está a dever a diagramação e edição das obras publicadas sob sua égide: Caxias e a Unidade Nacional, As Batalhas dos Guararapes – análise e descrição militar; Amazônia Brasileira - Conquista, Consolidação, Manutenção (História Militar Terrestre da Amazônia) das quais é o autor das abas ou orelhas e, Os 175 anos da Batalha do Passo do Rosário, que prefaciou e desenhou a capa. São de sua lavra os desenhos das medalhas do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil. Em 2005 mais uma vez contribui como editor dos livros lançados pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil em parceria como o Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul, Hipólito da Costa o gaúcho fundador da Imprensa Brasileira, patrocinado pela FHE-POPEX e a reedição de Conde de Porto Alegre, patrocinado pela 3ª Região Militar .

Cel LUIZ ERNANI CAMINHA GIORGIS. Pelo apoio, estímulo, apoio histórico e com trabalho valioso e devoção notável, a causa da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, na qual ocupa a cadeira General Antônio Rocha Almeida e as funções de 3° vice presidente e de seu Delegado da Delegacia General Rinaldo Pereira da Câmara no Rio Grande do Sul. A ele se deve a valiosa colaboração, como coordenador e revisor das obras sobre o Exército na Região Sul, publicadas sobre a égide da AHIMTB e parcerias como co-autor das obras 3ª Bda C Mec - Brigada Patrício Corrêa da Câmara; 8ª Bda Inf Mtz - Brigada Manoel Marques de Souza 1°; 6ª Bda Inf Bld – Brigada Cel Niederauer e mais prefácio de As Batalhas dos Guararapes - análise e descrição militar e as abas ou orelhas de Os 175 anos da Batalha do Passo do Rosário e em 2005 participações nas obras Hipólito da Costa o gaúcho fundador da Imprensa Brasileira , Conde de Porto Alegre e As Escolas do Exército em rio Pardo1859 –1911, no prelo. A presença do Cel Caminha na conjuntura de martírio a que é submetida a historiografia Militar Terrestre do Brasil, pelas estratégias adversas alternadas de silêncio e deformação, geradoras de indiferença em áreas que a deveriam amparar e a cultuar, têm sido uma esperança de melhores dias para a historiografia militar terrestre brasileira que a AHIMTB tem desenvolvido com tenacidade ultrapassando obstáculos que se apresentam em seu caminho e, na atualidade insuficiência de recursos financeiros .para manter o ritmo que sustenta há quase 10 anos o que a ameaça até de extinção, se não for socorrida pelo poder publico em beneficio do qual ela vem trabalhando intensamente, situação que faz lembrar Napoleão ao dizer que o sucesso de um projeto militar depende de 4 fatores . 1º uma boa idéia. 2º dinheiro. 3º dinheiro. 4 º dinheiro.

Gen Bda MARCO ANTÔNIO FARIAS. De longa data o General Farias vem prestigiando e estimulando a Academia de História Militar Terrestre do Brasil, dando consistência ao objetivo atual do Exército, definido pelo Ministro do Exército Gen. Ex Zenildo de Lucena, apoiado pelo seu sucessor e acadêmico Gen Ex Gleuber Vieira e revigorado pelo Comandante do Exército Sr Gen Ex Francisco Roberto de Albuquerque, 1º Presidente de Honra da AHIMTB, ao receber em 2004, em cerimônia em seu Gabinete, a Medalha do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil no grau de Comendador. Objetivo atual assim definido.

Preservar, pesquisar, cultuar e divulgar a História, as Tradições e os Valores morais, culturais e históricos do Exército.

Na chefia do Estado- Maior da 6ª DE, enviou para oficiais egressos da ECEME que estagiariam naquela GU, exemplares da obra produzida pela AHIMTB, intitulada: 6ª Divisão do Exército – Divisão Voluntários da Pátria, elaborada dentro do Programa A História do Exército na Região Sul, já com 9 volumes editados.

Ao assumir o comando da AMAN, tratou de conhecer as necessidades da sede da AHIMTB que foi abrigada pela AMAN no comando do Gen Bda José Mauro Moreira Cupertino, do qual o Gen Farias era o seu coronel E/3. 

Ampliou as instalações da AHIMTB com mais uma sala para melhor acomodar o seu acervo acumulado em 9 anos de intenso e profícuo labor.

Determinou a reforma das instalações da AHIMTB com pintura e outros melhoramentos gerais que a deixaram condigna para abrigar o seu preciosos e valiosos acervos sobre a História do Exército, a da Academia Militar das Agulhas Negras que comanda, além da de Resende e outras localidades onde a AMAN realiza exercícios.

Ao tomar posse como 3º Presidente de Honra da AHIMTB o General Farias ressaltou o valor, para o Exército e para a AMAN, da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, palavras que registrou em seu Livro de Visitas. Por tudo isto é com muita honra que a Academia de História Militar Terrestre o Brasil agracia o General Farias com a Medalha do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil, no grau de Comendador e na esperança de que venha se beneficiar ainda mais da sensibilidade deste ilustre chefe como seu 3º Presidente de Honra o qual parece firmar a sua liderança em duas virtudes Firmeza e Doçura que caracterizaram a do legendário General Osório.

.Sr. PEDRO XAVIER ANTONIO ZALUSKI. Destacado empresário e filântropo sul riograndese, com excepcionais serviços comunitários prestados no Rio Grande do Sul pelos quais, em reconhecimento, foi agraciado entre suas múltiplas condecorações, com o Grau de Comendador da Ordem do Mérito Militar, Oficial da Ordem do Mérito Aeronáutico e Cavalheiro da Ordem do Mérito Naval, além das medalhas do Pacificador, Tamandaré, Santos Dumont e das mais altas condecorações do Estado do Rio Grande do Sul, como a Medalha Negrinho do Pastoreio, Simões Lopes Neto, Cruz de Ferro e a Medalha do Mérito Farroupilha da Assembléia Legislativa Gaúcha e a do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul. Possui inúmeros diplomas de amigo e colaborador de instituições como o Exército, Marinha, Aeronáutica e Brigada Militar, onde se projeta nesta última com mais intensidade a sua solidariedade a esta histórica e tradicional instituição. A Academia de História Militar Terrestre do Brasil tem se beneficiado e ainda espera muito se beneficiar , sobremodo, de sua atuação em apoio as suas atividades e eventos.

Gen Ex RENATO CÉSAR TIBAU DA COSTA. Pelo interesse e estímulo revelados em seus comandos de oficial- general, pelo culto e divulgação da História

história, Tradições e Valores do Exército e haver transformado o Projeto História do Exército no Rio Grande do Sul, já com nove volumes publicados, em Projeto História do Exército na Região Sul, incluindo o Paraná e Santa Catarina. Neste particular, incluindo a História da 5ª RM/DE, quando no exercício da função de comandante daquele Grande Comando.

