INFORMATIVO GUARARAPES

 

 

O GUARARAPES

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DA

ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

CGC 01.149.526/0001-09

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Fundada em 1o de março de 1996

ANO: 1996                 MÊS:   AGO                       No 05


UM SIGNIFICADO DA GUERRA DE CANUDOS PARA AS FORÇAS TERRESTRES

Em 1997 transcorre o centenário da Guerra de Canudos no sertão baiano.Confronto fraticida que levou a morte e o luto a centenas de irmãos brasileiros,sertanejos e soldados do Exército e das Policias Militares , cuja responsabilidade moral e política por esta tragédia grega brasileira ,se espera seja apurada por um Tribunal de História em 1897 ,como uma amarga e inesquecível lição retirada do episódio ,um problema social como outros que deverão se apresentar na trajetória brasileira e que merecem tratamento e respostas adequadas .

Como soldado e historiador militar é da forma a seguir que vemos o episódio e de como ele serviu de estopim para uma reação de parte de oficiais do Exército veteranos ou filhos de veteranos da Guerra do Paraguai ,para promoverem a REFORMA MILITAR 1898-1945 que modernizou o Exército e o livrou do equivocado sistema de Ensino 1873-1905 que fora potencializado pelo Regulamento de Ensino de 1890 baixado pelo Ministro da Guerra ten cel Benjamin Constant.

Segundo se conclui de Edmundo Campos Coelho ,Em busca de Identidade o Exército e a Política na Sociedade Brasileira (Rio,Forense,1976), o Exército a partir de 1831 foi alvo de uma Política de Erradicação que ao longo dos tempos apresentou nuances variadas .E a partir de então teve de concorrer com a Guarda Nacional ,que se revelou incapaz de promover a Segurança Nacional, tornou-se instrumento político e anti-Exército, conforme se conclui de Jeanne Berrance de Castro .A Milicia cidadã-A Guarda Nacional 1831-50 .(Rio,Brasiliana 359).

Finda a Guerra do Paraguai em 1870 o espírito erradicador do Exército ressurgiu forte .Para neutralizá-lo foi implementada a seguinte idéia traduzida em Regulamento de Ensino de 1873.Ou seja formar oficiais doutores no Exército para ajudar a desenvolver o Brasil e por outro lado valorizar socialmente o oficial com o título de Dr para que pudesse concorrer ,como bom partido, com advogados,médicos,filhos de industriais,comerciantes e de fazendeiros que até então eram preferidos para casamento.E a razão ! Deste a Independência para consolidar a Integridade,Soberania e Unidade do Brasil os oficiais viveram mais combatento 1822-70 , em lutas internas e externas .Assim o para casamento representavam viuvêz e orfandade potenciais sem cobertura previdenciária compatível .Os doutores passaram a ostentar antes do posto o título de doutor e muitas vezes omitindo o posto ou até se aborrecendo quando tratados pelo posto.Os que viviam na tropa dedicados à atividade fim -a Segurança da Pátria eram tratados de tarimbeiros e não sem desdém e como status social inferior .Os doutores ou bacharéis teriam a seu cargo a elaboração da Doutrina do Exército através da Congregação da Escola Militar da Praia Vermelha dominada pelos bacharéis .

Este sistema de ensino detonou a desprofissionalização do Exército fazendo-o segundo o concenso de analistas da época a cair a níveis de operacionalidade inferiores aos da Guerra do Paraguai.O progresso hierárquico era conquistado a base de cursos que deram origens aos bacharéis do Exército muito versados em Ciências Físicas e Matemáticas e pouco ou quase nada em Arte e Ciência Militar .Como complicador foi o Positivismo,agnóstico e mal digerido introduzido através da cadeira de Sociologia na Escola Militar ocasionando na Praia Vermelha seus alunos desprezarem e rirem dos veteranos do Paraguai desfilando garbosos com peito coberto de condecarações,conforme depoimento do general Tasso Fragoso na introdução de seu classico A Batalha do Passo do Rosario,1922 que merece se lido relido pelos oficias do Exército de hoje e do futuro pelas valiosas lições que encerra .

Um general que fizera carreira bem sucedida como professor de Descritiva na Praia Vermelha teve desempenho militar deplorável ao ser enviado para o Paraná para conter o avanço federalista ,acusado de covardia foi processado e condenado a morte da qual escapou por empenhos de seus ex-alunos .

