140 º
ANIVERSÁRIO DE JOSÉ PLÁCIDO DE
CASTRO
O GAÚCHO LIBERTADOR E PROCLAMADOR DA INDEPENDÊNCIA DO ACRE
Cel Claudio Moreira Bento
Historiador Militar e
Jornalista, Presidente da FAHIMTB e AHIMTB Resende Marechal
Mário Travassos e do Instituto de História e Tradições do
Rio Grande do Sul(IHTRGS)
Coronel José Plácido de Castro o Libertador do Acre
O
Coronel acreano José Plácido de
Castro foi um jovem gaúcho, líder militar nato, que o
destino caprichoso impeliu para o Acre, para um grande
encontro com nossa História, ao prestar serviço, século XX,
à defesa e preservação da Integridade, Soberania e Unidade
brasileiras.
Liderando bravos nortistas, desbravadores e
povoadores
da região, proclamou o Acre
Estado Independente, em 6 de agosto de 1902, em Xapuri.
Consolidou-o pelas armas, em duros combates, em 171 dias de
campanha. Libertou a região de séria ameaça potencial
representada por poderosos grupos econômicos internacionais,
interessados em dominar, inclusive com apoio militar,
fontes de produção de borracha na Amazônia.
Evocamos sua vida e obra, no seu 140º ano de nascimento, as
apontando
como exemplo e inspiração a brasileiros de hoje, que velam
pela Soberania e Integridade do Brasil na Amazônia ou, que
participam da grande cruzada patriótica de desenvolvê-la e
integrá-la.
Da ação militar e política desse herói, combinada com a
diplomática do grande patriota Barão do Rio Branco, resultou
a incorporação ao Brasil, pelo Tratado de
Petrópolis,
de 17 de novembro
de 1903, do atual Estado do Acre.
DESCENDENTE DE GUERREIROS
Plácido de Castro
nasceu em Tapera da Genoveva,em Laranjeiras, distrito de
Santa Margarida, São Gabriel, Rio Grande do Sul, em 23 de
dezembro de
1873.segundo seu batistério
Era filho,
sobrinho, neto e bisneto de militares que lutaram em
1801-1870,
em defesa da
Soberania e Integridade do Brasil, em nossa Fronteira Sul
– “A
Fronteira do Vai e Vem.”,
na inspirada expressão do historiador, tradicionalista
gaúcho e poeta Cel PM Hélio Moro Mariante,patrono de
cadeira na FAHIMTB.
A casa de seu pai
tornou-se
ponto de encontro
de veteranos da Guerra do Paraguai. Nela, o assunto
principal era a recordação de lances militares deste
conflito. A mente infantil de Plácido foi povoada pelos
feitos guerreiros de seus antepassados, durante seis
(6)
campanhas contra
os espanhóis e seus descendentes.
ADOLESCÊNCIA DIFÍCIL
Com
9
anos começou a
trabalhar. Com 12
anos
perdeu o pai e passou a sustentar a mãe e seis irmãos
menores. À procura de maior salário, trabalhou em Bagé e São
Francisco de Paula, até atingir idade para realizar seu
sonho, ingressar no Exército.
SOLDADO DO REGIMENTO MALLET
No mês seguinte à
Proclamação da República, com
16
anos e quatro
dias, ingressou no Exército como soldado. Escolheu, em São
Gabriel, a unidade de grande tradição guerreira, o
legendário
Io
Regimento de Artilharia de Campanha,
o
atual
Regimento
Malet
de Santa Maria.
Esta unidade escrevera páginas imortais de glória militar,
nas guerras contra Oribe e Rosas
(1851-1852)
e do Paraguai
(1864-1870).
Após seis meses,
Plácido era cadete.
CADETE
EM RIO PARDO E PORTO ALEGRE
No segundo
semestre de 1890,
ingressou
na
Escola
Tática
e de Tiro do Rio Pardo,
onde, após
2
anos e meio era 2o
sargento. Em 1893,
passou a
frequentar a
Escola Militar de Porto Alegre,
último degrau
para tornar-se
oficial do
Exército.
