INFORMATIVO GUARARAPES- 2012              

                         AHIMTB/Resende
Mal.              Mal. Mário Travassos


 
Fundada em 23 de abril  de 2011
em continuidade a AHIMTB,
fundada
  em 1º Março 1996

 

O GUARARAPES

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DA

 FEDERAÇÃO DAS ACADEMIAS DE HISTÓRIA MILITAR

TERRESTRE DO BRASIL (FAHIMTB) E DA AHIMTB/Resende

 MARECHAL MÁRIO TRAVASSOS

 

POSSE DOS ACADÊMICOS CEL JOÃO PAIVA FILHO E
 LUIZ RENATO BRAGANHOLO

 

 

          CGC 0149.52/0001-09                                           www.ahimtb.org.br

 

Ano 2012,  nº11 – FAHIMTB AHIMTB/Resende 09 NOV.

    

 

  

Mesa Diretora da seção conjunta FAHIMTB, AHIMTB/Resende Marechal Mário Travassos e Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul. Da esquerda para a direita. Cel Julio, 2º Presidente de Honra da AHIMTB/Resende, Prof Júlio Fidelis acadêmico e vice presidente do Instituto de Estudos Valeparaibanos e da Academia Resendense de História, Cel Sinoti, comandante do Corpo de Cadetes e Presidente de Honra da seção, representando o Gen Bda Júlio Cesar Arruda comandante da AMAN e presidente de Honra da FAHIMTB e AHIMTB/Resende. Cel Bento Acadêmico Emérito presidente da FAHIMTB, AHIMTB/Resende e IHTRGS, Cel Malebranche, acadêmico e Presidente do Conselho Fiscal da FAHIMTB e AHIMTB/Resende, Cel Damasceno Presidente do CIMAN e Cel Neri Dorneles 2º tesoureiro da FAHIMTB e AHIMTB/Resende.( Foto Cel Dr Flavio Arruda Alves Colaborador Emérito da FAHIMTB)

FINALIDADE DA SEÇÃO

Pelo Presidente Cel Bento:– A presente Seção solene conjunta, da Federação das Academias de História Militar Terrestre do Brasil , AHIMTB/Resende Marechal Mário Travassos e do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul tem por finalidade:     

 - Empossar o Cel. João Paiva Filho na cadeira especial da FAHIMTB do militar da Guarda Nacional pioneiro do tradicionalismo Gaúcho e historiador militar o Capitão João Simões Neto, o maior escritor regionalista gaúcho, no centenário do lançamento de seu livro, Contos gauchescos, e  o  empresário Luiz Renato Braganholo, tradicionalista e historiador militar na cadeira Ten Cel .do Exército  João Cezimbra Jaques, escritor e tradicionalista, consagrado como patrono  do Movimento Tradicionalista Gaúcho

     - Homenagear o Pelotão Brasil, aqui presente integrado por  patriotas civis aqui presentes em número de 22  coordenado por José Roberto Consentino e que desde 2008 vem visitando unidades militares pelo Brasil afora e hoje visitaram a AMAN.

  

 
Uma visão da assistência em 1º plano o Acadêmico Luiz Renato Braganholo e as esposas da esquerda para a direita do coronéis Peres, Paiva Filho, Sinoti e Júlio.
 E ao fundo integrantes do Pelotão Brasil e coronéis Dornelles e Fernando Bassoto que gentilmente fez a cobertura fotográfica do evento

RECEPÇÃO DE ACADÊMICOS

Pelo acadêmico e vice Presidente da FAHIMTB e AHIMTB/Resende

Cel Carlos Roberto Peres representando os sentimentos de todos os membros da FAHIMTB

            Hoje é um grande dia para a Federação de Academias de História Militar Terrestre do Brasil, pois nesta sessão conjunta solene,como o Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul  recebe a honrosa  missão de representar os integrantes destas entidades em receber mais

dois novos Acadêmicos. O primeiro é o Cel João da Costa Paiva Filho, natural de São Gabriel, no Rio Grande do Sul. Graduou-se na AMAN, onde recebeu o Título de Bacharel em Ciências Militares, como oficial da Arma de Infantaria. Cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, onde recebeu o Título de Mestre em Aplicações Militares. Posteriormente realizou o curso da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército onde recebeu o Título de Doutor em Aplicações, Planejamento e Estudos Militares.Ao longo da carreira realizou os cursos de Operações na Selva, no Centro de Instrução de Guerra na Selva, em Manaus e de Escalador Militar no 11º BIMnt, em São João Del Rei. Foi habilitado pelo Centro de Estudos do Pessoal nos idiomas Inglês e Espanhol e realizou, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Curso de Pós Graduação em Gestão Estratégica de Recursos Humanos.

Na área de ensino, foi instrutor do Curso Básico da AMAN e do Centro de Instrução de Guerra na Selva e posteriormente, exerceu as funções de S/1 do Corpo de Cadetes e de Comandante do Curso Básico. Como oficial do Quadro de Estado-Maior da Ativa, foi Chefe de Seção da 1ª Bda C Mec, comandou o 9º Batalhão de Infantaria Motorizado,o Batalhão Tuiuti e foi chefe de Estado-Maior da 8ª Bda Inf Mtz e assessor de alguns dos mais importantes generais integrantes do Alto comando do Exército.Exerceu a chefia da Divisão de Ensino e, por mais de dois anos, o subcomando da AMAN no comando  acadêmico General de Exército Marco Antônio de Faria e missão na qual representou a Academia, chefiando a Delegação Brasileira no Desfile Militar de 14 de Julho de 2005, em Paris, em comemoração ao Ano Brasil-França. No exercício desta importante função, empregou todos os seus conhecimentos e experiências anteriores tendo se havido com invulgar desempenho, se tornado um exemplo a ser seguido por seus pares e subordinados e ao final da qual foi transferido para a reserva.