Foi um Exército dominado pelo bacharelismo que teve de improvisar a incorporação de centenas de de alferes para completar os seus quadros para enfrentar as Guerra Civil 1893-95 na Região Sul e Revolta na Armada 1895-95 e Guerra de Canudos em 1897 apresentando por vezes operacionalidade inferior aos revolucionários e revoltosos ,além de possuir seu espírito dividido por muito de seus oficiais incorporarem aos revolucionários e revoltosos por desinformação.Os bacharéis salvo honrosas exeções estiveram ausentes dos confrontos .Foram alguns oficiais tarimbeiros que sempre se dedicaram a instrução da tropa que irão liderar em campanha com sucesso o Exército-coroneis Arthur Oscar,Carlos Telles,João Cézar Sampaio,Thompson Flores ,Savaget,Tupi Caldas,Augusto Julião Serra Martins etc .

Durante o combate da Ponta da Armação ,combatendo a Revolta na Armada ,o cap Tasso Fragoso foi ferido gravemente quando comandava uma peça de Artilharia.Por ocasião da Guerra de Canudos encontrava-se em missão na Europa para aproveitar inclusive para corrigir sequela deixada pelo ferimento.Lá constatou o enorme fosso operacional entre os exércitos europeus e em especial o prussiano relativamente a estagnação doutrinária do nosso .De lá escreveu históricos artigos na Revista do Brasil sobre a necessidade de o Exército Brasileiro dispor de um Estado-Maior e de como era formado um oficial alemão,conforme abordamos ao biografá-lo em A Defesa Nacional n o 750,out/dez 1990.Seus artigos repercutiram muito no Exército onde era muito acatado e admirado .Penso ajudaram a detonar Reforma Militar 1898-1945 liderada por oficiais veteranos ou filhos de veteranos do Paraguai :marechais Machado Bitencourt(revolucionou o Apoio Logístico em Canudos);João Nepomuceno Medeiros Mallet(criou o Estado -Maior do Exército e iniciou em Piquete a Fábrica de Pólvora sem Fumaça etc);Cantuária(1 o chefe do Estado-Maior etc);Argolo( Fechou e extinguiu a Escola da Praia Vermelha e decretou o Regulamento de Ensino de 1905, inflexão do bacharelismo para o profissionalismo militar que até hoje se sustenta e implementado na Escola de Guerra de Porto Alegre 1906-ll que formou a geração que implantou o profissionalimo militar no Ensino,inclusive o marechal José Pessoa);Hermes da Fonseca ( liderou as manobras de Santa Cruz,promoveu a Organização de 1908 -Brigadas Estratégicas,Arma de Engenharia e aquisição de armamento moderno Mauser,Madsen ,Krupp com fábricas de munições,enviou oficiais para cursos no Exército da Prússia de onde emergiu o grosso dos Jovens Turcos que fundaram a Defesa Nacional em 1913 e dominaram a Missão Índígena da Escola do Realengo 1919-21 que produziu uma elite de oficiais ,cuja trajetória e bem conhecida e sua luta vitoriosa em 1930 e de que a AMAN foi objetivo concretizado);Caetano de Farias (Campo de Instrução de Gericinó, Serviço Militar Obrigatório ,extinção da Guarda Nacional , Polícias Militares como 2a linha do Exército e envio de oficiais que combateram no Exército Aliado na 1a Guerra e para cá transferiram doutrina- José Pessoa,Leite de Castro etc e criação da Aviação Militar etc)e outros que atuaram complementando-os com continuidade administrativa ao ponto de perguntado ao Ministro da Guerra Pandiá Calogeras ao que atribuia o seu sucesso na Pasta da Guerra ao que respondeu: -"Devo o sucesso a ter seguido os planos deixados por meus antecesores "

Como soldado e historiador não passamos recibo a manipulações históricas insistentes nos últimos anos em jornais,revistas ,livros ,filmes etc querendo na Mídia responsabilizar o Exército e Policias Militares pelos lutuosos e sangrentos fatos ocorridos em Canudos onde muitos de seus integrantes que lá pereceram foram também grandes vítimas por desinformação e manipulação por lideranças civis que detinham o poder constitucional para enviá-las para lá .Isto já havia acontecido em 1875 na Revolta dos Muckers no Rio Grande do Sul . Tragédia semelhante teria ocorrido não fora o marechal Deodoro da Fonseca protestar como presidente do Clube Militar em 1888 ,com o uso do Exército como capitão de mato na perseguição de escravos fugidos. Lideranças constitucionais descuidaram-se da desejável evolução do Exército e deu no que deu em Canudos.E uma preciosa lição a ser daí retirada pela Sociedade Brasileira .