CARREIRA FRUSTADA

Plácido de Castro estudou no Casarão da Várzea, atual caserna do Colégio
Militar de Porto Alegre, cujo pátio foi batizado com o seu
nome pelo Cel Art QEMA Jonas de Moraes Correa Neto, quando
comandante do Colégio.(Fonte:Capa do nosso livro em parceria
com o Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis publicado em 2008,
onde é destacada a maquete do CMPA erguida por alunos.
A entrar para a
Escola Militar, a política dividia a família brasileira. Ela
penetrou na Escola e dividiu seus alunos em
florianistas e federalistas.
Estourara no Rio
Grande do Sul a Revolução de
1893,
caracterizada por
uma violência inaudita e desrespeito a vida do adversário.
Cadetes florianistas encabeçaram
abaixo-assinado,
pedindo o
fechamento da Escola para lutarem contra a Revolução.
Plácido, apolítico, segundo seus biógrafos,
recusou-se
a assinar o
documento. Foi desligado da Escola, declarado suspeito,
preso e enviado à Bagé para servir no Batalhão de
Transportes, além de
privado do uso de arma de fogo. Neste exato momento
frustrara-se, para sempre, seu sonho de ser oficial do
Exército.
REVOLUCIONÁRIO
FEDERALISTA
Na véspera do
combate do Rio Negro, em
Bagé,
ele abraçou a causa da Revolução.Apresentou-se aos chefes
revolucionários e conseguiu a libertação de dois
companheiros do Exército, presos na véspera. Um deles seu
inimigo. Dessa generosidade ele daria várias mostras na
Revolução Acreana. Em 1893, Plácido participou de quase
quarenta (40) ações de combate.
Completou sua
formação militar na Academia Militar das Coxilhas, "vendo,
tratando e pelejando". Com 21 anos incompletos, era major
por bravura e disputado entre seus chefes. Jovem não se
deixou envolver por práticas bárbaras introduzidas nesta
revolução, entre as quais o degolamento de adversários
inermes,
costume
abominável introduzido por caudilhos orientais,
contrário a tradição de
Firmeza
e Doçura
do gaúcho brasileiro.
Tradição que encontrou no general Osório seu maior expoente.
A FORJA DO GUERREIRO
Os três anos e meio passados no Exército e os dois anos de
revolução seriam responsáveis por sua escolha como general
e comandante do Exército do Acre, à frente do qual
realizaria feitos militares retumbantes; dentro de critérios
táticos e estratégicos de grande validade em Arte e Ciência
Militar que ele soube adaptar à realidade amazônica,
diametralmente oposta a das coxilhas do Rio Grande do Sul a
que se acostumara.
ADEUS ÀS ARMAS
Com a Paz de Pelotas, em 1895, que colocou um fim à
Revolução, Plácido não retornou ao Exército. Assistia-lhe,
de direito, esta faculdade. São desconhecidos os motivos do
não retorno. Depois de breve período em São Gabriel, foi
para o Rio de Janeiro onde tomou-se guarda e inspetor de
alunos do Colégio Militar. Incidente com um oficial
professor de geografia obrigou-o a demitir-se. Após,
trabalhou nas Docas de Santos, onde praticou o ofício de
agrimensor, condição
que o levou à Amazônia, contratado para demarcar seringais.
A
Amazônia fervilhava com a Questão Acreana. Os limites entre
o Brasil e Bolívia no Acre eram discutidos. As diplomacias
dos dois paises
esforçavam-se
por defini-los. A
seca de 1877,
no Nordeste,
atraiu para o Acre milhares de nordestinos que terminaram
por desbravar e povoar aquela região selvagem, ao custo de
100.000
vidas imoladas
por uma ecologia adversa, paraíso de febres palustres. O
Brasil reconheceu o domínio boliviano sobre parte da área
desbravada e povoada por nordestinos que já se consideravam
acreanos.
Eles argumentam:
"
se o Brasil não
quer o Acre, os
acreanos
não desejam ser bolivianos".
Em
14
de julho de
1899,
em Empreza, o
espanhol Luiz Galvez, após descobrir o tratado; entre os
governos da Bolívia e EE.UU, lesivo aos interesses
acreanos,
proclamou o Acre
estado independente. O Brasil interferiu e ajudou a Bolívia
a restabelecer seu domínio sobre a área.
Jovens de Belém,
inconformados, organizaram uma força para libertar o Acre.