Já na reserva exerceu com desenvoltura e abnegação a difícil tarefa de presidir o Circulo Militar das Agulhas Negras, onde empreendeu inúmeras realizações.

Voltado deste menino para o culto das tradições do Rio Grande do Sul, a sua Querência  natal, teve atuação marcante  nas atividades do centros de Tradições Gaúchas que integrou .Atua como chefe de Gabinete na Câmara Municipal de Resende, onde vem prestando relevante contribuição à nossa Comunidade e à sua Casa de Leis.

Ao longo de sua carreira realizou vários trabalhos literários nos curso que frequentou, destacando-se a sua participação, ainda como subcomandante da AMAN, no planejamento para produção e organização do livro do Bicentenário da AMAN.

É casado com a Sra Maria Tereza e o casal tem uma filha e um filho, que também é oficial de Infantaria do nosso Exército

.O segundo é o Sr Luiz Renato Braganholo, natural de Tapera, no Rio Grande do Sul e Reservista do Exército Brasileiro, na graduação de 3º Sargento.Durante o tempo em que permaneceu no Exército realizou os cursos de Monitor de Educação Física, na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, Rio de Janeiro e de Combatente de Selva, no Centro de Instrução de Guerra na Selva, em Manaus, onde recebeu o nº 526.É pioneiro, como estagiário nº 22, do Estágio de Transporte Aéreo, do Centro de Instrução Paraquedista Gen Penha Brasil, no Rio de Janeiro.

Exerce a atividade empresarial em Resende a mais de 33 cinco anos, tendo sido responsável pela realização de inúmeros empreendimentos nessa área e na comunitária, dentre os quais podemos destacar: - Presidente da C D L (Câmara de Diretores Logistas Resende) por dois mandatos;- Presidente do Rotary Club Resende Agulhas Negras;- Venerável Mestre da Loja Maçônica União e Fraternidade 107;- Fundador do Sindicato do Comercio Varejista de Resende;- Fundador da GUARDA MIRIM AGULHAS NEGRAS; e - Membro do CODESURB (Conselho de Desenvolvimento Urbano) da Prefeitura Municipal de Resende. Estudioso das atividades militares e afins realizou o Estágio sobre Segurança e Desenvolvimento, desenvolvido pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, Delegacia de Resende, tendo participado de várias discussões sobre os temas.

Voltado para as tradições do Rio Grande do Sul, seu torrão natal, tem atuação decisiva e destacada nas atividades dos diversos Centros de Tradições Gaúchas, do qual é integrante, dos CTG Porteira do Faxinal (fundador), em Alto Alegre, no Rio Grande do Sul, União Tradicionalista Gaúcha, no Rio de Janeiro e Galpão da Saudade, na AMAN, e Porteira das Agulhas Negras, ambos em Resende. Com base no tema tradicionalista do Rio Grande do Sul realiza palestras em diversas Escolas e entidades, em várias cidades do país, divulgando os fatos e feitos históricos de sua terra nata em especial sobre a Revolução Farroupilha .Atualmente exerce as seguintes atividades tradicionalistas: - Patrão do CTG Porteira das Agulhas Negras, em Resende; - Chirú-das-Falas e Membro do Conselho de Vaqueanos, do CTG Porteira do Faxinal, em Alto Alegre; - 3º Vice-Presidente do Instituto de Historia e Tradições do Rio Grande do Sul, Resende; e - 1º Tesoureiro da Federação de Academias de Historia Militar Terrestre do Brasil e AHIMTB/Resende

Participante das atividades da vida pública recebeu os Títulos de Cônsul Honorário do Rio Grande do Sul e, posteriormente, o de Cidadão Resendense, concedido pela Câmara Municipal de Resende, pelos relevantes serviços prestados à nossa Comunidade.Realizou vários trabalhos literários nas atividades das quais participou, destacando-se a sua produção de palestras e textos sobre a cultura e as tradições do Rio Grande do Sul.

O Sr Renato é casado com a Sra Janete Arbex e o casal tem duas filhas e dois netos.

É pois, com grande satisfação, que a Federação de Academias de História Militar Terrestre do Brasil, recebe os seus dois mais novos membros, respectivamente seu 1º Tesoureiro o acadêmico Renato  e o seu coordenador ,o acadêmico Cel Paiva Filho  na certeza de que poderá contar com suas importantes colaborações para consolidar ,  aprimorar e manter  A Federação de Academias História e suas 4  AHIMTB federadas  e a  desenvolver  o seu rico  o patrimônio histórico-cultural, hoje acolhido  na AMAN, por iniciativa de seus comandantes, o acadêmico Gen Div Edson Leal Pujol e pelo Gen Bda Júlio Cesar de Arruda, presidente de Honra da FAHIMTB e da AHIMTB/Resende Marechal Mário Travassos, por sentirem a enorme relevância desta instituições e do seu acervo bibliográfico e documental sobre a História do Exercito, por elas acumulado em 16 anos e por seu presidente em 41 anos e entregue a sua proteção e à disposição de todos os pesquisadores de História do Exército

Sejam muito bem vindos Sr Acadêmicos João da Costa Paiva Filho Luiz Renato Braganholo .  Tomem assento a casa é vossa

