INFORMATIVO GUARARAPES

 

 

O GUARARAPES

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DA

ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

CGC 01.149.526/0001-09

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Fundada em 1o de março de 1996

ANO: 1996                 MÊS:   SET                       No 06


A GUERRA DE CANUDOS SEGUNDO A ECEME EM 1962

O 2oano da ECEME procedeu em 1962 pesquisas nas mais importantes fontes bibliográficas disponíveis sobre a Guerra de Canudos e chegou as seguintes conclusões, entre outras ,quanto as implicações do Uniforme e do Equipamento no desempenho operacional dos soldados que para lá foram mandados combater:

"O Exército não estava preparado para o tipo de campanha a que foi mandado encetar nos sertões da Bahia .O Fardamento e o Equipamento eram completamente inadequados às operações em Canudos ,o que foi agravado pela inexistência de um sistema racional de Apoio Logístico,para reparar ou substituir com presteza quando eram inutilizados.Que as deficiências do Fardamento e do Equipamento agravadas pela inexistência de um Sistema de Apoio Logístico diminuiram a capacidade física do combatente com repercussões negativas no desenrolar das operações.Todas as deficiências iriam cair na inexistência de um Sistema de Apoio Logístico organizado e permanente ,o qual era improvisado por deficiência de Transportes , o que por sua vez impunha um fluxo precário e por períodos cessantes de suprimentos ,com reflexos na alimentação da tropa,falta de munição,medicamentos etc".

Ao final da Guerra o Ministro da Guerra Marechal Machado Bittencourt percebendo a falta de Apoio Logístico ,pessoalmente o organizou, fazendo com que os suprimentos chegassem a frente de combate,razão de ser elevado mais tarde `a condição de patrono do Serviço de Intendência.Hoje para estudar o Uniforme , Equipamento e outros ítens mais adequado às realidades do meio ambiente local ,unidade de Infantaria sediada na margem do rio São Francisco ,pesquisa e desenvolve doutrina adequada aquelas condições .

Tudo pensa o GUARARAPES ter sido reflexo da adversa da conjuntura exposta no número anterior, decorrência da vigência deste 1873 de um equivocado Regulamento de Ensino no Exército,potencializado em 1891 que priorizava o bacharelismo militar em detrimento do profissionalismo militar, só retomado em 1905.

CULTURA GERAL X CULTURA PROFISSIONAL NO EXÉRCITO

A Real Academia de 1792 do Conde de Resende e a Academia Real de D.João que a substituiu visavam formar oficiais para prioritariamente construirem o Brasil,já que a formação de oficias para defendê-lo antes da Revolução Industrial não era tarefa complexa, como passou a sê-lo depois da referida Revolução que produziu a Guerra Total, de que a Guerra de Secessão nos EUA foi a primeira e a nossa do Paraguai a 2a e com semelhanças entre ambas que registram o vapor e o trem como meios de transportes ampliando sobremodo o Teatro de Operações(TO)e a indústria bélica, com base na máquina a vapor, produzindo em série enormes quantidades de armas cada vez mais sofisticadas ,como também munições que tornaram o trânsito no campo de batalha clássico, aventura arriscada, obrigando o combatente peocurar abrigo em trincheiras ou sob a superfície do campo de batalha ,ou então a se deslocar não sem perigo em carros blindados .E no Brasil ,ao invés de de 1873-1905 ,dar-se a devida atenção à formaçào de oficiais para este tipo de guerra pós Revolução Insdustrial, permaneu-se a priorizar a formação de oficiais doutores bacharéis em Ciências Fisícas e Matemáticas divorciados, salvo honrosas exeções das necessidades de defesa do Brasil.