Destaque-se que o Gen TIBAU, como Delegado de Honra da Delegacia General Rinaldo Pereira da Câmara, sempre participou e prestigiou as atividades da Delegacia. Merece especial destaque a atenção e apoio dispensados ao Museu do Comando Militar do Sul que hoje se apresenta bastante renovado e muito procurado.

A Academia de História Militar Terrestre do Brasil espera que, na Chefia do Estado- Maior do Exército Vossa Excelência dinamize o objetivo atual nº 1 do Exército, ora expressamente reforçado pelo Comandante do Exército, o Excelentíssimo Sr. General de Exército Francisco Roberto de Albuquerque, 1º Presidente de Honra da AHIMTB, qual seja, o de "Preservar, Pesquisar, Cultuar e divulgar a História, as Tradições e os valores morais, culturais e históricos do exército". Correspondendo a um desejo do General Tibau a Academia de História Militar Terrestre do Brasil elaborou pesquisa profunda das Escolas do Exército em Rio Pardo. Assunto que se encontrava esquecido sob espessa camada de patina dos temos e que eqüivaleu a um resgate histórico ressurreição.

OFICIAIS

Cel PMMG AFFONSO HELIODORO DOS SANTOS. Acadêmico especial ocupante da cadeira Cel PMMG Med. Juscelino de Oliveira Kubischek e dinâmico e atuante presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHGDF) onde tem acolhido em seus quadros, historiadores do Exército residentes em Brasília, merecendo destaque a ativa e decidida pareceria de seu IHGDF, em 2003, com a Delegacia Marechal José Pessoa da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)no DF, para as comemorações do Bicentenário do Duque de Caxias, ocasião em que foi reconhecida historicamente a esquecida e relevante participação do Marechal José Pessoa, para tornar uma realidade a nova capital, com apoio em seus estudos e providências preparatórias, como presidente da Comissão de Localização e Planejamento da Nova Capital do Brasil, cujo seu relatório final apresentou em 1958 , no qual se destaca a sua atuação junto ao Governo de Goiáz para que a área onde hoje se assenta a Capital Federal fosse desapropriada. Em 2004, mais uma vez associados, o seu Instituto e a delegacia Marechal José Pessoa foi comemorado condignamente os 201 anos do Duque de Caxias , patrono do Exército e da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, em sessão pelo Cel Affonso presidida e aberta com notável oração sua de exaltação ao Duque de Caxias , seguida de condecorações com a Medalha do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil do Gen Ex Clovis Jacy Burmann, presidente da FHE-POUPEX e dos sócios do IHGDF Gen Div Arnaldo Serafim, Cel Jarbas Gonçalves Passarinho e Cel Manoel Soriano Neto.

Cel ALCEU VILELA PAIVA. Pelo estímulo, solidariedade e apoio histórico, administrativo e financeiro a causa da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, como presidente de seu Conselho Fiscal e como acadêmico ocupante de cadeira Professor General Liberato Bittencourt, inaugurada pelo falecido acadêmico Cel Geraldo Levasseur França, o desenhista do Brasão da AHIMTB. No acadêmico Cel Alceu a AHIMTB encontrou sempre pronto apoio seu como engenheiro para melhor preparar a instalação de sua sede administrativa. Como Presidente do Conselho Fiscal tem prestado preciosa orientação a Diretoria Executiva. É de sua lavra a publicação da AHIMTB focalizando o Dr. Tácito Vianna Rodrigues, o maior resendense do século XX, que acompanhou a excursão do Cel José Pessoa ao Itatiaia, em 7 de setembro de 1931, para de lá extrair uma pedra para servir de Pedra Fundamental da AMAN.

ALDA BERNARDES FARIA E SILVA. Desde a fundação da Academia de História Militar Terrestre do Brasil tem prestado preciosos serviços, como presidente de sua Comissão de Relações Públicas.

Em 1995 presidiu cerimônia integrada por diversas entidades culturais que reverenciaram o Marechal Floriano Peixoto, no centenário de sua morte, e no local onde ele faleceu, em Floriano, em Barra Mansa. No ano seguinte teve papel destacado na realização do Simpósio do IEV sobre o tema História Militar do Vale do Paraíba, o primeiro levantamento no gênero realizado no Brasil.

Ela lidera com dedicação e dinamismo, como historiadora de Itatiaia a Academia Itatiaiense de História, onde acolhe sem preconceitos e com igualdade e fraternidade todos os seus integrantes, como prescreve os Estatutos da Entidade, sem nunca procurar alterá-lo a revelia do Conselho Acadêmico.

Cel ANTONIO CARLOS ESTEVES. Pelo apoio administrativo dado a Academia de História Militar Terrestre do Brasil no âmbito da Associação Educacional D.Bosco (AEDB), para que ela lá realizasse diversas cerimônias de posses de acadêmicos, quando iniciava seus primeiros passos. Realizou notável trabalho em nome da AEDB como coordenador geral do Simpósio do Instituto de Estudos Valeparaibanos (IEV) em 1996 sobre o tema História Militar do Vale do Paraíba, levado a efeito nas instalações da Academia Militar das Agulhas Negras( AMAN) ,na citada AEDB e no Centro de Recuperação de Itatiaia (CRI) o que tornou possível a juntada de subsídios históricos sobre todas as OM do Exército nos vales paulista, fluminense e mineiro do Vale do Paraíba.

Atualmente renovou o estoque de diplomas que a AHIMTB confere a seus associados.

Cel Méd FLAVIO ARRUDA ALVES. Como Diretor do Centro de Recuperação de Itatiaia (CRI) amparou os primeiros passos administrativos da Academia de História Militar Terrestre do Brasil que ali nasceu em 1996, no Simpósio do Instituto de Estudos Valeparaibanos(IEV) de 1996 focalizando o tema História Militar do Vale do Paraíba. Foi notável o apoio logístico e administrativo que prestou para o sucesso daquele evento, cujos resultados foram preservados em documentação específica. Nesta ocasião coube-lhe resgatar a História do CRI e do seu antecessor, o Hospital de Convalescentes de Itatiaia. Por meio desta medalha a Academia de História Militar Terrestre do Brasil agradece ao seu distinto grande colaborador, os valiosos serviços que lhe prestou para ela dar os seus seguros primeiros passos.

Gen Div MARCO ANTONIO LONGO. Pelo prestígio e estímulo aos trabalhos da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB), desde que comandante do 1º Grupamento de Engenharia de Construção (1º GEC, em João Pessoa-PB), onde convidou à presidência da AHIMTB, para lá proferir palestra para a comunidade local e sua oficialidade. Palestra que já havia sido pronunciada para a Guarnição Militar do Recife, na SUDENE, sobre as Batalhas dos Guararapes e proporcionando também a mencionada Presidência da AHIMTB, entrevista sobre o assunto em TV local, além de apresentá-la ao Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba e a Academia Paraibana de Letras que o elegeram sócio correspondente.