ELOGIO DE SEU PATRONO JOÂO SIMÕES LOPES NETO PELO ACADÊMICO JOÃO PAIVA FILHO

   Profundamente sensibilizado com o convite a mim formulado pelo Sr. Cel. Claudio Moreira Bento, Presidente da Federação das Academias de História Militar Terrestre do Brasil, da Academia da História Terrestre do Brasil/Resende “Marechal Mario Travassos”e do Instituto de HISTÓRIA E Tradições do Rio Grande do Sul, para integrar o quadro dos componentes  destas destacadas Instituições de História Militar, pleno de

 

 
O acadêmico Cel João Paiva Filho fazendo o elogio a seu patrono João Simões Lopes Neto ao lado tendo em seu palito pendente a Medalha do Mérito Farroupilha
com a qual foi agraciado pelo Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul(IHTRGS)
(Foto do Cel Flavio Arruda Alves e do patrono da plaqueta do Cel Bento O Gaucho nº19 , 2002 vide bibliografia ao final

orgulho em poder ombrear com companheiros e historiadores de renome, pertencentes ao seu quadro permanente, cujos trabalhos tanto vem dignificando a  história militar, com pesquisas e publicações de valor incomensurável para a preservação de nosso passado e de nossas tradições, cujos assuntos se relacionam de forma intrínseca com o Exército Brasileiro, onde servi por mais de trinta e sete anos consecutivos, de Manaus  no Amazonas até os mais variados rincões de meu querido Rio Grande, passo nesse momento a sentir nos ombros a imensa responsabilidade que me é investida ao ostentar o título de acadêmico. Minha satisfação pessoal se completa com a sábia e oportuna decisão do Presidente da FAHIMTB Cel Bento ao resolver me brindar com a cadeira cujo Patrono é JOÃO SIMÕES LOPES NETO, gaúcho, tradicionalista, dotado de índole e pensamento militar, de origem campeira. Qualidades estas que em muitos sentidos se assemelha com modo de vida que adotei. Mas quem é João Simões Lopes Neto? Segundo ele mesmo: “eu tive campos, vendi-os; frequentei uma academia, não me formei; mas sem terras e sem diploma continuo a ser...Capitão da Guarda Nacional.”-Segundo o seu maior historiador, Carlos Reverbel, em trechos do livro “Um Capitão da Guarda Nacional”: “Simões Lopes Neto teve uma expressiva contribuição intelectual ao regionalismo sul-rio-grandense. E promoveu intensa valorização histórica do gaúcho, apresentando fidelidade aos costumes locais e a linguagem nativa”. -Segundo trecho de sua obra Cancioneiro Guasca:

“Eu nasci para o mundo,  Para este mundo cruel. Só quero cortar os pampas,No dorso do meu corcel.Este meu pingo galhardo,Este meu pingo fiel. Eu sou como a tempestade, Sou com rijo tufão,Que esmaga os vermes na terra E sobe para amplidão. Eu sou o senhor dos desertos Monarca da solidão.”

-É autor das seguintes obras: Cancioneiro Guasca (1910); Contos Gauchescos (1912), sendo no corrente ano comemorado o centenário de seu lançamento; Lendas do Sul (1913) e Casos dos Romoaldo (1914). - Destaco em especial a lenda do Negrinho do Pastoreio, clássico da literatura sulina e uma das mais decantadas estórias com tema regionalista do acervo literário brasileiro.         Os caminhos traçados pelo “Patrão Velho lá de riba” para nossa vida, em muitas ocasiões voltam a se encontrar em uma mesma encruzilhada. Servi em diversos rincões de minha terra natal: como aspirante e tenente em Santa Maria, Major em Santiago, Tenente Coronel em Pelotas e Coronel em Porto Alegre como assistente do Comandante Militar do Sul, o que me proporcionou vasculhar todas as querências do meu pago.        Entretanto, em especial, aqui desejo me referir aos três anos que residi com a minha família em Pelotas, bela cidade hoje denominada “Capital Nacional do Doce”, onde tive a satisfação de travar intenso e proveitoso relacionamento com a sociedade local. Lá comandei o 9°BIMtz, o histórico Regimento Tuiuti, mais conhecimento como “Velho Nono” e, na sequência, desempenhei as funções de Chefe de Estado- Maior da 8° Bda Inf Mtz “Brigada Manoel Marques de Souza I”. Naquela terra aprendi a admirar seu povo, sua cultura e o envolvimento da sociedade com tudo que diz respeito à história, aos costumes gauchescos e a dignificar seus filhos ilustres. Neste período, também tive oportunidades de travar conhecimento com a vida e a obra de Simões Lopes Neto, personalidade luminar da cultura pelotense, admirado, cultuado e respeitado por seus conterrâneos. Assim, trave contato com pessoas, historiadores e admiradores que se dedicam a pesquisar e divulgar seus feitos. Cito, em destaque, a proveitosa convivência com meu particular e prezado amigo, Maj Angelo Pires Moreira, reconhecido historiador militar, gaúcho com trabalhos editados sobre as obras de Simões Lopes Neto.           Coincidentemente, residi na Vila Militar da Guarnição, situada no Bairro Fragata, exatamente no local onde, em 1908, foi criado o antigo Tiro Brasileiro de Pelotas, considerado como o segundo tiro de guerra a funcionar no Brasil e detentor do privilégio de ter criado a primeira linha de tiro, para treinamento fora de Unidades militares no Brasil, sendo um de seus principais incentivadores, e mais tarde como Diretor, responsável por seu funcionamento. 