Em 1905 foi adotado o Regulamento de Ensino que consagrou o profissionalismo militar .Mas o marechal Setembrino de Carvalho que pacificou o Contestado,em relatório importante que elaborou ,constatou um novo tipo de cultura de alguns oficiais.Uma cultura literária ou poética ,mas não profissional.Uma cultura para fazer boa figura em rodas sociais.Daí atribuem alguns o fato de como Ministro da Guerra haver mandado fechar a Biblioteca do Exército por não corresponder esta às necessidades de desenvolvimento da cultura geral e profissional do oficial ,até ser restaurada e reorganizada com editora e consulta pelo gen Valentim Benício,como Secretário do Exército, nos moldes da Biblioteca del Oficial do Exército Argentino.Uns chefes queriam no Ensino esforço total no profissional e outros no ensino básico,como cultura geral, até que o Ministro da Guerra gen Div Eurico Gaspar Dutra ,após aprofundados estudos emitiu diretriz em 1944:

"O ensino no Exército tem variado entre 2 extremos:Ou exesso de teoria e cultura científica ,ou a reação brusca, de só preparação profissional ,prática. Alerto ! A sabedoria aconselha e mostra que a virtude esta no meio .Não esqueçam os que têm a missão de formar os futuros oficiais do Exército Brasileiro que é sob o imperativo do ensino profissional e da cultura geral que se deve orientar aquela formação....Mas tudo isto será incompleto e duvidoso se o comando,professores e instrutores não cogitarem de formarem espíritos e personalidades ".

Sobre esta visão e concordante com o marechal Dutra existe placa em pérgula da AMAN sobre opinião sobre o assunto do marechal Charles De Gaulle quando em visita ao Brasil.Ou que a Cultura Geral deve ser pedestal da Cultura Profissional do oficial.E a História Militar concorre para solidificar as duas culturas.

POSSE DO GENERAL PLÍNIO PITALUGA NA AHIMTB

Em 25 agosto ,Dia do Soldado, a AHIMTB evocou a memória de seu patrono o Duque de Caxias ,ocasião em que foi empossado como acadêmico o general Plínio Pitaluga ,cuja saudação elaborada pelo cel Elber de Melo Henriques e mensagens do general Pitaluga,ausente por motivo de doença, foram lidas pelos cadetes do Curso de Cavalaria da AMAN:Maurício Avelar Tinoco;Hugo Marcelo Ferraz Cabral e Londero.O Esquadrão ten Amaro comandado na FEB ,pelo então capitão Pitaluga, se fez presente na pessoa de seu comandante major Flores .Conforme desejo do acadêmico general Pitaluga ele fará o elogio de seu patrono de cadeira o gen Raul Silveira de Mello, o historiador militar da Fronteira Oeste,em 26 outubro,por acasião da posses como acadêmicos dos historiadores e ex-combatentes da FEB ,coronéis de Artilharia Elber de Mello Henriques e J.V.Portella Ferreira Alves que ocuparão respectivamente as cadeiras que tem como patronos o mal Humberto Castelo Branco e o Barão do Rio Branco.

O MUSEU DO EXÉRCITO NO FORTE DE COPACABANA l986-96

Dia 28 set 1966 se constitui em marco assinalado do sonho de o Exército possuir o seu Museu .Ideal marcado no passado por mais contramarchas do que avanços.A atual idéia do Museu do Exército no Forte de Copacabana já comemora um decênio.Em 1986 o então gen bda Francisco Rodrigues Fernandes Junior nomeou uma comissão provisória presidida pelo cel Eng QEMA Claudio Moreira Bento ,então diretor do Arquivo Histórico do Exército e constituída entre outras personalidades pelo ten cel Cav R1 Deocleciano Ajambuja ( já falecido),que foi a alma do projeto ,e por D.Amália Luci Geisel.A Comissão em tela produziu suas conclusões de que resultaram a criação do Museu Histórico do Exército no Forte de Copacabana, por Portaria Ministerial 061 Res ,de 19 dez 1986 do Exmo Sr Ministro do Estado do Exército gen Ex Leônidas P.Gonçalves.A Comissão supra mencionada em documento de 30 abr 1987, assinado por seu presidente, fazia entrega ao comandante do Forte e Diretor do Museu Histórico cel Art QEMA Romeu Antônio Ferreira de Relatório com estudos e Sugestões da Comissão Provisória de Estudo e Organização do Museu Histórico do Exército ,tendo anexas 9(nove) fitas cassetes gravadas por acasião das reuniões da Comissão no Arquivo Histórico do Exército.Com a saida do gen Francisco Rodrigues Fernandes Junior da Secretaria do Exército, o qual era o dínamo animador e apoiador material e moralmente da idéia aprovada pelo Ministro Leônidas P.Gonçalves , o projeto foi definhando, perdendo a impulsão e entrando em compasso de espera.