Esta força passou à história como
Expedição dos Poetas.
Após alguns
êxitos, fracassou por falta de um líder militar.
Plácido recusou
comandá-la, obediente à decisão do governo brasileiro.
Plácido atacado de febre palustre
dedicava-se,
como agrimensor,
a demarcar seringais.
UM
CAVALO DE TRÓIA AMEAÇA A
AMAZÔNIA
O governo
boliviano, visando lucros e a manter seu domínio sobre o
Acre, recorreu a capitais privados
norte-americanos
e ingleses,
sedentos de dominarem as fontes de produção de borracha na
Amazônia.
Formou-se
o
Bolivian Syndicate.
Este adquiriu o
direito, por arrendamento, de administrar o Acre e ali
manter Uma força armada.O arrendamento incluia área
reconhecidamente brasileira, segundo constatação de Plácido
de Castro.
Era um
Cavalo de Tróia
a ser
introduzido na
Amazônia,
por poderosos capitais internacionais, com apoio oficioso
dos EE.UU. Precedentes, na África e Ásia, mostraram que
grupos idênticos terminaram por colonizar e dominar
importantes áreas de alguns países, onde penetraram com os
mesmos propósitos. Era uma ameaça à Soberania e Integridade
do Brasil, Bolívia e Peru.
A OBRA
RESERVADA AO JOVEM GAÚCHO
Eram
imprevisíveis, a longo prazo, as consequências funestas para
o Brasil e Bolívia, se concretizado o acordo do Bolivian
Syndicate.
Teríamos hoje uma
grande nação a dominar grande parte da
Amazônia
brasileira,
boliviana e peruana? O Brasil exerceria soberania sobre a
navegação no Amazonas e seus principais afluentes? Quais os
reflexos negativos sofridos pela geopolítica brasileira na
Amazônia?
Seria mantida a
Integridade e Soberania do Brasil na área? Estas e outras
perguntas assaltaram a mente do patriota e estudioso de
Geografia -
Plácido de
Castro.
PROJEÇÃO
DA OBRA DE
PLÁCIDO NO BRASIL
Neste contexto é
que se insere a grande obra que irá realizar Plácido de
Castro, sem rival no século XX, na defesa e manutenção da
Integridade, Unidade e Soberania do Brasil na
Amazônia,
área que somente
faz pouco tempo os brasileiros tiveram condições, com
grandes sacrifícios, de darem início a grande batalha para
integrá-la e desenvolvê-la, para não entregá-la, sobre
pressões imprevisíveis do futuro do mundo, em acelerada
explosão demográfica.
Por outro lado,
seriam abandonados à própria sorte milhares de brasileiros
acreanos,
desbravadores e
povoadores da região, desde quase meio século. No Acre
encontravam-se
sepultados
milhares de nordestinos imolados na luta para dominar aquela
região selvagem e remota.
ENCONTRO COM
SEU DESTINO E COM A HISTÓRIA
Plácido
encontrava-se
na
Amazônia
desde
1898,
com
25
anos de idade.
Acompanha com simpatia a Questão
Acreana,
sem nela
envolver-se.
Brasileiros e
bolivianos da área chegaram a um acordo de convivência
fraterna. Ao tomar conhecimento do teor do contrato, lesivo
ao Acre, ao Brasil e também à Bolívia, decidiu impedir que
se consumasse. Aderiu à revolução. Daí por diante foi o
catalizador, organizador e pregador da Revolução, com
vistas a impedir a invasão e controle da área por capitais
alienígenas, interessados em controlar fontes de produção
de borracha.
INDEPENDÊNCIA DO
ACRE
Em
6
de agosto de
1902,
conquistou Xapuri
e proclamou a Independência do Acre. Fez com que todos os
presentes assinassem a Ata de Independência, a fim de
comprometefem-se no movimento. Durante mais de um mes
percorreu a pé, a cavalo, em canoas, todos os recantos .do
Acre, no afã de mobilizar para
reação
militar que
dentro em breve se faria sentir. Nos seus mais agudos
momentos de febre palustre,
fez-se
transportar em
rede. Decorrido cerca de um mês, conseguiu mobilizar,
organizar, equipar e adestrar um pequeno exército de
66
homens e
fortificar diversos seringais.