         Nesse mister, já naquela época, Simões Lopes demonstrava seu louvável interesse e busca incessante por uma sadia e patriótica formação militar para os jovens locais, direcionada para a defesa da Pátria,   preocupando-se em  lhes transmitir espírito de civismo e noções de disciplinada cidadania. Foi agraciado com o Título de Capitão da Guarda Nacional, sendo este fato, sendo esta uma de suas maiores satisfações pessoais e motivo de imenso orgulho para nosso Patrono.

          Pequeno resumo de sua biografia: Nascido em 1865, na Estância da Graça, na zona Rural do Município de Pelotas,  de propriedade de seu avô paterno, o Visconde da Graça, o que lhe tornou descendente de tradicional e aristocrática família pelotense, tinha como ancestrais imigrantes portugueses e índios nativos do Rio Grande de São Pedro.             Aos trezes anos veio para o Rio de Janeiro estudar no famoso Colégio Abilio, e segundo alguns historiadores, fato não confirmado, ali também passou pela Faculdade de Medicina. Retornando a Pelotas por motivos de saúde, ainda muito jovem, lá completou seus estudos.         Naquela cidade, como diz o gaúcho, foi de tudo um pouco:   professor, tabelião, funcionário público, comerciante, capitão de  industria, aventureiro, dramaturgo e produtor teatral, jornalista, poeta e escritor. Dotado de extraordinário tino para o empreendedorismo, até mesmo considerado um pouco exagerado para seu tempo, envolveu-se em incontáveis empreitadas, entre elas: fábrica de vidro e de cigarros, destilaria, laboratório químico, torrefação e moagem de café, mineradora de prata e inventor da tabacina, mistura formulada a base de tabaco, com a finalidade de eliminar sarna e carrapato. Porém, seu destino e seu viés jornalístico já estavam traçados. Se embrenhando nas lides escritas, em prosa e verso, atuou em vários periódicos regionais, desde articulista, até diretor de jornal. Foi um dos fundadores da União Gaúcha, entidade tradicionalista e que hoje leva seu nome, sendo esta uma das primeiras sociedades voltadas para preservação da memória, da tradição e dos costumes nativistas do gaúcho. Por isto mesmo é considerado como pai do nativismo gauchesco.           Aliás, é necessário que se destaque sua preferência pelos temas regionais, herança da infância passada na estância do avô e também, das “campereadas” que realizou junto com o pai nas regiões fronteiriças do Estado, onde ouviu, aprendeu e relatou a vida e o trabalho do peão sulino, sua principal inspiração e fonte para criar os personagens que descrevia em sua obra, incluindo peças teatrais, lendas, artigos e estórias sobre os gaúchos de antanho, sendo este fato reconhecido pelo pioneirismo, no âmbito das entidades e Centros de Tradições Gaúchas.           Além das publicações em jornais e folhetins, os quais caíram no gosto de seus contemporâneos , escreveu inúmeras peças, com preferência pela comédia, e artigos que retratavam as pessoas e o modo de vida do Rio Grande daquela época. Citamos como exemplo Casos do Romualdo, obra que obteve tamanho sucesso, sendo logo divulgada em todo o país, incluindo o nordeste brasileiro, onde a cultura popular já havia adotado outra forma literária. Mais tarde, seus contos e lendas foram traduzidos para o inglês, espanhol, alemão, francês e italiano.

   Em Contos Gauchescos sua narrativa aguçada e de viés regionalista inclui obras primas como Salamanca do Jarau e Mboitatá, além da consagrada lenda Negrinho do Pastoreio. Conforme nos relata José Paulo Paes, um dos pesquisadores que se dedicaram a analise de suas obras “Simões Lopes Netos” encarnou a nostalgia do velho Rio Grande do Sul, desde o império até  a primeira república, cuja rude sociedade pastoril, com seu código de bravura pessoal lhes forneceu os heróis e os motivos de suas novelísticas”.   O acervo por ele publicado inclui ainda uma série de postais sobre a história pátria, os quais visavam divulgar e enaltecer os feitos dos heróis e as conquistas do povo Rio-Grandense e dos Brasileiros. Ainda dentro do pioneirismo de Simões Lopes Neto, é importante relatar que o mesmo, sugeriu a realização da primeira reforma ortográfica da língua portuguesa falada no Brasil, com a intenção de diminuir a influência lusitana em nosso linguajar, procurando imprimir uma conotação mais regionalista ao vernáculo gaúcho e brasileiro.            Seu declínio como empreendedor veio como consequência da Revolução Federalista de 1893, abalando a economia do Rio Grande e afetando profundamente a estrutura produtiva de Pelotas e região.  Perdeu-se o dinâmico empreendedor, mais a partir daí floresceu a veia jornalística e a imensa capacidade criativa do escritor, o qual viria marcar a literatura sulina, influenciando diversos outros letrados, os quais, seguindo seu exemplo, passaram a desenvolver e cultuar temas regionalistas e a expor a tradição nativista como forma de identificação do homem gaúcho com suas origens campeiras.