O atual Ministro do Exército gen Ex Zenildo Gonzaga Zoroastro de Lucena, decidiu levar a idéia adiante. S.Excia encontrou respaldo no dinamismo e conhecimentos de seu Diretor de Assuntos Culturais gen Div Carlos Patrício de Freitas Pereira e na notável capacidade administrativa do cel Art QEMA José Luiz Freitas ,comandante do Forte e Diretor do Museu do Exército .Assim,o Museu atingiu estágio de implantação notável entre 13 nov 1995 e final de ago 1996. Em 24 out no Aeroporto Internacional no Rio, o atual presidente da AHIMTB foi convidado pelo Exmo Senhor Ministro do Exército a comparecer no Forte de Copacabana, o que realizou em 13 e 14 nov e, a oferecer sugestões ao projeto que foram realizadas e discutidas com o cel José Luiz Freitas e assessores em 23 nov no CRI em Itatiaia.

No início de set 1996, novamente a convite do Diretor do Museu o presidente da AHIMTB compareceu ao Forte de Copacabana, onde entre outros assuntos constatou os seguintes avanços: Reforma geral dos desgastados pavilhões do tradicional Forte de Copacabana;magnífica alameda margeando o Pavilhão de Comando, contendo bem conservados canhões usados pelo Exército ao longo dos tempos ;em implantação final do Salão Colônia Império para inauguração prevista para 28 set;reformado o pavilhão destinado a abrigar o Salão República, em fase de planejamento:Laboratório do Museu instalado ,bem como outras repartições de apoio, onde sobressai a Reserva Técnica, para não citar-se o aspecto primoroso do ponto de vista de conservação e museológico do histórico Forte de Copacabana, ligado ao Episódio dos 18 do Forte de Copacabana.Todo este conjunto complementado por auditório,biblioteca etc, fazem hoje do Forte de Copacabana e Museu do Exército um verdadeiro Centro Cultural de grande projeção para um melhor conhecimento da História do Exército por seu público interno e externo .E neste com especial destaque aos estudantes brasileiros do Rio ,para os quais aquele Centro Cultural do Exército se constituirá em ambicionada visita.O Senhor Ministro do Exército prestou no nome da Biblioteca que irá inaugurar no Forte, uma justa homenagem ao falecido cel Art Neomil Portella Ferreira Alves,fundador e editor por longos anos, do valioso mensário Letras em Marcha, através do qual tem se manifestado muitas e variaas vertentes da Cultura Militar Brasileira.Esta de parabéns o cel José Luiz Freitas e sua esforçada equipe, pela árdua luta em que superaram a falta e deficiências de recursos humanos, em pról da consolidação do Museu do Exército no Forte de Copacabana ,sonho perseguido que em 19 dez 1996 completará 10 anos de ingente luta para torná-lo realidade.Os mais sinceros votos de O GUARARAPES de consolidação progressiva deste emprendimento-que a AHIMTB classifica de Relicário da Memória Histórica do Exército e de sua gente.

TEN DJALMA( SOARES DUTRA) MORTO EM COMBATE EM 1930?