Por ele, o Brasil definiu a situação do atual Estado do Acre
em troca de compensações; territoriais, em dinheiro e obras
civis de grande projeção econômica para a Bolívia.
Monumento em Rio Branco, Capital do Acre ao Proclamador
de sua Independência em Xapuri e 2 de agosto 1902.(Fonte
Arquivo do autor tirada em 1973 por ocasião de sua
visita ao Acre em 1973, como membro da Comissão de
História do Exercito do EME)
IMPERATIVO CÍVICO

Parte de
trás do monumento com a data em que proclamou a
Independência do Acre e sua frase “ Mas ainda há tanta coisa
a fazer pelo Acre.(Fonte:Arquivo do autor de foto retirada
em sua visita ao Acre em 1973).
Placa de
bronze no Monumento ao Cel Plácido de Castro, uma alegoria a
remoção de uma pesada corrente que barrava em Porto Acre a
navegação por brasileiros do rio Acre. Figura junto com
autor um historiador membro do Instituto Histórico e
Geográfico do Acre e funcionário do Governo do Acre e nosso
guia em nossa visita e que lamentavelmente decorridos 40
anos não lembro seu nome. Mas ele foi muito prestimoso e
dominava a história do Acre(.Fonte:Do Arquivo do autor
tirada em sua visita ao Acre em 1973)
Plácido morreu em 11 de agosto de 1908, vítima de uma
emboscada preparada por desafetos políticos, dois dias
antes, no Seringal Benfica. Teve o mesmo destino trágico de
seu avô do qual herdou o nome, o major do Exército José
Plácido de Castro.
Seus restos mortais repousam em Porto Alegre. Dia virá, que
o Acre os reclamará para fazê-los repousar no cenário de
suas glórias, na terra de seus intrépidos comandados
acreanos que escreveram uma epopeia em defesa da
Integridade e Soberania do Brasil.
Na terra daqueles heróis que submergiram, um após outro, sob
balas inimigas, na tarefa de cortar uma corrente que
barrava a navegação do rio Acre defronte a
Puerto
Acre. Na terra da heroína
Angelina Gonçalves de Souza que combateu a luta mais
desigual com o inimigo, em protesto pelo
trucidamento
de seu marido.Enfim,
na terra de outros tantos heróis assinalados,
na luta
peia
libertação do Acre, muitos
esquecidos, que somente Deus sabe seus nomes!.
Seu retomo é um imperativo cívico, para a reverência eterna
dos acreanos, aos quais ajudou a conquistar a liberdade e o
direito de serem brasileiros e, para o respeito dos irmãos
bolivianos ao adversário valoroso e generoso que lutava,
não contra a Bolívia ou contra seus irmãos bolivianos, mas,
contra o
Bolivian
Syndicate
que ameaçava não só a
Integridade e Soberania do Brasil, como a da própria Bolívia
e a liberdade de seu povo, comprometida seriamente, a longo
prazo.

Alegoria da emboscada de que Plácido de Castro
foi vítima em 9 de agosto de 1908, no Seringal Benfica
acompanhado, por seu irmão depois deste frequentar a Escola
Preparatória e Tática do Rio Pardo e a Escola Militar da
Praia Vermelha, conforme abordamos suas desventuras ,em
nosso
livro em parceria com o Cel Caminha. Escolas
Militares de Rio Pardo Vide em Fontes.(Fonte Internet).
Túmulo de
Plácido em mármore em Porto Alegre, no Cemitério da Santa
Casa de Porto Alegre para onde foi levado por seu
irmão,atendendo a seu apelo antes de morrer
“Que tão
logo pudesse retirasse do Acre os seus ossos. E direi como
aquele general africano: ”Esta terra que tão mal pagou a
liberdade que lhes dei é indigna de guardá-los.”(Fonte:
Arquivo da AHIMTB RS Gen Rinaldo Pereira Câmara).
Em
1973 , produzimos a plaqueta Centenário do Libertador do
Acre Plácido de Castro , que foi editada pela SUDAM e
distribuída amplamente pela escolas da área, e a pedido do
Cel Milton Câmara Sena, superintendente da SUDAM que eu
havia conhecido no Recife em 1970 /71, quando ele era como
Chefe do EM da 7ª RM e do qual havia recebido muito apoio,
como coordenador do IV Exército ,do Projeto, Construção e
Inauguração do Parque Histórico Nacional dos Montes
Guararapes.