   Hoje Simões Lopes Neto faz parte da galeria de grandes escritores do Rio Grande e do Brasil, embora tenha produzido uma pequena quantidade de obras, serve, nos dias atuais, como orientação para pesquisadores, estudantes e tradicionalistas. Sua morte, em 1916, na mesma cidade onde nasceu, abriu sua consagração póstuma para os estudiosos de suas obras que o consideram como principal escritor regionalista Sul Rio-Grandense. Desta forma senhores e senhoras presente , penso lhes ter transmitido uma pequena amostra sobre João Simões Lopes Neto, e o porquê de tanto me orgulhar em compor  nossa Academia de História Militar, ocupando a cadeira cujo patrono é este conterrâneo que lhes apresentei de modo sucinto, mas de grande significado histórico pelo legado que deixou, com destaque para a preservação e manutenção do tradicionalismo gaúcho e por sua demonstração dignificante de patriotismo, civismo e dedicação a sua terra, o que nos serve de paradigma e exemplo para que também possamos honrar sua obra e enaltecer as coisas do Rio Grande e do Brasil.

                                  Algumas fontes sobre Simões Lopes Neto

BENTO, Claudio Moreira Bento.A educação Cívica e o Espírito Militar na visão do Cap GN João Simões Lopes Neto. O Gaucho informativo do IHTRGS nº 19, 2003.

(____).O Capitão da Guarda Nacional João Simões Lopes Neto. Diário Popular, Pelotas, 1set 1974  ( Na Coluna da União Gaucha João Simões Lopes Neto).

(____).O Anjo da Vitória.in:História da 3ª Região Militar 1808-1889.Porto Alegre:SENAI/3ª RM, 1994. v.1, p.192/193( Uma visão gauchesca do morte do General José de Abreu na Batalha do Passo do Rosário)

MOREIRA, Ângelo Pires, maj.O Civismo e o Espírito Militar de João Simões Lopes Neto. Pelotas:Ed. Universitáiai,1999.

REVERBEL, Carlos. Um Capitão da Guarda Nacional.Porto Alegre: Martins Livreiro,1981.

ELOGIO DO ACADEMICO LUIZ RENATO BRAGANHOLO AO SEU PATRONO

                             TEN. CELJOÃO CEZIMBRA JAQUES (1848-1922)

O patrono do Monumento Tradicionalista Gaúcho, Acadêmico Luiz Renato Braganholo.

 

 

O acadêmico Luiz Renato Braganholo fazendo o elogio de seu patrono o Ten Cel Cav João Cesimbra Jaques,(foto ao lado), o Patrono do Movimento Tradicionalista Gaúcho
ostentando em seu peito as medalhas do Mérito Farroupilha e de cavaleiro do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil que lhe foram concedidas pelo IHTRGS e FAHIMTB
por seus distintos serviços a estas duas entidades. Foto do Cel Flavio Arruda Alves e a de Cezimbra Jaques em Escolas Militares de Rio Pardo dos Coronéis Bento e Caminha e citada no texto.

 

        Honrado pelo convite do Cel. Cláudio Moreira Bento, Presidente da Federação de Academias de Histórias Militar Terrestre do Brasil e do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul, assumo a cadeira especial Ten. Cel. João Cezimbra Jaques, em substituição ao acadêmico emérito Cel. Leonardo Araújo que a inaugurou e passo com ele a defendê-la.João Cezimbra Jaques, nasceu em Santa Maria - RS em 13 de novembro de 1848, filho do Capitão da Guarda Nacional, Inácio de Souza Jaques que tombou em ação, em 21 de fevereiro de 1868, em Italacolá em Corrientes -  Argentina, integrando o 1o Corpo de Exército ao comando do General Osório. Era sua mãe, D. Feliciana Maria de Souza, a qual faleceu em 1853 depois da Guerra contra Oribe e Rosas de que seu pai participara, integrando o 7o Corpo Provisório de Cavalaria da Guarda Nacional, como Alferes e secretário deste corpo, ao comando do Coronel João Niderauer, hoje patrono da 9a Brigada de Infantaria Blindada em Santa Maria. Com a morte da mãe ele ficou aos 5 anos aos cuidados de seus avós paternos, em Santa Maria, o catarinense João Guilherme Jaques e D. Feliciana Maria de Souza que também criaram seus irmãos, Salustiano e Honorina .Seu avô foi vereador em Santa Maria. . Em 13 de novembro de 1867 ao completar 18 anos, o jovem João, a revelia de seus avós, alistou-se no 2o Corpo de Cavalaria da Guarda Nacional, do 3o Corpo de Exército, mobilizado no Rio Grande do Sul pelo General Osório. Sua intenção talvez fosse a de se encontrar com o pai que tombaria cerca de 100 dias depois.

Ao terminar a Guerra do Paraguai, retornou como 2o cadete do 4o Regimento de Cavalaria e condecorado com medalha conferida pelos países da Tríplice Aliança; Brasil, Argentina e Uruguai. Requereu sua baixa em 15 de julho de 1870, para retornar a sua querência amada. E em 1o de outubro de 1870, ingressou como

filho de militar e como 2º cadete, na Escola Preparatória em Porto Alegre na Praia de Bellas, a concluindo em 1874 como Alferes de Cavalaria, o que demonstra que foi aluno dedicado. E como Alferes de Cavalaria foi classificado em 1875 no 2o Regimento de Cavalaria em São Borja, sendo transferido em 31 de março de 1876, para Ajudante de Ordens do Comandante da Guarnição e Fronteira de Santana do Livramento.

De 1879 a 1882, cursou Infantaria e Cavalaria na Escola Militar da Praia Vermelha, tendo ao final do curso sido classificado em Bagé no 5o Regimento de Cavalaria.Em 1883, publicou o seu livro; Ensaio sobre os usos e costumes do Rio Grande do Sul.