Vale lembrar este exemplo :Qualquer chefe de família que é a Pátria amplificada e possuir potencialmente necessidades de prover o melhor grau de segurança para dissuadir,defender e mesmo repelir possiveis agressores, tomaria entre outras as seguintes medidas:Manter-se bem informad

 

esforço hercúleo ,hoje sob a pátina do tempo ,conseguir evoluir de Canudos à FEB quando onde esta força fez muito boa figura ao lutar contra ou em aliança com frações expressivas dos melhores exércitos do mundo presentes na Europa na 2a Guerra Mundial ,após um grande salto de operacionalidade.Esta é para nós a real projeção da fraticida Guerra de Canudos .E a responsabilidade por esta tragédia grega brasileira não é da Força Terrestre e sim política de parte das lideranças que tinham respaldo constitucional para lá terem enviado despreparadas forças do Exército e das Policias Militares .Se quiserem um bode expiatório é tarefa de simples verificação e raciocínio localizá-lo ,mas seguramente não será nas forças terrestres .Quem detinha poder constitucional para empregá-las ? Informação é liberdade de escolha !Fico com minha interpretação histórica esperando seja ela confirmada em Simpósio que a ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL promeverá sobre a Guerra de Canudos em 1997 em Resende atraindo para cá especialistas no assunto que virão diretos expor seus trabalhos ou na impossibilidade de presença, seus trabalhos serão lidos e debatidos no Simpósio.Preparem-se pois os especialistas no assunto!( Trabalho elaborado pela presidência da AHIMTB para o como reflexão aos profissionais militares de terra com vistas ao centenário da Guerra de Canudosem 1997) DISCURSO DE POSSE DO PRESIDENTE DO CLUBE MILITAR

O novo presidente do Clube Militar gen Hélio Ibiapina Lima ao tomar posse pronunciou histórico discurso publicado na integra no jornal OMBRO A OMBRO jul 1996 do qual o GUARARAPES transcreve os seguintes trechos na impossibilidade de faze-lo no todo:".....O Clube Militar como magistralmente escreveu o general Cosenza ,(presidente substituído), ,além de estar habilitado e qualificado para alertar a Nação sobre rumos que estão sendo seguidos por alguns de seus filhos que intentam apedrejar as Forças Armadas e indipor o povo contra elas ,tem a obrigaçào de fazê-lo! E o faremos com a ajuda de todos ,com a ajuda de Deus .Nos possuimos o sagrado dever de falar ,de expor e de opinar na qualidade de cidadãos -soldados ,sem dúvida ,com o devido respeito,sem palavras ofensivas e sempre com o maior respeito à verdade por mais dura que ela seja .Só poderemos ser úteis a esta cooperação permanente ,se estivermos a cada dia mais habilitados a fazê-lo.Neste campo como nos demais ,nossa palavra é de União e absoluto respeito às responsabilidades de nossos chefes que temos certeza ,apreciarão contar com nosssa ajuda enquanto habilitada e respeitosa .Há muitos fatos acontecendo nos dias atuais ,sobre os quais ,não é aceitável nossa omissão ,ou deixar passar a oportunidade sem marcar nossa posição.......Não é possivel entender-se de como a Sociedade Brasileira nos convoca para a defesa da Pátria,paga nossa organização,equipamento,instrução ,tudo dentro da Constituição e de um momento para outro tenta levar-nos ao descrédito ,com dúvidas a respeito de nossas misões constitucionais ,reduzindo a fatia do Orçamento das Forças Armadas a nível que já pode atingir a sua operacionalidade indispensável ao cumprimento de missões constitucionais básicas .....Felizmente esta atitude é apenas de uma minoria desorientada de nossas elites e não como querem fazer crer de ser de toda a Sociedade , pesquisas sucessivas vem demonstrando que a Nação prestigia e respeita suas Forças Armadas ,em percentuais que nos deixam emocionados ....."

O novo presidente anunciou que manterá no Clube Militar um FORUM PERMANENTE DE DEBATES que ouvirá em Tribuna Livre expositores qualificados e de diversas tendências .Tudo com vistas a melhor habilitar e qualificar o Clube Militar a fazer alertas a Nação que julgar de seu dever ".