A jornalista tricordiana Ilze Garcia Ribeiro pesquisa a vida do ten de Cav do Exército Djalma Dutra, que na madrugada de 12 out 1930 foi atingido a bala"acidentalmente"quando se preparava com forças revolucionárias para atacar o 4 o RCD, então sediado onde hoje funciona a EsSA.A, jornalista defende a idéia, com apoio em indícios que lhe forneceram, de que o ten foi assassinado e não atingido acidentalmente. Solicita a quem puder fornecer-lhe dados sobre o heroi da Coluna Prestes e seus familiares.O ten Djalma faleceu solteiro era filho do Capitão de Fragata João Antônio Soares Dutra,de família tradicional em nossa Marinha de Guerra.Endereço da pesquisadora ;Rua N.S Aparecida 163. Tres Corações-MG.- CEP 35.410-000 -Fone 035/2321472.

A ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL NA VISÃO NOBRE DO ACADÊMICO GENERAL PLÍNIO PITALUGA.

O acadêmico general Plínio Pitaluga em agradecimento a sua posse na cadeira 28 da AHIMTB -gen Raul Silveira de Mello, enviou carta ao seu presidente ,do qual o GUARARAPES destaca estes trechos elucidativos e de emoção castrense:

"A Academia de História Militar Terrestre do Brasil esta num grande jardim do Vale do Paraiba do Sul,como que a seguir o exemplo dos gregos ,os quais ,em contato direto com a natureza buscaram o ambiente propício para as elaborações filosóficas e outras inquietações humanas.A Academia da Grécia , a Escola Filosófica de Platão ,funcionava nos jardins doados pelo herói grego ACADEMUS, para a fundação de parque de Educação Física.A condução da Academia da Grécia foi sofrendo modificações até o sec.VI ,quando, na prática não passava de uma agremiação religiosa.Na Idade Média foram surgindo as Academias de Artes,Ciências ou Letras.Na França ,na Itália ,na Inglaterra e na Alemanha ,sob diversos auspícios as Academias se multiplicaram .Praticamente Carlos Magno fundou a Academia Francesa que serviu de modelo para a Academia Brasileira de Letras , em 1895.

A Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB),surge em área especial,de privilégios ecológicos,tendo Resende-Itatiaia,centros que ligam as capitais do Rio de Janeiro e São Paulo e as áreas ricas pela história,fatos,lendas, tradições e atividades sociais,indústriais,agrícolas.Ela honra sobremodo a expressão militar terrestre ,que tem como ápice a Academia Militar das Agulhas Negras,culminância que hoje domina a História Militar Terrestre do Brasil ................Estarei como acadêmico me esforçando para corresponder aos objetivos da Academia ,maximé destacando a necessidade de se introduzir em nossas Universidades ,a exemplo de outros paises (grandes potências,potências e grandes nações), a Cadeira de Estudo da Guerra ,como fato social da maior expressão ,para se obter o equilíbrio político, social e econômico entre as Nações , no afã de se conseguir a limitação e mesmo a extinção dos conflitos bélicos entre as nações..........

.........Quero agradecer a honra que a Academia de História Militar Terrestre do Brasil me conferiu e,em especial ,quando se vai vislumbrando os meus dias finais de existência ,sem outros coloridos senão o de servir ã Pátria ,aos meus companheiros ex-combatentes ,com dignidade e humildade ...... Ass:gen Plínio Pitaluga."

LITERATURA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

O cel Inf QEMA R/1 Mário José de Menezes ,historiador militar da Guarnição do Exército em Santa Maria-RS e membro do Instituto de História e Tradições do RGS e da Academia de História Militar Terrestre do Brasil ,acaba de relançar bastante ampliada sua valiosa obra de resgate da História da 3a Divisão de Exército em Santa Maria .Seu endereço a interessados no assunto ,inclusive para usar seu trabalho como guia no resgate da História de outras Grandes Unidade do Exército:Travessa Mendes Nunes 77,apto 203 Santa Maria-RS.CEP 97.010-340.