Em 26 de agosto de 1884 como Tenente foi classificado no 3o Regimento de Cavalaria em São Borja. Em 31 de março depois de 4 anos de inatividade para tratamento de saúde, retornou, parecendo que a Proclamação da República lhe devolvera a saúde.

Em 21 de março de 1891 foi promovido a Capitão e pouco mais de um mês depois, aos 43 anos casou com D. Julia Cidade, de cujo consórcio que durou 6 anos por falecimento da esposa, tiveram eles três filhos, Alberto, Bolívar e Albertina que foram criados a partir de 1997 por sua mãe, e quando comandava em São Borja um Esquadrão de Cavalaria.Foi instrutor de Cavalaria da Escola Militar de Porto Allegre, a seguir da Escola Preparatória em Rio Pardo e de novo em Porto Alegre da Escola Militar de Porto Alegre, onde em 1898 fundaria o Grêmio Gaúcho de Porto Alegre, como com o concurso de alunos e civis no Casarão da Várzea, atual caserna do CMPA. Entidade destinada a preservar, valorizar e vivenciar a cultura, os usos e costumes do Rio Grande do Sul, e unir a família gaúcha. O Grêmio gaúcho por ele fundado foi a raiz do culto sistematizado das Tradições gaúchas, retomado pelo 35° Centro de Tradições gaúchas em 1947, por alunos do Ginásio Júlio de Carvalho e dentre eles Barbosa Lessa,( primo de nosso Presidente Cel. Bento) e de Paixão Cortes. O seu Grêmio gaúcho foi o embrião do Movimento Tradicionalista Gaúcho, hoje, com mais de 3 milhões de tradicionalistas cadastrados em mais de 2000  Centros de Tradições Gaúchas no Brasil e no Exterior e até no Japão e, na China, o CTG China Velha.Por esta razão o falecido Cel. da Brigada Militar Hélio Moro| Mariante, que foi o 1o Vice Presidente do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul e patrono de cadeira na FAHIMTB, destinada a Brigada Militar Gaúcha e grande historiador, poeta e tradicionalista que no VI Congresso Tradicionalista em Cachoeira do Sul, em 19 de Dezembro de 1959, propôs e teve aprovada sua proposta de consagrar o Tenente Coronel de Cavalaria João Cezimbra Jaques, Patrono do Movimento Tradicionalista Gaúcho.

 O seu amigo Dr. Sinval Saldanha assim o descreveu:"Cezimbra Jaques era de estatura média, maças do rosto salientes, grandes orelhas, olhos levemente  amendoados, fronte ampla e bastos bigodes, era um gaúcho autêntico, com pouca barba, trazendo correndo em suas veias o sangue de seus antepassados, indígenas".

Desde a infância e adolescência em Santa Maria, contava-se que ele conviveu com índios guaranis, charrua e minuanos, dos quais aprendeu o seu linguajar.

Segundo ainda o Dr. Sinval Saldanha, Cezimbra Jaques era "original, excêntrico, respeitável por todos os títulos e gosava de alta consideração social".

Os coronéis, Cláudio Moreira Bento e Luiz Ernâni Caminha Giorgis em seu livro; Escolas Militares do Rio Pardo, em 2005, assim o abordam como foi descrito pelo aluno Bertoldo Klinger, como seu instrutor de Cavalaria e também entre outros alunos, Getulio  Vargas, Eurico Dutra e Mascarenhas de Moraes.

"De Cezimbra Jaques se dizia que vez por outra armava a sua barraca no fundo do pátio da Escola e ali passava dias com o seu pingo a soga, churrasqueando e mateando", E acreditam pensando no seu Grêmio Gaúcho que fundara em Porto Alegre e em seus futuros novos livros.

Ao retirar-se da vida militar, apaixonado por sua querência amada, o Rio Grande do Sul, suas atenções se voltam para a atividade de escritor, tendo como tema assuntos relacionados com fatos e costumes do Rio Grande do Sul, que ele vivenciara, dando continuidade a carreira de escritor que iniciara em 1883, seguramente em Bagé com seu livro; Ensaio sobre costumes do Rio Grande do Sul. Foi um dos fundadores da Academia de Letras do Rio Grande do Sul, sendo patrono de sua cadeira n° 19.

Era um pioneiro indigenista e tinha bom conhecimento do linguajar Guarani e Caingangue. Era uma espécie de consul em Porto Alegre  dos indígenas semi-civilizados, encaminhando e apadrinhando suas reivindicações. E sobre o assunto escreveu uma monografia Frases e Vocábulos de Aba Neiga Guarani e Notas sobre selvícolas Em 1911 publicou o  precioso Assuntos.do Rio Grande do Sul. Em 1914 Cezimbra Jaques transferiu-se para o Rio de Janeiro, a fim de acompanhar seus filhos, Bolívar, inspetor de Polícia e Alberto aluno do último ano do Curso de Artilharia da  Escola Militar do Realengo.

E o Dr. Mario Kroeffi seu amigo e mais tarde renomado médico e escritor, testemunha e depõe sobre o drama do amigo, a perda por tuberculose de Alberto e logo depois de Bolívar que Cezimbra encontrou morto na cama, vítima do mesmo mal que levara sua esposa e sua filha aos 10 anos.

E além da saudade do Rio Grande, segundo o Dr. Saldanha, Cezimbra, triste curtia a saudade dos filhos. E na parede ele deparava as fotos dos dois penduradas na parede e mais  uma túnica do filho como aluno da Escola Militar, as quais enfeitava com flores. E que certa feita abriu uma gaveta e lhe mostrou um saco de terra que Cezimbra trouxe do Rio Grande do Sul, lamentando ter que morrer longe do Rio.Grande e pediu aos amigos que ao morrer colocassem aquele punhado de terra no seu caixão, como travesseiro.