Mais tarde, como Chefe da Diretoria de Obras de Cooperação (DOC) pelo prestígio e pelo aproveitamento de algumas de conclusões inéditas da Presidência da AHIMTB sobre o apoio, tipo de Engenharia, por patriotas, nas Guerras Holandesas, e tiradas de oração da Presidência da AHIMTB, proferida como orador oficial convidado, na inauguração do Memorial ao Ten Cel Vilagran Cabrita, no Batalhão Escola de Engenharia, em Santa Cruz. Merece menção haver recorrido o General Longo e se socorrido na arte pictórica notável do Cel Pedro Paulo Cantalice Estigarríbia, acadêmico da AHIMTB, para imortalizar em suas pinturas notáveis e sem precedentes em nosso Exército e relacionadas com a Arma de Engenharia. Isto sem deixar de mencionar mais um convite seu a presidência da AHIMTB, agora a sua DOC, , para falar para seus oficiais de aspectos históricos da Arma de Engenharia, quando confiou a AHIMTB disquete que reproduz livro de Registro Histórico das atividades da Diretoria de Engenharia para posterior aproveitamento. Como comandante da 3ª Região Militar, o patrocínio, consistente da reedição da obra sobre , ex comandante da 3 a Região Militar e lá lançada e sugerida pela AHIMTB e Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul, e sob a égide de ambos .Obra titulada Conde de Porto Alegre, herói militar, e na oportunidade do seu bicentenário em 2004. E mais pelo apoio que a AHIMTB tem recebido atualmente da 3ª Região Militar, na medida do possível, no desenvolvimento da História do Exército na Região Sul, em apoio ao Objetivo Atual nº 1 do Exército, ora revigorado pelo Comandante do Exército e 1º Presidente de Honra da AHIMTB, o Exmo Sr Gen Ex Roberto Francisco Albuquerque e assim definido.

"Preservar, pesquisar, cultuar e divulgar, a História, as Tradições e os Valores morais, culturais e históricos do Exército."

Objetivo para cuja conquista a AHIMTB e o IHTRGS acabam de contribuir por solicitação da 3ª Região Militar, com uma palestra de seu vice presidente Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis e artigos desta presidência e por ela amplamente divulgados, com vistas as comemorações dos 250 anos do primeiro comandante da 3ª Região Militar e sua denominação histórica D. Diogo de Sousa. E por último haver recorrido mais uma vez a AHIMTB para quer seu vice Presidente Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis falasse para seus comandados sobre o Conde de Porto Alegre 

MÄRIO GARDELIN. Pela sua atuação cultural marcante, como assessor para assuntos de Povoamento, Imigração e Colonização da Universidade de Caxias do Sul, onde tem divulgado e apoiado trabalhos de interesse da História Militar do Brasil, cabendo ressaltar a divulgação recente em fascículos, com judiciosos subsídios complementares de sua lavra ou escolha , para distribuição na rede escolar e a interessados, das obras Caxias e a Unidade Nacional e O Negro e descendentes na Sociedade do Rio grande 1635/1975.

Merece destaque o seu estímulo ao culto e divulgação da vida e obra do Duque de Caxias patrono de sua cidade Caxias do Sul, como o é também do Exército e da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, da qual é acadêmico ocupante da cadeira especial Cel Arthur Ferreira Filho, renomado historiador militar sul riograndense..

Cel PEDRO PAULO CANTALICE ESTIGARRIBIA. Pelos notáveis e sem precedentes esforços que vem fazendo no sentido de divulgar, com suas magníficas pinturas de motivação histórico- castrense, as casernas e fatos históricos do Exército, contribuindo indelevelmente para a conquista do objetivo atual nº 1 do Exército: Preservar, pesquisar, cultuar e divulgar, a História, as Tradições e os Valores morais, culturais e históricos das Forças Terrestres do Brasil.

O Coronel Estigarríbia é acadêmico ocupante da cadeira especial que tem por patrono o pintor Alcebíades Miranda Junior ,o decorador incomparável, por longos anos, de revistas e livros, produzidos sobre a Marinha, Exército e Aeronáutica. Trabalhos do Cel Estigarríbia ilustram a capa da obra, da AHIMTB e IHTRGS ,no prelo, Escolas do Exército em Rio Pardo 1849/1913 que focalizam dois prédios onde funcionaram em Rio Pardo escolas do Exército

CAVALEIRO

Major PMRS ANDRÉ LUIS WOLOSZYN. Vem atuando intensivamente em benefício da missão da Academia de História da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB) a ajudando na busca de recursos para o seu custeio e na sua aproximação cultural através de diversas iniciativas com o Comando da Brigada Militar, no sentido de integrar esta tradicional e briosa Força Auxiliar no esforço da AHIMTB de pesquisar, preservar, divulgar e cultuar a História, as Tradições e os Valores morais culturais e históricos das Forças Terrestres do Brasil .Oficial de elevado gabarito cultural profissional, tem se integrado com companheiros do Exército no exercício de funções na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e, em Curso, em 2004, da Escola Superior de Guerra, na área de Inteligência Estratégica.

Capitão- de – Corveta ALFREDO CANELLAS GUILHERME DA SILVA. Pelo intenso apoio de 2001 a 2005 à divulgação pelo valioso site www.militar.com.br que administra com muita devoção, cerca de 115 matérias de assuntos de interesse da História Militar Terrestre do Brasil e em especial a do nosso Exército e enviados pela AHIMTB em sua muito acessada página Revista Eletrônica da Academia de História Militar Terrestre do Brasil. Esforço que muito contribui, ao lado do site da AHIMTB www.resenet.com.br/users/ahimetb para uma divulgação universal dos trabalhos da AHIMTB ,inclusive de seu informativo O Guararapes .

ANACLETO RIBEIRO. Nascido em Portugal e ligado e orgulhoso dos feitos militares de seu país de origem ,se encantou com o trabalho desenvolvido pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil a qual vem prestando, de forma voluntária e gratuita, desde a sua fundação, preciosa colaboração consistente na gravação de dados personalizados no verso das insígnias que a AHIMTB distingue seus integrantes. Trabalhos estes que em conjunto representaram expressiva economia de recursos da AHIMTB. Por tudo ele também integra a galeria restrita dos 5 grandes colaboradores da citada AHIMTB.

Dr. EDUARDO CUNHA MÜLLER. Acadêmico desde junho de 2004, o Dr. Eduardo Müller vem colaborando de forma preponderante nos trabalhos afetos à Academia. Suas contribuições são tanto na área da história propriamente dita, como na área financeira, além de ser um grande incentivador das nossas atividades.