O
general
Adauto Araújo
Bezerra, filho do Acre, quando comandante da 3a
Região Militar, no Rio Grande do Sul, descobriu o
batistério de Plácido de Castro, no qual consta ele ter
nascido em 9 de dezembro de 1873 e não 23 de dezembro, como
até então era aceito.Em 1973 como membro da Comissão de
História Militar do EME, por gestões do citado General
Adauto Araujo Ribeiro,chefe de Gabinete do EME e com apoio
do Governo do Acre e do Brigadeiro Faria Lima pesquisamos no
Acre, a vida e obra de Plácido de Castro. Percorremos todos
os locais relacionados com a Conquista do Acre e foram
tiradas muitas fotos por fotógrafo colocado a nossa
disposição e, em especial de Porto Acre e do local onde
Plácido de Castro foi emboscado em companhia de seu irmão
Genesco. qu em 1902 estudara na Escola Preparatória de Rio
Pardo onde foi protetor do aluno Bertoldo Klinger, dos
trotes de que fora vítima e que se tornaram grandes amigos.
No Acre encontrei a beira da morte o Sargento Feitosa o
mateiro de Plácido de Castro, exibindo orgulhosamente uma
bússola presente de Plácido de Castro com a qual navegava
no meio da selva, deslocando-se por rumos e abrindo picadas
na floresta, evitando deslocamentos pelos caminhos nelas
pré-existentes, usados pelos seringalistas, para prevenir
caírem em emboscadas.
Conheci recolhido a um hospital o herói que cortou com uma
lima l corrente que barrava a navegação em Porto Acre. Ele
por noites seguidas usando azeite e lima. e protegido metido
num fosso por onde a corrente passava encostava e terminou
por cortá-la .Ele na convicção que seu ato heroico seria
punido, internou-se muito jovem e por cerca de 70 anos nos
seringais bolivianos, de onde nonagenário foi encontrado
muito doente pelo padre pároco de Rio Branco e recolhido a
um hospital desta cidade. Aparecem comigo na foto abaixo..
Foto do
herói então nonagenário que, muito jovem, cortou a corrente
que barrava a navegação em Porto Acre e que muito doente,
decorridos 70 anos, foi recolhido a um hospital de Rio
Branco, pelo padre cearense que aparece na foto , e que
lamentavelmente decorridos 40 anos, não lembro seu nome,
mas que pode ser identificado pelos que o conheceram no
Acre.(Fonte: Foto do arquivo do autor lembrança de sua
visita ao Acre em 1973, como membro da Comissão de História
do Exército do Estado-Maior do Exército).

Foto
em que aponto com o quepe o estratégico local o onde os
bolivianos colocaram a pesada corrente no rio Acre na altura
de Porto Acre. A linha representando o local da corrente foi
desenhada pelo autor.( Fonte foto
tirada da margem direita que foi ocupada por forte
contingente boliviano)
.
Por longos
anos a corrente que barrava a navegação no rio Acre, figurou
num monumento em Rio Branco.Removida para uma reforma do
monumento foi recolhida a um depósito da Prefeitura de Rio
Branco. Interessado em conhecer aquele troféu alta
autoridade de Rio Branco combinou que no outro dia iria me
mostrar. Mas esta autoridade não apareceu no dia seguinte.
Mais tarde soube que ela faltou ao compromisso por ao tentar
localizar a corrente para me mostrar soube que
inadvertidamente, foi dado um fim a histórica correntes sem
atentarem para o grande simbolismo do troféu, Foi
lamentável.Não sei se foram depois encontrado pedaços da
mesma.
Visita
ao Sargento Feitosa que fora ha 70 anos atrás ,uma espécie
de ordenança e mateiro de Plácido de Castro. O encontrei
muito doente e preso ao leito, aos cuidados de um netinho de
cerca de 6 anos.Ele ainda conservava com muito orgulho a
bússola que havia recebido de Plácido de Castro , a qual eu
seguro na mão direita.(Fonte: Arquivo pessoal do autor
disponível no acervo da FAHIMTB em sua sede na AMAN)
Plácido de Castro tem sido alvo de justas homenagens é nome
de município no Acre localizado conforme este mapa bem como
nome do Plácido de Castro Futebol Clube local
É
denominação do moderno Aeroporto de Rio Branco abaixo

Cel José Placido de Castro em 1907, aos 37 anos de idade e
um ano antes de ser assassinado, em foto em sua casa cercado
por seus cachorros de estimação em foto tirada pelo Cel Art.