O Ten.Cel do Exército João Cezimbra Jaques faleceu de tuberculose, doença que levara sua mulher e filhos, em 28 de julho de 1922, aos 74 anos, no Hospital Central do Exército. Encarregou-se do seu sepultamento seu amigo Mário Kroeff que indo para o Sul, os restos mortais de Cezimbra foram incinerados e esquecidos no Cemitério, segundo pesquisei e não foram enviados para Porto Alegre.

Mas se foi perdido o símbolo material de Cezimbra Jaques, permanece a sua valiosa obra literária, em especial seus valiosos livros:-Ensaio sobre usos e costumes do Rio Grande do SulAssuntos do Rio Grande do Sul e Informações sobre a língua e costumes dos índios do Rio Grande.

E a memória de seu pioneirismo no Exército, com a criação do Grêmio Gaúcho na atual caserna do Colégio Militar de Porto Alegre, do Tradicionalismo Gaúcho, hoje vigoroso pelo mundo afora e do qual foi consagrado o seu patrono Em Resende a idéia do Grêmio Gaúcho fundado em 1898/ em Porto Alegre numa instalação do Exército, a Escola Militar de Porto Alegre. Grêmio Gaucho  que hoje se projeta  em Resende. No Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul em sua 3a Vice Presidência por nós dirigida e na presença de seu fundador em 10 set 1986 em Pelotas,e o seu Presidente Cel. Bento e no CTG Galpão da Saudade dos cadetes Gaúchos da AMAN e no CTG Porteira das Agulhas Negras . A presente abordagem foi uma interpretação sintética com apoio nas fontes históricas produzidas pelo Cel. Brigada Militar, Hélio Moro Mariante e dos Acadêmicos eméritos da FAHIMTB, coronéis Leonardo Araújo, Cláudio Moreira Bento, Luiz Ernâni Caminha Giorgis e pelos doutores; Mário Kroeff, Sinval Saldanha, João Krehs

 
O Cel Bento ladeado pelo Cel Sinoti, Presidente de Honra do evento e pelo acadêmico Cel Mallebranche finalizando  a seção conjunta com suas palavras finais
 aparecendo ao lado o brasão do IHTRGS que junto com a FAHIMTB e AHIMTB/Resende promoveram esta histórica seção conjunta.

Inicialmente quero agradecer o presente a mim enviado pelo acadêmico emérito Dr. Flávio Camargo, do Busto do General Bento Gonçalves da Silva, o líder da Revolução Farroupilha, movimento que foi de iniciativa da Guarnição do Exército no Rio Grande do Sul e extensão de outras como no Rio de Janeiro, contida pelo Batalhão Sagrado formado  oficiais. e no Ceará da qual participou o mais tarde, Brigadeiro Sampaio, Patrono da Infantaria.     Revoltas motivadas por perseguições ao Exército, depois da Abdicação de D. Pedro, por o ter apoiado na outorga da 1ª Constituição Brasileira.

        Bento Gonçalves a que me ligo genealogicamente pelos Lemes. E é o meu patrono na Academia Piratiniense  de História por nós fundada e que entre seus auxiliares teve o Major de Exército, afro-descendente, carioca, formado em Artilharia pela Academia Militar e que foi Vice Presidente e Presidente  Interino da República Rio Grandense, e pacificada a revolução foi o  Chefe de Estado-Maior de Caxias na Guerra contra Oribe e Rosas e em 1864, Ministro da Guerra do Império. História, Verdade Justiça! 

       Personagem que foi autor do barão da República Rio Grandense e hoje adotado como brasão do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul, por nós fundado, há 26 anos. em 10 setembro de 1986, no sesquicentenário do combate do Seival,  berço da República do Brasil. na Escola Técnica Federa de Pelotas e com apoio da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada.

       Quero cumprimentar o acadêmico Cel Peres vice presidente da Federação  AHIMTB/Resende pela bela oração de recepção dos novos acadêmicos, em nome da Federação e do IHTRGS.. Cumprimentar o novo acadêmico Cel. Paiva Filho, coordenador da Federação e AHIMTB/Resende por seu belo elogio ao seu patrono, Capitão da Guarda Nacional, João Simões Lopes, hoje considerado um dos maiores escritores regionalistas do Brasil e que há um século foi o primeiro historiador do meu município, natal Canguçu, no seu centenário como freguesia em 1912 , na Revista nº 4 do Centenário de Pelotas e que na  coluna no Diário Popular de Pelotas da União Gaúcha, Simões Lopes Neto, em 1970. iniciamos nossas atividades de jornalista e historiador, por intermédio de nosso primo irmão e também historiador e tradicionalista, Major Ângelo Pires Moreira, cuja posse na AHIMTB como correspondente, realizamos em 2001 no Salão nobre do QG da 8ª Bda Inf Mtz no lançamento em parceria com o Cel. Luiz Ernani Caminha Giorgis da obra; 8ª Brigada de Infantaria Motorizada, Manoel Marques de Souza, aliás personagem por nós estudado e sugerido como patrono daquele centenário da Brigada.