Publicou um livro sobre seu tio-avô, o Marechal Salvador César Obino e já possui dois outros trabalhos em andamento. Participa também com valiosos subsídios da obra Escolas do Exército em Rio Pardo, que está em desenvolvimento pela AHIMTB e IHTRGS,

O Dr. Müller, embora extremamente ocupado, mercê das atividades advocatícias que exerce, encontra tempo para se dedicar à pesquisa histórica. Neste particular, destacamos o seu grande conhecimento da história do Rio Grande do Sul e de suas fontes .

Jornalista CARMEN LÚCIA FERREIRA DA SILVA. Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil desde dezembro de 2003, a dona Carmen, na condição de descendente do Conde de Porto Alegre, ultrapassou suas atribuições no desenvolvimento do trabalho Conde de Porto Alegre já lançado pela AHIMTB e IHTRGS , com o patrocínio da 3 a Região Militar que o seu ancestral herói comandou , contribuindo de forma efetiva para diversas outras atividades.

Jornalista aposentada dedica-se à pesquisa histórica. Recentemente ingressou na área de museologia, procurando aumentar seus conhecimentos. Participa atualmente, de diversos projetos ligados ao seu ilustre antepassado. Na pessoa da dona Carmen, aproveitamos a oportunidade para cumprimentar seus pais e seus filhos, aqui presentes, descendentes do Conde de Porto Alegre o notável auxiliar do atual Duque de Caxias na pacificação honrosa do Rio Grande do Sul em 1845.

Cap PMSP HÉLIO TENÓRIO DOS SANTOS. Tem sido notável a sua contribuição aos estudos aos quais a Academia de História Militar Terrestre se dedica. Como integrante das Forças de Paz, no Timor Leste representando a Polícia Militar de São Paulo, manteve a AHIMTB bem informada através de circunstanciados mensagens eletrônica s da atuação de militares brasileiros naquele novel país. É autor do precioso livro A Ordem Unida na Evolução da Doutrina Militar e dinâmico secretário da Delegacia da AHIMTB Cel PM Pedro Dias Campos instalado na Associação e Oficiais e Oficiais da Reserva da Polícia Militar de São Paulo. É acadêmico ocupante da cadeira General Miguel Costa, um ícone da Polícia Militar de São Paulo, o comandante da Grande Marcha que a História consagrou como Coluna Miguel Costa/Prestes, e não como Coluna Prestes , como manipulação histórica ideológica consagrou por longo tempo , com discordância pública de Luis Carlos Prestes frente a Miguel Costa, em programa de Televisão em São Paulo .

Professora VERÔNICA MARIA DE ABREU. Desde antes da criação da Academia de História Militar Terrestre do Brasil que a professora Verônica vem prestando competentes e zelosos serviços de datilografia, digitação e revisão inicial da coleção de livros relativos ao desenvolvimento da História do Exército na Região Sul e mais os livros Caxias e a Unidade Nacional, As Batalhas dos Guararapes análise e descrição militar, Os 175 anos da Batalha de Passo do Rosário e os História Militar de Resende, 60 anos da AMAN em Resende e variados artigos de interesse da História do Exército. É pois por um dever de gratidão e de justiça que a AHIMTB lhe outorga a presente condecoração.

CADETE REDUCINO TEGON JUNIOR .n º 1238 do 4 o ano do Curso de Intendência. A Academia de História Militar Terrestre do Brasil o agracia com a sua Medalha do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil, no grau de Cavaleiro por haver demonstrado acentuado interesse e dedicação à História Militar ministrada nesta Academia Militar das Agulhas Negras , adquirindo a maior média 9,5 na Cadeira de História Militar no 3º ano de 2004 e classificando-se em 1º Lugar nesta matéria pelo critério de antigüidade 

CADETE ARACATY ANDRADE SARAIVA .nº 744 do Curso de Engenharia. A Academia de História Militar Terrestre do Brasil o agracia com a sua Medalha do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil, no grau de Cavaleiro, por haver demonstrado acentuado interesse e dedicação à História Militar ministrada nesta Academia Militar das Agulhas Negras , adquirindo igual 9,5 que a do cadete Reducino na Cadeira de História Militar, no 3º ano de 2004 e classificando-se em 2 º lugar nesta matéria pelo critério de antiguidade


A REVOLUÇÃO FARROUPILHA UMA RELEITURA DE SUAS CAUSAS

Há anos adquirimos e lemos encantados a trilogia O Tempo e o Vento de Érico Veríssimo, quando já possuíamos algum conhecimento sobre as guerras externas e internas que envolveram no Rio Grande do Sul, assunto que nos especializamos como historiador militar terrestre brasileiro. Eventos muito bem abordados no 1º volume O Continente da trilogia

Em 1972, quando fomos a Porto Alegre para receber prêmio na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul pelo nosso trabalho: Hipólito da Costa – o gaúcho fundador da Imprensa Brasileira, ora publicado e 32 anos depois, tivemos a oportunidade de visitar Érico Veríssimo em companhia de uma jornalista carioca, filha de um destacado jornalista falecido e que representara a ABI no julgamento do concurso em que fomos um dos premiados.

E na casa do escritor, com visita previamente agendada pela mencionada jornalista, fomos muito bem recebidos por Érico e sua senhora . E lembro de lhe haver perguntado sobre a minha surpresa por seu enorme conhecimento histórico militar do Rio Grande do Sul que ele tão bem abordara como moldura de seu romance, e em especial o citado 1º volume .

E ele respondeu que havia estudado muito a História do Rio Grande do Sul, mas como romancista se tivesse que dela se desprender o faria.

Em O Continente, v. 1 da sua trilogia, Érico Veríssimo aborda a Revolução Farroupilha e a sua pacificação honrosa, vista da hipotética Santa Fé. E é neste capítulo que o seu famoso personagem farrapo Capitão Rodrigo retorna a Santa Fé para atacar no Sobrado, os imperiais Cel Ricardo Amaral e seu filho ,no qual numa briga ele havia marcado o seu rosto com um R feito a faca..

No ataque ao Sobrado, o Capitão Rodrigo foi morto a bala ao pular uma janela no assalto e no seu interior . Foi também morto o Cel Ricardo Amaral e seu filho conseguiu fugir. O enterro do capitão Rodrigo foi concorrido e o do Coronel Ricardo Amaral não.