O cel Art QEMA R1 Nilton Freixinho historiador e pensador político brasileiro que estreiou na produção histórica em 1992 com -O poder permanente da História, pela Kosmos ,premiado pela ABL em 1993 ,acaba de ofertar a Academia de História Militar Terrestre do Brasil ,cuja idéia elogiou efusivamente - Brasil os difíceis caminhos da Integridade, pela mesma Kosmos.Trata-se de obra que procura despertar a conciência nas lideranças responsáveis pelos destinos do Brasil, das dificuldades vencidas pelo Brasil em 500 anos para se delinear,construir e manter um Brasil de dimensões continentais ,coeso,inteiro e unido ,a despeito dos fatores adversos que investiram visando a sua desagregação.Como a História estuda o Passado para entender-se o Presente e assim melhor planejar-se e construir-se o Futuro possível ,no caso o do Brasil ,espera o autor que seu livro ajude as lideranças brasileiras a vencer ,a crise conjuntural que o ESTADO-NAÇÃO BRASILEIRO atravessa neste final do sec.XX.Seu endereço aos interessados na obra : Rua Alte Sadock de Sá 98/201. Ipanema-Rio de Janeiro-RJ.CEP 22471-030 .Fone 021/287-8740.Por seu turno a Academia de História Militar Terrestre do Brasil dá as boas vindas ao autor ao campo hoje pouco guarnecido da História Militar do Brasil ,assunto estratégico ,violentamente vítima da crise conjuntural a que refere o autor ,o Brasil estar atravessando.Confirmar é obra de simples verificação !

Luiz Aranha Corrêa do Lago,neto de Osvaldo Aranha, acaba de lançar a obra -Osvaldo Aranha -O Rio Grande e a Revolução de 30.(Rio,Ed.Nova Fronteira,1998).Livro de grande interesse da História Militar Terrestre do Brasil.Osvaldo Aranha cursou como interno contribuinte o Colégio Militar do Rio de Janeiro, de 1 o abr 1908 a 1911 ,por cerca de 4 anos ,dos 14 aos 18 anos,local onde tornou-se um homen, tendo inclusive comandado como aluno o Esquadrão de Cavalaria.Figurou em todos os anos no Quadro de Honra e foi titulado Sócio Honorário da Sociedade Literária do Colégio Militar.Atribui-se aos conhecimentos militares que adquiriu no Colégio Militar o sucesso de suas participações como líder militar civil no combate no Rio Grande do Sul às revoluções de 23 e 26 quando foi ferido na de 23, no combate da ponte do Ibirapuitã, em Alegrete e gravemente no calcanhar direito no combate do Seival ,entre Lavras e Caçapava.Na vitoriosa Revolução de 30 coube- lhe no mais alto nível a coordenação das operações militares, tendo comandado pessoalmente o assalto ao QG da 3a Região Militar ,em 3 out 1930 ,de que resultou a prisão de seu bravo comandante.Foi um dos defensores da idéia hoje concretizada da AMAN,viabilizando os recursos necessários para o grande empreendimento.Tancredo Neves assim definiu o soldado valoroso que se abrigava em Osvaldo Aranha desde os anos do CMRJ:

"Gaúcho autêntico,na nobreza,no cavalheirismo,na bravura,na lealdade,mas sobretudo na generosidade...Nunca vi ninguëm subir tão alto pela coragem,pela bravura indômita e disposição de resistência : toda a alma impetuosa ,valente do gaúcho nele acordava... e dos Pampas parecia-lhe chegar pelas sopradas do vento a mensagem de sua história: pelear por sina e morrer com glória..."

O livro em tela enriquece a História Militar Terrestre do Brasil!

Fax da Nova Fronteira 286-6755 e Fone 537-8770

Foi relançado ampliado na Bienal em São Paulo o valioso Dicionário de Batalhas Brasileiras, de autoria de Hernani Donato ( Rua Sergipe 627/191 São Paulo-SP CEP 01243-001) .Para onde encaminhar eventual pedido.