PROJEÇÕES DO CONDE DE RESENDE 13 o VICE REI DO BRASIL 1790-1801

O Conde de Resende tem sido uma das autoridades mais injustiçadas no Brasil sob a falsa acusação de haver julgado e condenado Tiradentes à forca quando em realidade foi julgado por um Tribunal Civil e sua sentença a forca assinada pela raínha D.Maria e não alterada pelo príncepe regente D.João.Coube ao Conde de Resende apenas cumprir a sentença, cercando como provedor da Santa Casa do Rio o alferes Tiradentes das considerações possíveis .Esta postura dizem foi aceita em Resende motivando a mudança do nome da Estação Ferroviária de Resende para Agulhas Negras etc, etc e etc.Hoje se sabe que o Conde de Resende é considerado o fundador do Ensino Militar Acadêmico nas Américas ao criar em 19 dez 1792 ,na Casa da Trem no aniversário de D.Maria I a REAL ACADEMIA DE ARTILHARIA FORTIFICAÇÃO E DESENHO ,destinada a formar oficiais de Infantaria ,Cavalaria, Artilharia e de Engenheiros para o Vice Reino do Brasil e, fundador do Ensino Superior Civil no Brasil ao criar na citada Academia ,o curso de Engenharia Civil.Sabe-se que o Conde de Resende criou em 1801 o município e Vila de Resende que desde então levam o nome do seu título por tê-los fundado.Aliás município que desde 1944 sedia a AMAN ,cuja mais profunda raíz é a Real Academia que fundou e que deu lugar a Academia Real criada por D.João em 1810 e considerada por decreto do presidente Getúlio Vargas em 1931 a raíz histórica da atual AMAN ,cuja denominação histórica é Academia Real .O Conde de Resende foi o comandante no mais alto nível da vitoriosa Guerra de 1801 após a qual o Brasil teve aumentado o seu território com a incorporação do Sete Povos das Missões o Sul de Mato Grosso e outros ricos territórios no Rio Grande entre os rios Piratini e Jaguarão etc.Hoje emerge esta dimensão de sua obra -a criação no Rio em 1793 de um Asilo de Inválidos com a justificação a

O ESPADIM DOS CADETES DO EXÉRCITO CÓPIA FIEL EM ESCALA DA ESPADA DE CAMPANHA DO DUQUE DE CAXIAS E HÄ 65 ANOS SÍMBOLO DA HONRA MILITAR.

O Duque de Caxias como oficial general possuiu um sabre de campanha que o acompanhou na pacificação de São Paulo e de Minas Gerais em 1842 e da Revolução Farroupilha em 1845 e nas guerras externas de 1851-52 contra Oribe e Rosas e finalmente na do Paraguai .Ao falecer a deixou em testamento ao seu parente e amigo que fora seu ajudante- de-ordens na Guerra contra Oribe e Rosas e seu chefe de Estado-Maior na Guerra do Paraguai ,o mais tarde Barão da Penha ,filho do Barão da Gávea que atingiram os mais altos postos no Exército .Passados 45 anos da morte do Duque de Caxias ,em 1925,ano seguinte da consagração do dia do seu nascimento como o Dia do Soldado no Exército,sua invicta espada foi localizada por seu biógrafo Vilhena de Moraes e doada ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro ao qual o Duque de Caxias pertencera em vida.Com a Revoluçào de 1930, o cel José Pessoa assumiu o comando da Escola Militar do Realengo e ele e o Ministro da Guerra gen Fernandes Leite de Castro que haviam combatido no Exército da França na 1a Guerra Mundial e estagiado na Escola Militar de Saint Cyr, cujos cadetes usavam réplica de espada de Napoleão, idealizaram fazer o mesmo no Brasil relativamente a espada de Caxias .E o coronel José Pessoa localizou a histórica espada no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro onde ela foi copiada em escala fielmente e os espadins encomendados à Solingen na Alemanha em 1932 .A chegada dos espadins ocorreu logo depois do término , em 3 de outubro, da Revoluçào de 32.Aprimeira entrega teve lugar há 64 anos em 15 e 16 dez 1932 e assim desdobrada .A entrega própiamente dita no dia 15 na Escola Militar do Realengo.No dia 16 dez cerimônia na praça Duque de Caxias (atual Largo do Machado em Botafogo) defronte ao monumento ao Duque de Caxias hoje no Panteon defronte O QG do Exército no Campo de Santana e, presente o presidente Getúlio Vargas .Assim iniciou a falar o coronel José Pessoa aos primeiros recepiendários há 64 anos do Espadimde Caxias:Cadetes! Defrontando a estátua do Marechal Luiz Alves de Lima e Silva ,aquele que em vida foi o maior dos generais sul-americanos ,acabais de prestar o compromisso de recebimento do vosso espadim -arma distintivo que reproduz o sabre glorioso do invicto soldado ,que com atos de sublimada grandeza esmaltou com refulgência inegualável as páginas gloriosas da história nacional, marcando-as de traços imperecíveis e assinalando o seu nome como o do cidadão que melhor serviu à Pátria e mais a estremeceu.Vosso patrono e vosso guia ,aqui não podies faltar hoje e render-lhe as vossas homenagens,quando cingis pela primeira vez ,aos vossos uniformes ,o sabre glorioso que,em sua destra mao,mostrou ,sempre aos nossos intemeratos soldados ,o caminho da vitória ......(OD 297).