Isto me fez lembrar o cemitério de Bagé onde estão próximos os túmulos do General Antônio Neto e o do chefe imperial que ele venceu em Seival, em 10 de setembro de 1836, o então tenente coronel João da Silva Tavares que era naquela área o maior esteio do Império. Combate do Seival que estudamos , à luz dos fundamentos da Arte Militar, em O Exército farrapo e os seus chefes. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1991.v.2. Combate no qual tem sido pouco divulgado que e tropa vencedora era a Divisão Liberal, originária por transformação do Corpo da Guarda Nacional do amplo município de Piratini , do qual faziam parte mais os distritos de Canguçu, Cerrito e Bagé até o Pirai, dos quais se originaram alguns municípios. E mais, que Neto foi assessorado militarmente neste combate pelo esquecido Coronel Joaquim Pedro Soares, veterano das lutas contra Napoleão na península Ibérica e nas guerras contra Artigas e Cisplatina .E foi ele que organizou e foi o 1º comandante do Corpo de Lanceiros Negros, conforme o estudamos em O Exército farrapo e os seus chefes, v.1. Ele seria preso por Chico Pedro junto com José Mariano de Matos e ambos conservados por algum tempo na cadeia de Canguçu. Depois foi enviado preso para o Rio de Janeiro ao 74 anos, se desconhecendo o seu destino final. E junto, ao lado direito do túmulo de Silva Tavares está o " Santo de Bagé," o antigo soldado conhecido como Preto Caxias, e cheio de ex votos, em gratidão a graças recebidas. Personagem que estudamos no livro

História da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada. Porto Alegre: Metropole,

A abordagem das causas da Revolução Farroupilha por Érico Veríssimo são as mais notáveis que eu já li e muito conhecidas pelos que a estudam, mas não abordou , a causa militar, em razão de ela até o presente não haver sido interpretada e abordada pela historiografia gaúcha e a nacional , a qual estamos abordando em Escolas do Exército em Rio Pardo 1856/1911, em retrospecto militar de Rio Pardo. Causa militar que a seguir interpreto.

Com a Abdicação de D. Pedro I forças políticas que assumiram os destinos do Brasil, provocaram um enfraquecimento do poder militar do Brasil , sob o argumento disfarçado de que as Forças Armadas não podiam ficar nas capitais e sim na defesa das fronteiras e do litoral, O caso mais gritante foi a dispensa , por

estrangeiro, do tenente Emílio Mallet, atual patrono da Artilharia, então consagrado herói em Passo do Rosário e que havia cursado a Escola Militar do Brasil .

No Rio Grande do Sul foi atingida radicalmente a estrutura do Exército ao ser ordenado que o Batalhão de Artilharia, ao comando do Major José Mariano de Mattos fosse aquartelar em Rio Pardo. José Mariano era carioca formado pela Escola Militar. Na República Rio Grandense para cuja adoção ele influiu decisivamente, depois da vitória de Seival, em 10 set 1836, pela citada Brigada Liberal de Antônio Neto, ele foi ministro da Guerra e da Marinha, vice presidente da República e presidente da Republica interino, além de autor do brasão que figura na bandeira da República Rio- Grandense que foi adotado para o Rio Grande do Sul pelos constituintes de 1891. Assunto que abordamos em nosso livro Símbolos do Rio Grande do Sul...Recife:UFRPE,1971. Próximo do final da Revolução ele foi preso em Piratini por Chico Pedro ou Moringue, e mais tarde Barão de Jacui e mantido preso em Canguçu a sua base de operações, em cadeia que mandara construir como " quarto de hóspedes para os farrapos" como ironicamente divulgava. Finda a Revolução José Mariano de Matos foi o Ajudante General de Caxias na guerra contra Oribe e Rosas em 1851-52 e ao retornar ao Rio retomou sua carreira, sendo Ministro da Guerra em 1865.

È considerado um dos 3 afro- descendentes a governar o Rio Grande do Sul, ao lado de Carlos dos Santos e Alceu Colares.

O Major João Manuel Lima e Silva tio do Duque de Caxias, por irmão de seu pai o Brigadeiro Lima e Silva, possuía o curso da Escola Militar e comandava a unidade de Infantaria do Exército em Porto Alegre que foi transferida com ele para São Borja . E ao para lá se deslocar, estacionou em Rio Pardo, por falta de condução para seguir para seu destino. .Ele foi um dos que opinaria pela proclamação da República Rio- Grandense pela qual foi eleito o primeiro general farroupilha. Comandou o Exército Farrapo em Pelotas, com vistas a reconquista da cidade de Rio Grande, até sofrer ferimento no maxilar, deformador de seu rosto, sendo obrigado a ir tratar-se no Uruguai. Terminou sendo assassinado em São Borja de onde foi exumado e sepultado com toda a pompa e circunstância em Caçapava , onde mais tarde seu túmulo foi profanado por imperiais e seus ossos espalhados pelos campos. Esta introdução serve para se entender a ação dos dois e de seus comandados em Rio Pardo com vistas a Revolução vitimas de uma politica de erradicação do Exército e da Marinha que era assim definida e que foi implementada depois da Abdicação.

" Forças numerosas e permanentes são uma ameaça: À Liberdade. À Democracia. À Prosperidade econômica. À Paz ." . Revoltados com ações sutis contra o Exército visando o seu enfraquecimento ou erradicação, passaram a conspirar uma revolução. Vale lembrar que os coronéis Bento Gonçalves da Silva e Bento Manoel Ribeiro eram oficiais de Estado- Maior do Exército e que em data recente haviam comandado unidades de Cavalaria do Exército, respectivamente em Jaguarão e Alegrete

E que elas com a de Bagé haviam sido enfraquecidas radicalmente pelo Governo, por reduzirem seus efetivos de cerca de 800 homens para cerca de 100. E os dois Bentos estavam revoltados com esta situação .A Bento Gonçalves cabia na época o comando da Guarda Nacional do Rio Grande do Sul, integrada por estancieiros, fazendeiros e charqueadores e mais pessoas que conseguissem mobilizar e que estavam revoltados com o aumento imposto sobre a légua de campo e com impostos escorchantes sobre o charque gaúcho, beneficiando o charque dos uruguaios e argentinos, inimigos de ontem, o que Érico Verissimo muito bem abordou em O Continente..

A Guarnição do Exército do Rio Grande do Sul era a mais forte do Império. E estes desgostos somados aos de militares do Exército e da Guarda Nacional, serviram de combustível para o 20 de setembro de 1835, decidido numa reunião maçônica em Porto Alegre no dia anterior, em que estavam presentes entre outros líderes Bento Gonçalves e José Mariano de Matos. Desgostos que contribuíram para a proclamação da República Rio Grandense em 11 de setembro de 1836, no Campo do Meneses, aproveitando o êxito da vitória farrapa de Seival, no dia anterior . O Coronel Joaquim Pedro herói farroupilha esquecido pela História, era veterano no Exército das lutas para expulsar Napoleão da Península Ibérica e foi quem organizou o Corpo de Lanceiros Negros Farroupilha, e o estudamos em O Exército Farrapo e os seus chefes ,v1,p.168/170. História é verdade e justiça !