O Centro de Pesquisas Literárias (CIPEL)sob a coordenação de sua presidente Professora Hilda A.Hubner Flores acaba de lançar antologia Regionalismo Sul-Rio-Grandense que traz de autoria do presidente da AHIMTB cel Claudio Moreira Bento , artigo intitulado Guerra a gaúcha ,interpretando uma doutrina militar genuína desenvolvida nas guerras e revoluções no Rio Grande do Sul e imposta pelas realidades regionais .É de natureza profissional militar.(CIPEL.Av André da Rocha 311/101 Porto Alegre-RS-CEP 90.050-101)

A Academia recebeu e agradece as seguintes publicações periódicas:

-O Casarão da Várzea, 3,jul 96,Informativo do CMPA,editado por equipe dirigida pelo maj Eng Antonio Cláudio Belem de Oliveira.

-O jornal do Museu do Exército no Forte de Copacabana n o 1.

-Páginas da História .Informativo do Museu Militar PMSP- jul 1996.

-Jornal da AEDB-Resende-RJ(todos os números desde março)editado sob a responsabilidade do bibliotecário da AHIMTB maj Antônio Esteves.

-Desde início de agosto a AHIMTB tem recebido de seu patrono de cadeira em vida ,gen Severino Sombra ,uas crônicas semanais, difundidas pela Brasília Super Rádio FM ,onde aborda problemas brasileiros a nível estratégico .Se desejar recebê-las sugere-se escreva para Fundação Educacional Severino Sombra .Pç Martinho Nobrega 40-Vassouras -RJ- CEP 27.700-000- Fax 0244/711287.Continua página 6

 

A DIVULGAÇÃO DA EPOPÉIA DA FEB EM NOVELA DA TV GLOBO

A novela da Globo -Rei do Gado ,que tem ido ao ar em horário nobre e com enormes índices de audiência ,tem levado a milhões de espectadores e de maneira justa ,nobre e comovente a saga da Força Expedicionária Brasileira nos campos da Itália ,na 2a Guerra Mundial ,em defesa da Democracia e da Liberdade Mundial, seriamente ameaçadas pelo nazi-facismo.De certa maneira a TV Globo coloca o pracinha Bruno Mesenga e os demais brasileiros que lá tombaram num altar cívico justo ,como o definiu um día o estratego e político grego Péricles ,um dos artifices da Democracia grega ."Os que morrem pela Pátria fazem por ela num só dia que os demais em todas as suas vidas ".Assim talvez sem o pretender, a TV Globo evocou com grandeza os 50 anos da Força Expedicionária Brasileira.Os sinceros aplausos a TV Globo e toda a equipe da novela Rei do Gado por este assinalado serviço à Memória Histórica Militar Terrestre do Brasil.Assinale-se também a forma estimulante com que usam o adjetivo Caxias,como sinônimo de pessoa ética,honesta,e modelo de virtudes cívicas .Adjetivo derivado do Duque de Caxias, soldado padrão do Brasil e patrono do Exército e de nossa Academia de História Militar Terrestre do Brasil.

FALECIMENTO DE HUMBERTO CASTRO FOSSA DE ENCRUZILHADA DO SUL

Faleceu em Encruzilhada do Sul,sua terra natal e da qual era o historiador ,Humberto Castro Fossa que muito jovem estudou no Colégio Militar no Rio de Janeiro e embora não fazendo carreira militar guardou sempre gratas lembranças daqueles tempos e de seus colegas e contribuindo sempre com assuntos relacionados com a História Militar do Rio Grande do Sul que muito estudou e conhecia e divulgava em jornais de Encruzilhada do Sul ,localidade que teve origem numa base de guerrilhas contra os espanhóis na guerra 1763-76.Com Humberto Fossa morre significativa parte da História de Encruzilhada do Sul se não tiver lá continuadores e incentivadores de sua obra.Ë com pezar que o GUARARAPES registra esta perda de um grande estimulador seu.Humberto Castro Fossa era uma Enciclopédia Encruzilhadense.