Em 1939 o então gen José Pessoa visando preservar a história do Espadim escreveu artigo na Revista da Escola Militar assim justificando seu gesto:"O Espadim de Caxias do Corpo de Cadetes ,ainda quase sem história por sua apoucada existência nem por isso devo olvidar-lhes fatos que hoje sabidos ,mais tarde será difícil reconstituí-los. Haja visto o exemplo da nossa lendária Escola Militar Real (Academia Real Militar) da qual mal se sabe ter sido fundada por D.João VI ......"

Dia 17 dez 1996 ,64 o ano da criação e 1a entrega dos espadins ,a Academia Militar das Agulhas Negras procedeu mais uma entrega solene de espadins à Turma general Zenóbio da Costa.

(Fontes História do Espadim dos Cadetes: Revista Militar Brasileira jul/set 1978;Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro v. 326,out/dex 1980,pp9o-109;Jornal Agulhas Negras-AMAN,ago 1978,pp.4-7e Jornal Letras em Marcha ,ago 1978(encarte)

O ENSINO DE HISTÓRIA MILITAR- DEBATES NA ECEME EM 1964

De 23-26 ago de 1994 a ECEME promoveu o V Ciclo de Estudos Militares para avaliar o ensino de História Militar no Exército .Participaram 286 oficiais alunos e instrutores dos quais 16 de nações amigas. Entre as conclusões registre-se como objetivos gerais do estudo de História Militar no Exército:

"Destacar os ensinamentos que a História Militar sugere na forma de erros e acertos que podem ser obtidos com os casos históricos de operações militares;formar o pensamento militar do oficial;motivar para a profissão soldado ;aprimorar as qualidades de chefia e liderança pelo estudo da vida e obra de grandes e consagrados soldados e analizar a doutrina militar para compreender os fatores que influiram em sua formulação ".Entre as idéias levantadas destacamos a sugestão de inclusão de questões de História Militar do Brasil no exame de admissão a ECEME e a integração do ensino de História Militar por níveis na AMAN,EsAO e ECEME e que todo "o planejamento a respeito seria interessante fosse precedido do estudo da Manual Como estudar e pesquisar a História Militar do Exército Brasileiro ,publicado pelo Estado-Maior do Exército e editado pelo EGGCF em 1978 e de autoria do então ten cel Claudio Moreira Bento, instrutor de História Militar da Academia Militar das Agulhas Negras .O V Ciclo de Estudos sugeriu modificações e aperfeiçoamentos à Diretriz do EME, constante da Portaria 061 de 7 out 1977 para História Militar e conclui em relatório:

"A realizaçào deste V Ciclo de estudos Militares possibilitou a retomada da motivação para o Estudode História Militar ,considerada uma das deficiências em nossa formação militar . O objetivo foi alcançado .Missão cumprida !Chega ao GUARARAPES a boa nova de que o ensino de História Militar esta sendo integrado e será assunto para questões formuladas no exame de admissão à ECEME.

DIA 25 DE AGOSTO 1996 ,193 o ANIVERSÁRIO DE NASCIMENTO DO DUQUE DE

CAXIAS DA ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

Em acordo com o paragrafo 2o do Art 9 o do capitulo 5 dos Estatutos da AHIMTB,"Anualmente em 25 ago,ou próximo desta data será homenageado o patrono da Academia- O Duque de Caxias .Em decorrencia ele foi assim evocado em sessão solene da AHIMTB em 25 ago 1996.