Em Rio Pardo os majores do Exército José Mariano e João Manuel fundaram, em 7 de abril de 1835, no 4º aniversário da Abdicação de D. Pedro I, a Sociedade Defensora ,agitando as questões aqui abordadas, terminando 17 dias mais tarde, em 24 de abril de 1835, ocorrendo o assassinato do juiz Casemiro de Vasconcelos Cirne, as 9 da manhã. Juiz que processava acusados de promoverem agitação política em Rio Pardo. O major José Mariano foi acusado de envolvimento, não provado, na morte do juiz e foi enviado preso para Porto Alegre onde era deputado provincial..

Esta participação do Exército na Revolução Farroupilha até então não abordada pela historiografia a conclui em nosso citado livro O Exército farrapo e seus chefes elaborado depois de detida pesquisa em fontes primárias na coleção Anais do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul.

Érico Veríssimo recorreu a personagem D. Picucha Fagundes" que depois da Revolução Farroupilha não falou mais de Carlos Magno e seus 12 cavalheiros. E que esqueceu Rolando por Bento Gonçalves, Oliveira por Antônio Neto, Reinaldo por Davi Canabarro, João Manoel Lima e Silva por Florisbaldo. " . E esqueceu D. Picucha dos generais farrapos João Antônio da Silveira e de Bento Manoel Ribeiro, este filho de Sorocaba- SP . E este foi alvo de uma injustiça política popular traduzida por esta poesia que atravessou os tempos.

"Pode um altivo humilhar-se

Pode um teimoso ceder

Pode um pobre enriquecer

Pode um pagão batizar-se

Pode um mouro ser cristão

Pode um arrependido salvar-se

Tudo pode ter perdão

Só Bento Manoel, não".

Condenação agravada pelo linchamento moral do personagem real pela minissérie da TV Globo, A Casa das Sete Mulheres.

Em realidade, Bento Manoel foi um grande soldado e conforme D. Picucha( Erico Verissimo) "ele era valente, ligeiro e alarife..." O próprio veterano e memorialista farrapo Manoel Alves da Silva Caldeira que o conheceu e foi seu comandado na vitória de Rio Pardo assim traçou o seu perfil militar . 

"Bento Manoel era um militar de muito boa tática de guerra. E possuía muito conhecimento dos habitantes da campanha da Província e também era de muito prestígio. Quando a legalidade estava caída, ele com sua presença dava-lhe vida e quando a causa da República, precisava a alento ele lhe dava."

Quem nos alertou para a grande injustiça com a sua memória foi o grande brasileiro Osvaldo Aranha, cujo depoimento a respeito reproduzimos no nosso já citado livro O Exército farrapo e os seus chefes. v. 1, p. 124.

Em síntese, Bento Manoel liderou no campo militar a derrubada do Presidente e do Comandante das Armas. Afastados os dois como objetivos da Revolução, ele permaneceu como o novo Comandante das Armas e foi para tal convidado a permanecer neste cargo pelo novo presidente da Província. E cessou para ele a motivação revolucionária, na qual outros chefes persistiram. No exercício das funções novas foi obrigado a combater os farrapos, até que chegou um novo e desastrado Presidente de Província, sem inteligência emocional, diríamos hoje, e que entrou em choque com ele e quis prendê-lo, o que ele fez primeiro, sendo obrigado a se tornar um fora da lei imperial. Quando combatia o Império e havia levado à vitória a causa farroupilha, a burocracia da República em Piratini, a revelia de Bento Gonçalves, o desconsiderou através do jornal O Povo, promovendo a tenente coronel um oficial baiano com o qual ele se desentendera seriamente. E muito magoado não lhe restou outra alternativa que a de cair fora, em que pese os grandes esforços de Bento Gonçalves. E com ele fora, a causa militar farroupilha entrou em declínio. E mal com o Império e com a República não lhe restou outra alternativa do que combater ao lado do Império ao receber convite para tal.

Quem o havia defendido antes de Osvaldo Aranha fora o grande escritor rio- grandense Alfredo Ferreira Rodrigues em seu Almanaque Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul (1889/1917).

D. Picucha recorda o Manifesto de Bento Gonçalves neste trecho o que bem traduzia o espírito do gaúcho contra as elites do Sudeste detentoras do poder:

"Éramos o braço direito e também a parte mais vulnerável do Império. Agressor ou agredido, o governo nos fazia sempre marchar a frente. Disparávamos o primeiro tiro de canhão e éramos os últimos a recebê-lo. Longe do perigo dormiam em profunda paz as outras Províncias, enquanto nossas mulheres, nossos filhos e nossos bens prezas do inimigo, ou nos eram arrebatados, ou mortos, e muitas vezes trucidados, cruelmente."

Este sentimento dominava os integrantes da Guarnição do Exército no Rio Grande do Sul e a sua Guarda Nacional.

D. Picucha lembra que os republicanos deram alforria para todos os negros que combateram pela causa revolucionária e baixou decreto dizendo que sempre que imperial surrasse um negro farrapo, eles tirariam a sorte entre os prisioneiros e passariam um oficial imperial pelas armas .

No romance Érico Veríssimo não põe em dúvida a honestidade de Canabarro e Caxias no tocante aos lanceiros negros em Porongos, e conclui que a pacificação da Revolução Farroupilha por Caxias foi honrosa.

Ao finalizarmos nosso livro História da 3ª Região Militar 1808-1889 e Antecedentes. Porto Alegre: 3ª RM/IHTRGS, 1994, v. 1 colocamos esta observação no final.

" A moldura da História da 3ª Região Militar completar-se-á com a obra:

VERÍSSIMO, Érico. O Tempo e o Vento. Porto Alegre: Liv. Globo, 1961, 3. v.

Obra esta que com muita verossimilhança resgata a vida do Rio Grande do Sul em vários aspectos e ajuda a consolidar os conhecimentos abordados no presente trabalho."


 

-ESPADA CAXIAS, UM LIVRO DE INTERESSE PROFISSIONAL MILITAR

FORJAZ, Cláudio Ricardo Hehl. Espada Caxias

Petrópolis: Sermograf, 2005

O livro em epígrafe, Espada Caxias do Major Cláudio Ricardo Hehl, traduz um simbolismo da vida e obra do Duque de Caxias, como a espada defensora da Independência, da Soberania e da Integridade do Brasil em nossas lutas externas no século XIX e, também, como a espada pacificadora de irmãos brasileiros em nossas lutas fratricidas na Regência, com vistas a preservação da Unidade Nacional seriamente ameaçada depois da Abdicação de D. Pedro II.