DESPEDIDAS DO GEN MAC ARTHUR DO SERVIÇO ATIVO EM WEST POINT

O grande general Douglas Mac Arthur ex -aluno da Academia Militar de West Point , a equivalente a nossa AMAN e históricamente 9 anos mais nova que esta ,por ter sido fundada em 1801 ,decidiu despedir-se do Exército naquela Academia que muito amava e em discurso no refeitório para o Corpo de Cadetes assim destilou o seu amor contagiante por sua escola:

"DEVER ,HONRA E PÁTRIA .Estas palavras indicam o que os srs devem ser,podem ser e o que serão.Palavras de incentivo que forjarão o carácter de cada um.Que lhes excitarão a imaginação e o vigor das emoções.Delas brota a pureza das fontes da vida e o predomínio da coragem sobre a timidez, a ânsia de aventura contra a tendência ao lazer e a motivação de todo o oficial e de todo o cavalheiro.De suas fileiras aqui ,sairão os grandes comandantes que terão os destinos da pátria na hora do conflito.Os cadetes de West Point jamais falharam ! Se tal vier acontecer um milhão de fantasmas de fardas verde oliva,caqui e azul e cinza se erguerão das sepulturas bradando as palavras mágicas DEVER ! HONRA E PÁTRIA!Não que se deva fomentar guerras .Pelo contrário ,o verdadeiro soldado anseia a paz.Porque ele sofrerá as agruras e as cicatrizes da guerra .Mas recordem sempre as palavras de Platão-Só os mortos viram o fim das guerras !

Alguém certa feita perguntou-me! -Qual é a sua terra? E respondi.-Minha terra é de certa forma o Exército! Até as minhas fraldas eram caqui.Na verdade eu considero a Academia Militar de West Point o meu lar .Pois em seus salões ,campos de futebol e salas de aula em me fiz homen .E no fundo de minha memória eu retorno sempre a esta Academia de West Point e no fundo da memória sempre ecoam -DEVER,HONRA E PÁTRIA!.....Os velhos soldados não morrem se esvaem.Eu me despeço."( Extraído do filme-O general Rebelde )e creio sirvam aos cadetes da AMAN.

A MISSÃO DE PAZ DO EXÉRCITO NO SUEZ NA MÚSICA GAUCHESCA

O inspirado e consagrado trovador(poeta e músico) gaúcho JOSÉ LINO DIAS que foi soldado do 20 o Contigente do Exército enviado ao Suez , lá foi colhido pelo choque entre Israel e Egito ,como motorista de carro tanque e ferido então por estilhaço de granada.Ele lançou fita cassete -UM CAUDILHO DO DESERTO ,na qual dedica a todos os integrantes do Exército e em especial aos veteranos do Batalhão Suez as canções:"Chamamento aos pracinhas do Suez","Pracinha do Suez","Bugio do Egito"e "Filho de Canguçu"em que evoca em inspiradas letras e músicas esta missão exercida pelo Exército a serviço da Paz Mundial ,como Força de Paz da ONU. Os interessados se dirijam ao autor José Lino Dias -Rua João de Deus Nunes 25-Canguçu-RS-CEP 96.600-000.A fita causa muita emoção castrense aos soldados que a escutam !

A AHIMTB REALIZA SESSÃO NA FUNDAÇÃO OSÓRIO NO RIO DE JANEIRO

Em 26 set teve lugar na Fundação Osório ,em concorridissima cerimônia que contou com a ativa e animada participação de órfãs de militares das Forças Armadas ,as posses como acadêmicos dos coronéis Claudio Moreira Bento e Arivaldo Silveira Fontes ,presidente e vice da AHIMTB, nas cadeiras cujos patronos são os marechais José Pessoa e Estevão Leitão de Carvalho.

O GUARARAPES-Redação Rua Florença 266-J.Rosas-Itatiaia-RJ-27.580-000


 

"Para alimentar o cérebro de um Exército na paz, para prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais fecundo em meditações e lições do que o da História Militar."