Significaçào histórica do Dique de Caxias patrono da AHIMTB

"Caxias foi consagrado patrono do Exército em 13 mar 1932 e desde 25 ago 1924 a data de seu aniversário foi consagrada como o Dia do Soldado no Exército instituição que o forjou e de cujo seio emergiu como um dos maiores brasileiros de todos os tempos .Ele prestou ao Brasil mais de 60 anos de exepcionais e relevantes serviços como político e administardor de contigência e inegualados ,como soldado de tradiçào e vocação a serviço da Unidade,da Paz Social,da Integridade e da Soberania do Brasil.

Ainda vivo e até nossos dias , o Povo,a Imprensa,Chefes,escritores,pensadores e historiadores o definem assim: "Filho querido da Vitória,O Pacificador,General Invicto,Condestável,escora e espada do Império,Dueque de Ferro e da Vitória,Nume ou Espírito Tutelar do Brasil,Símbolo da Nacionalidade e o Maior Soldado do Brasil etc.Por sua monumental obra como Pacificador de 4 lutas internas e modelares manobras de flanco de Humaitá e Piquiciri na Guerra do Paraguai o credenciam a figurar sem nenhum favos na galeria dos maiores capitàes da História Militar Terrestre Mundial .

 

PASSATEMPO -(Coluna ten Sebastião Almeida-secretário da AHIMTB)

 

ESTÍMULOS ÀS ATIVIDADES E IDÉIA DA ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE

Do historiador mineiro Dr Wilson Veado,presidente do Instituto Histórico e Geografico de Minas Gerais e Juíz do Tribunal da Alçada (aposentado de Minas Gerais).

"....Temos como de extraordinária relevância a fundação de uma Academia como a AHIMTB.A Força Terrestre passa a contar com a palavra da História na sua criação,existência e desempenho através do tempo ,fixando deste modo e definindo a participação sua no desenrolar.por vezes conturbado da nossa História.Por outro lado, a centralização dos estudos e projetos ligados à Força Terrestre concorre para o confronto do empenho e desempenho dela com a realidade nacional,o que é da mais extrema importância para a vida nacional.E deste modo, com alicerce na realidade palpável da História ,evitarse-ão as distorções ,ora de pesquisa,ora propositadas e direcionadas estas à malversaçào da verdade histórica tal como vem acontecendo ,neste momento histórico nacional no que diz respeito à atuação do nosso Exército nos últimos acontecimentos,tão deformados propositadamente.......................................................................

Na qualidade de presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais ,sinto a extrema importância e beleza da iniciativa de fundação da Academia de História Militar Terrestre do Brasil,que iluminará com segurança,ciência e civismo ,os campos obscuros que ainda existem na apuração e depuração , aquela da verdade histórica,esta das distorsões propositais ou não.E como oficial R/2 voluntário em 1943 até o fim da Guerra ,não posso deixar de aplaudir com estusiasmo ,esssa memorável iniciativa ,porque ela alcança o sentimento cívico e patriótico que sempre ditaram meus atos e atitudes ,...(Carta ao presidente de 8 ago l996).

Do historiador cel Nilton Freixinho que em 30 julho último foi empossado na cadeira 49 que tem por patrono o Visconde de Maracajú do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil,onde foi recebido pelo gen Ex Jonas de Moraes Correia Neto .Historiador autor das obras- O Poder permanente da História (Rio,Ed Kosmos,1992) e Brasil,os difíceis caminhos da integridade(Rio,Ed.Kosmos,l994) e que possui no prelo na BIBLIEx a obra As instituições em tempo de crise -Duas vidas paralelas :Dutra e Goes Monteiro

:"....Este é o momento para dizer-lhe quanto foi feliz em criar a Academia de História Militar Terrestre do Brasil ,no coração do organismo(AMAN) de formação das novas agerações de oficiais de nosso Exército....."( Cartão do Rio de 12 agosto de 1996 ao presidente da AHIMTB)

Endereço:O GUARARAPES_AHIMTB-Cx Postal 698(Faculdades D.Bosco)-27.501-970-Resende-RJ.Ajude a divulgá-lo para possíveis interessados no assunto que aborda.