Trata-se de um ensaio militar crítico ,global e original, da vida e obra do patrono do Exército, com apoio na ampla bibliografia que consolidamos em nosso Caxias e a Unidade Nacional, e desenvolvido à luz dos fundamentos da Arte Militar que abordamos em nosso livro Como estudar e pesquisar a História do Exército Brasileiro, editado com apoio do EME e já em duas edições. Trabalhos estes que o autor registrou na longa lista bibliográfica em que apoiou seu original ensaio, ao lado de trabalhos notáveis do primeiro grande biográfico de Caxias, o Dr. Eugênio Vilhena de Morais, hoje de justiça consagrado patrono de cadeira da Academia de História Militar Terrestre do Brasil( AHIMTB) que tem o Duque de Caxias como o seu patrono e a sua espada invicta como símbolo em seu brasão..

O Duque de Caxias por circunstâncias várias teve extraviada em grande parte a sua correspondência pessoal e oficial, reveladora de seu pensamento militar, ao contrário do General Osório, cujo pensamento militar recuperamos em parte, em artigo na Revista A Defesa Nacional nº 684, 1979, alusiva ao centenário de sua morte, apoiados em sua correspondência bem preservada por ele e hoje no acervo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

O ensaio interpretação do Major Cláudio Forjaz, sobre o pensamento militar de Duque de Caxias, é o primeiro de amplio espectro . Até agora só existiam ensaios pontuais sobre o pensamento militar de Duque de Caxias, como o notável do acadêmico emérito da AHIMTB, Cel Amerino Raposo Filho Caxias e a nossa doutrina militar, que o autor registrou na sua bibliografia e que o incorporamos no citado Caxias e a Unidade Nacional.

Em resumo, o ensaio Espada Caxias é um notável trabalho de História Militar Terrestre Crítica do Brasil, forma que temos insistido seja praticada por profissionais militares ,em artigos nossos nos sites da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, no Caserna, do site Agulhas Negras e na Revista da SASDE . Enfim História Militar Crítica que o Duque de Caxias creio haver sido o pioneiro entre nós ao analisar à luz da sua Arte Militar e a pedido do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro do qual era membro ,a Batalha do Passo do Rosário .Estudo notável que reproduzimos em nosso livro, 2002- Os 175 anos da Batalha do Passo do Rosário.Porto Alegre: AHIMTB/Metrópole,

Enfim História Militar Terrestre Crítica, a História do Soldado, aquela que analisada à luz de fundamentos de crítica da Arte Militar lhe ensina a Arte da Guerra .E foi o que em seu ensaio pioneiro o Major Forjaz fez muito bem como historiador militar crítico, tarefa que cabe ao planejador, pensador e ao chefe militar, com apoio em reconstituições históricas feitas por profissionais neste ramo, tarefa não recomendada, em princípio, a um profissional militar

E esta idéia de História Militar Crítica figura no Prefácio do comandante do EsAO, Gen Bda Sérgio Costa de Castro ao escrever "O estudo de História de um pais e imprescindível para amalgamar a nacionalidade desta nação e para seu Exército para verificar erros e acertos do passado, para seguindo os passos dados, e corrigidos os equívocos, buscar o futuro sem medo de errar".

Esta de parabéns a EsAO e o Major Cláudio Forjaz com o lançamento deste útil livro para o profissional da Arte e Ciência Militar Terrestre e no momento histórico em que na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais foi introduzido o estudo de História Militar que até então ali era uma lacuna e por nós muito sentida, quando ali estudamos em 1984, no segundo semestre.

E a Academia de História Militar Terrestre do Brasil e seu presidente sentem-se satisfeitos por haverem colaborado com o Major Forjaz e com o Núcleo de Pesquisa e Estudos de História Militar do EsAO, conforme o autor assinalou em Agradecimento. Livro Espada Caxias , cuja bela forma foi assegurada pelo competente revisor e por longo tempo redator de A Defesa Nacional. o Coronel Virgílio da Veiga.( Apreciação por Cel Cláudio Moreira Bento, Presidente da AHIMTB)


DIVERSOS

Novos acadêmicos: Foram eleitos novos acadêmicos e aceitaram integrar a AHIMTB o Gen Ex Luiz Gonzaga Schroeder Lessa e o Cel Ernesto Caruso. O General Lessa ocupará a cadeira nº17 Marechal Humberto de Alencar Castello Branco, como o seu 3º ocupante e vaga por elevação a acadêmico Emérito do General Hélio Ibiapina Lima. O Cel Ernesto Caruso inaugurará a cadeira n º 2 Capitão Alfredo Pretexto Maciel, o notável biografo de generais brasileiros.

Palestra da AHIMTB no Clube Militar sobre os 60 anos do Dia da Vitória: A convite da ANVFEB, a Academia de História Militar Terrestre do Brasil, na noite de 21 de junho de 2005 , através de seu presidente Cel Bento e dos acadêmicos coronéis Luiz Carlos Carneiro de Paula e Ernesto Caruso abordaram o tema para um auditório integrado por agraciados com a Medalha Marechal Mascarenhas de Morais. O texto esta disponível em artigos nos sites www.resenet.com.br/users/ahimtb e em Revista Eletrônica de História Militar Terrestre 2005, do site www.militar.com.br

Revista da Academia Itatiaense de História: Será lançada breve com a participação do presidente da AHIMTB com diversas matérias e em especial a História Militar de Itatiaia

Pesquisa sobre Escolas do Exército do Rio Pardo:Atendendo a solicitação do comandante do Comando Militar do Sul, Gen Ex Renato Cesar Tibau da Costa, atual Chefe do EME, a AHIMTB, em parceria com o Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS) resgataram (ou ressuscitaram) a História das Escolas do Exército em Rio Pardo da patina dos tempos que a cobria . Os trabalho em parceria dos coronéis Cláudio Moreira Bento e Luiz Ernani Caminha Giorgis, dirigentes da AHIMTB e ITHRGS, contou com a participação dos acadêmicos Dr Eduardo Cunha Muller, Dr Flávio Camargo e Cel Pedro Paulo Cantalice Estigarribia.

Ampliação das instalações da AHIMTB na AMAN: O comandante da AMAN, Gen Bda Marco Antônio de Farias e 3º Presidente de Honra da AHIMTB, cedeu mais uma sala para a AHIMTB melhor acomodar e proteger o seu precioso acervo acumulado em 9 anos. Determinou e foram executado serviços de reparações gerais e pintura das instalações e, inclusive, vedações no telhado para melhor proteger o acervo, pois parte já fora atingido por infiltrações de chuvas. Agora suas instalações ficaram mais compatíveis com o objetivo atual nº1 do Exército de Pesquisa, preservação, culto e divulgação da História , Tradições e Valores do Exército para cuja conquista a AHIMTB se orgulha de haver contribuído expressivamente.