Inglês Perci Fawcett,famoso árqueológo britânico que
desapareceu ao organizar expedição para procurar um
civilização perdida na Serra do Roncador em Barra do Garças
MT. (Fonte:Wilihipédia Livre).

Plácido de Castro e nome desde 27de Abril de 1974, anos
seguinte ao seu centenário do Centro de Tradições Gauchas
GTG Cel José Plácido de Castro em Rio Branco Acre e nome de
Grupo de Escoteiros em Porto Alegre e de rua em São
Paulo-SP.
Convite do Governo do Acre para as comemorações do
Centenário da Morte do Cel José Plácido de Castro em 2008

Busto em bronze de Plácido de Castro no Passeio
Públco no Rio de Janeiro
FONTES
BENTO, Claudio
Moreira .Amazônia Brasileira. Conquista.Consolidação..
Manutenção.História Militar Terrestre da Amazônia 1616-2004.
Porto Alegre:AHIMTB/Gênesis,2004.
(______).Centenario
do Libertador do Acre.Manaus :SUDAM,1973.(Contribuição da
SUDAM ao Centenário de Plácido de Castro e distribuido às
Escolas da Amazônia).
(______).A
Campanha Militar do Acre. in: Amazonia Brasileira.
Conquista. Consolilidação. Manutenção. História Militar
Terrestre da Amazônia 1616-2005.Porto Alegre:AHIMTB/Genêsis,2004.p.229/240.
(______). A
Amazônia e seus desafios para o 3º Milênio. O Guararapes.
Nº 22.p.18/19.
(______).et
GIORGIS Luiz Ernani Caminha .Memórias da Escola Preparatória
de Rio Pardo. Cenesco de Castro, irmão de Plácido de Castro
e sua amizade com Bertoldo Klimger. in:Escolas Militares
de Rio Pardo 1859-1911,Porto Alegre:AHIMTB/IHTRGS,2005.p.88/99.
(______).A
História Militar Terrestre Crítica da Amazônia uma
necessidade.Jornal Grupo Inconfidência BH-MG,mar~jun
2.000.
CASTRO, Genesco
de.O Estado Independente do Acre. Rio de Janeiro:
Tipografia São Benedito,1930.( o autor era irmão de Placido
de Castro e estava ao seu lado na emboscada mortal que matou
seu irmão.).
FIGUEIREDO,Osório
Santana. Cel José Placido de Castro in:São Gabriel desde
o princípio. Santa Maria:Palloti,1980.2ed,p.193/195.
(______).Placido
de Castro.Santa Maria:Palloti,2007.
FREGAPANI, Gélio
.Manual de Operações de Guerra na Selva.Brasilia:
Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército,1972(Ex-
comandante do CIGS).
GIORGIS,Luiz
Ernani Caminha Giorgis. Placido de Castro,O Tradição.
(órgão de divulgação do MTG e
IHTRGS, ao tempo de Edson Otto,grande tradicionalista
gaúcho, organizador em Capão da Canoa –RS do 1º Congresso
Tradicinalista Brasileiro que tivemos a honra de participa)
GOYCOCHEA,
Castilhos. "Plácido de
Castro; o derradeiro bandeirante".RIHGRGS,
Porto Alegre, 1940,
Io
trimestre, p.
89-126.
HISTÓRIA DO
EXÉRCITO BRASILEIRO. "Campanha do Acre". Rio de Janeiro:
Estado – Maior do Exército,
1972,
v.
2,
p.
750-66.
JOUBIN, P.J. Mallet. Plácido de Castro .Depoimento
histórico, operações militares e perfil psicológico.RIHGB,nº
57, 58 e 59.1976/77.
LESSA,
Luiz Gonzaga S,.Lessa .Amazônia,Revista do Clube Militar.nov
1999.(Publica sua palestra sobre a Amazônia feita nas
escolas