       O acadêmico Cel. Paiva Filho teve a honra de comandar em Pelotas o Regimento Tuiuti e que denominei de O Regimento Tuiuti   de o Regimento de Sampaio, unidade a que esteve ligado desde 1845-1849, durante cerca de 4 anos, no comando de uma Companhia em Canguçu, minha terra natal, para ali consolidar a Paz Farroupilha  e 17 anos mais até tarde até  a batalha de Tuiuti  em 24 de maio de 1866, com a sua Vanguarda nesta batalha. O  acadêmico referiu-se a 1ª linha de Tiro, criada no Brasil e que foi dirigida pelo Capitão João Simões Lopes e na qual, em 1950, há 62 anos como soldado da 3ª Cia de Comunicações, acantonada no Regimento Tuiuti recebi  instruções de Tiro Real  com o centenário fuzil Mauser.

       Quero cumprimentar o acadêmico Luiz Renato Braganholo, guerreiro de Selva, empresário  em Resende há mais de 35 anos e quem conheci em 1978, há 34 anos, ao convidar-me para uma palestra no Rotary, sobre a Revolução Farroupilha. Gaúcho de intensa e profícua participação social em Resende e cultural na AMAN e nosso dedicado colaborador como Vice Presidente em Resende do IHTRGS e 1° Tesoureiro da Federação e AHIMTB/Resende. Creio que apresentou até hoje a mais completa e precisa síntese biográfica do Patrono de Tradicionalismo gaúcho. Parabéns!

 

Foto 1 - Da esquerda da esquerda para a direita Cel Julio, 2º Presidente de Honra da AHIMTB/Resende, (genro 2 filhas esposa e acadêmico Renato), Prof Júlio vice presidente IEV e da ARDHIS, Cel Sinoti, Cmt do Corpo de Cadetes e Presidente Honra da Seção representando o General Júlio Cesar Arruda Cmt da AMAN, Cel Bento Presidente FAHIMTB e IHTRGS, Cel Mallebranche Presidente Conselho Fiscal FAHIMTB, Cel Damasceno Presidente do CIMAN, Cel Dornelles 2º tesoureiro da FAHIMTB, Cel Flávio Arruda Alves,Colaborador emérito da FAHIMTB, esposa e Cel Paiva Filho e Cel Peres vice presidente da FAHIMTB.

 

Foto 2 Da esquerda para a direita: 7 cadetes do GTG Galpão da Saudade , Cel Dornelles, Cel Sinotti e esposa, Cel Bento, Cel Paiva Filho, Cel Mallebranche e esposa, Cel Peres e esposa e Cel Júlio e esposa.

 

 Nesta seção conjunta o Cel Carlos Roberto Peres vice presidente da FAHIMTB e AHIMTB/Resende atuou como Mestre de Cerimônias , o Cel Mallebranche , Presidente do Conselho Fiscal da FAHIMTB leu a Oração da FAHIMTB, com a qual ele inicia as suas seções. pedindo inspiração para que a cerimônia contribua ao máximo possível para o desempenho o mais competente das Forças Terrestres do Brasil de duas missões constitucionais. Foram cantados pelos presentes os hinos Nacional e o do Rio Grande do Sul . E o Cel Bento em tributo a Hierarquia e a Disciplina, fundamentos do Ordenamento Jurídico brasileiro pediu que a maior autoridade hierárquica presente encerrasse a seção e usasse a palavra como incentivo. O que fez o Cel Sinoti nomeado Presidente da Seção, a encerrando depois de declarar que há 16 anos havia testemunhado uma seção da então AHIMTB na AEDB que foi a posse como acadêmico do Gen Plínio Pitaluga.o comandante da Cavalaria da FEB.

 
Foto 1. Da esquerda para a direita. Integrantes do Pelotão  Brasil em visita a AMAN, posam junto com a Mesa Diretora e o novos acadêmicos empossados e também integrantes do Pelotão Brasil. Em 1º plano de costa o neto do Cel Flavio Arruda Alves.

Foto 2 . Cadetes do GTG Galpão da Saudade possam na foto com a Mesa Diretora, acadêmicos empossados e o Dr Flavio Arruda Alves que cobriu com fotos  a cerimônia com o seu netinho e com a bengala do Cel Bento, presente do Acadêmico Eduardo Cunha Muller e cópia da do Gen Mac Arthur.

 

  

 

Foto1 Cel Bento, José Roberto Consentino, coordenador do Pelotão Brasil e o acadêmico Renato.

Foto 2. Cel Peres Vice Presidente da FAHIMTB e AHIMTB/Resende recebendo os novos acadêmicos em nome da FAHIMTB.

Foto 3. Postal distribuído pelo Pelotão Brasil, integrado por ex- integrantes da Ativa das Forças Terrestres  do Brasil .

Foto 4. O Marechal Gastão de Orleans do Exército Brasileiro e Conde D`Eu, o Patrono da Artilharia Divisionária da 6ª DE, e de cadeira especial na FAHIMTB, já idoso exemplificando o ideal do Pelotão Brasil no cartão ao lado e em foto na obra AD/3 da 6ª DE.Porto Alegre: AHIMTB/Promoarte,2003,p.40 de autoria dos coronéis Claudio Moreira Bento e Luiz Ernani Caminha Giorgis.

 

Nota: O presente Informativo disponível no site da FAHIMTB elaborado pelo Cel Claudio Moreira Bento, também jornalista e, presidente da FAHIMTB,IHTRGS e ACANDHIS, na qual João Simões Lopes Neto e patrono de cadeira inaugurada pelo Maj Ângelo Pires Moreira

 

"Para alimentar o cérebro de um Exército na paz, para prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais fecundo em meditações e lições do que o da História Militar."