Lançamentos da AHIMTB e IHTRGS: Estas duas entidades, em parceria, produziram e lançaram este ano os livros: Hipólito da Costa – o gaúcho fundador da Imprensa Brasileira, de autoria do Cel Presidente das duas citadas entidades e com o patrocínio da FHE-POUPEX e mais reedição do livro O Conde de Porto Alegre , com prefacio, notas e complementos dos coronéis Bento e Caminha dirigentes das duas entidades e patrocínio da 3ª Região Militar de que o Conde de Porto Alegre é ex-comandante ilustre.

O livro sobre Hipólito da Costa foi premiado há 32 anos, em concurso promovido pela Assembléia Legislativa d o RGS e Associação Rio Grandense de Imprensa.

Hipólito da Costa, nasceu numa fortaleza, e sobrinho de seu capelão, filho, pai, sogro e avô de militares. Seu trineto o Cel Av. Ref Fernando Hyppólito da Costa é sobrinho e afilhado do Marechal Humberto Castelo Branco.

Uma carta estimulo para reflexão: A historiografia brasileira não mais registra novas vocações de historiadores civis e militares e os poucos que restam não tem como tiveram no passado, a procura da Midia ou dela apoio, quando solicitam para transmitirem à Sociedade Brasileira a história "como a mestra das mestras, a mestra da vida". Tem surgido muitos trabalhos de origem universitária , mas de dificil acesso ao brasileiro comum, por não serem publicações disponíveis e sim na maioria das vezes teses com exemplar único de dificil ou dispendioso acesso, quando não desconhecidas a sua existência por quem apreciaria as ler . As instituições tradicionais institutos e academias de História no Brasil assistem a diminuição de seus quadros por morte, sem a contrapartida de renovação com novas vocações de historiadores e mais do que isto, carência de recursos por ausência de subsidio governamental, para produzirem e divulgarem seus trabalhos. Além disso registre-se as agressões da Historiografia Brasileira por manipulações políticas ou ideológicas. E comum colocar-se teoricamente a História num patamar de enorme relevância social e cultural mas o que não possui correspondência na prática governamental. E este é o desafio a Mídia em geral e aos governos e suas autoridades com responsabilidade social ou de Estado para desenvolver este estratégico ramo da cultura nacional ligado a consolidação da consciência da identidade e perspectiva histórica nacional nos seus desdobramentos variados. E a carta a seguir transcrita dá uma idéia do que foi acima assinalado.

" Prezado amigo presidente Cel Bento. Tudo que se refere a FEB, tocando ao seu comandante, o gabrielense, Marechal Mascarenhas de Moraes, absorve minha atenção e o devoro com os olhos e a mente, afim de encontrar alguma coisa que ainda não sabia. E sempre há.

Tanto na sua palestra no Clube Militar em 21 de junho de 2005 no Clube Militar, como no artigo da Revista SASDE 97 que nos enviou , o Autor soube com muita clareza, incluir detalhes importantes do que foi a Campanha da Itália e a bravura dos nossos pracinhas demostrada naquele campo de guerra moderna para época. Foi uma epopéia que deve ser lembrada continuamente, mormente neste momento de obscuridade, quando um plano macabro, tacitamente identificado, esta em curso para embotar a memória dos nossos mais valorosos símbolos e descaracterizar a nossa história.

Nós, um resto que esta sobrando, temos de lutar com as poucas armas que dispomos, para salvar alguma coisa para as gerações futuras, que muito vão precisar de nós. Tudo passa. Esta fase também irá passar. E virá o período que melhor será compreendido as atualizadas palavras de Cristo :"Não só de pão vive homem".

Estou aqui trabalhando em duas obras: "Dom Félix de Azara, Terra e Céu, e "Vida e Morte de Sepé Tiaraju". Imagina só, com minha velha virada numa criança, sem poder contar com a ajuda pessoal de ninguém; ainda bem que Deus não me abandonou e esta sempre junto de min. É tudo. E o lema é: continuar sempre! Assim vamos indo. Avante!

Felicito e vibro de satisfação com a produção do amigo, e desejo que Deus lhe dê bastante saúde.Com disposição e inspiração para cumprir todas as metas que tem em seus planos. Um abraço saudoso do amigo de sempre. Osório Santana Figueiredo. 

Em 19 de novembro de 1931, assumiu o comando da Escola Militar do Realengo o então Coronel José Cavalcante de Albuquerque. Oficial de escol, criou tradições, como os uniformes históricos dos cadetes, elo de ligação dos exércitos do Império e da República do Brasil. Criados os uniformes, julgou o Coronel José Pessoa que devessem eles ser complementados por uma arma símbolo, privativa do cadete. Decidiu-se que esta arma seria uma miniatura, cópia fiel da espada invicta, o sabre usado em campanha por Caxias já general..

Porfiadas demarches foram, então, realizadas para concretizar a feliz idéia. Ignorávamos, até então, o paradeiro daquela relíquia histórica. Para isso recorreu-se em indagações a todos os lugares onde são destinados os troféus, sem ser encontrado. Afinal, com a preciosa colaboração do Dr. Max Fleius, fomos encontrá-la, entre outras armas gloriosas, nas coleções do IHGB. E, ainda com o auxílio do Dr. Max Fleiuss, secretário perpétuo daquela nobre e benemérita instituição, conseguimos a licença necessária para ser copiada a arma que é a nossa mais preciosa relíquia militar.Localizado o sabre de campanha do Pacificador, o Projeto Espadim foi submetido à aprovação do Ministro da Guerra, General-de-Brigada José Fernandes Leite de Castro (1930-32).Desejaram, aquele General e o Coronel José Pessoa, que Caxias, o Duque da Vitória, pairasse no seio dos cadetes do Brasil, de igual forma que Napoleão no seio dos cadetes de Saint Cyr, na França.

O Ministro Leite de Castro aprovou a proposta e concedeu o crédito correspondente para a confecção dos espadins. Os projetos e os recursos foram remetidos ao Chefe da Missão Militar Brasileira na Europa, Coronel José Duarte Pinto. Este, com desvelo e entusiasmo, cumpriu a missão, encomendando a confecção das peças à firma Solingen da Alemanha.Nos dias 15 e 16 de dezembro de 1932 teve lugar a primeira cerimônia de entrega de Espadins aos cadetes, desdobrada em duas fases. A primeira, de âmbito interno e a segunda, uma solenidade pública realizada no dia 16 de dezembro, na Praça Duque de Caxias, atual Largo do Machado, no Rio de Janeiro, defronte do Monumento do Patrono do Exército e que contou com a presença do Dr. Getúlio Vargas, Chefe do Governo Provisório do Brasil, e de várias autoridades.


"Para alimentar o cérebro de um Exército na paz, para prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais fecundo em meditações e lições do que o da História Militar."