MEDALHAS CONDECORATIVAS BRASILEIRAS DE GUERRA

Ao longo do processo de Independência do Brasil iniciado com a vinda da Família Real para o Brasil, em 1808 ocorreram conflitos internos e externos, vencidos, que colocaram em risco a Independência, a Unidade, a Integridade e a Soberania do Brasil.

Para premiar moralmente os soldados e marinheiros e, a partir de 1941 os aviadores que nelas lutaram desde 1809, foram criadas medalhas condecorativas.

Dentre as lutas ocorridas desde então o perpetuadas na memória nacional com medalhas pelo governo, registre-se:

 

LUTAS EXTERNAS

Conquista de Cayena 1809; Campanha do Exército Pacificador da Banda Oriental 1811-12; Guerras Cisplatinas 1815-1820; Guerras da Independência 1822-24; Guerra contra Oribe e Rosas 1851-52; Guerra contra Aguirre 1865; Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai 1865-70; 1ª Guerra Mundial 1914-18 e 2ª Guerra Mundial 1939-45.

LUTAS INTERNAS

Confederação do Equador 1824 – Pernambuco.(instituida pelo Império e Medalha da República Rio Grandense 1835 -45 ( Instituída pelos farrapos).

A seguir abordaremos as medalhas que as lutas externas deram lugar e assim definidas por A. Solano de Barros: .

"Medalha de Campanha exprime a guerra...

Sintetiza o valor do herói soldado.

Aponta à Pátria o filho muito amado.

Ostentando o laurel que a glória encerra..."

Não foi contemplada com Medalha de Campanha somente uma guerra externa, a Guerra Cisplatina 1825-28, movida contra o Brasil ,pela Argentina em aliança com orientais (uruguaios) liderados por Lavaleja em cujo contexto ocorreu a indecisa batalha do Passo do Rosário, 20 fev 1828 e cujo fim teve lugar com o Tratado Preliminar de Paz, do qual resultou a Independência de nossa Província Cisplatina, 1821-28, com o nome de República do Uruguai. Os heróis brasileiros desta guerra estão lembrados em monumento a Batalha de Passo do Rosário, defronte o 1º RCG – Regimento Dragões de Brasília, em Brasília - DF.


 

(Omitida a gravura )

Medalha da Expedição contra Cayena em 1809: Como resultado da feliz conquista de Cayena aos franceses, em 1809, por tropas de terra e mar enviadas pelo Príncipe D. João, desde o Rio de Janeiro, em represália a Napoleão, foi distribuída, por Carta Régia de 16 ago 1808, uma medalha a toda a tripulação do navio inglês "Confiança" e aos oficiais e praças de terra que tomaram parte na mesma expedição.

As medalhas distribuídas as tropas de terra pelo Governador de Cayena conquistada, foram em número de 401, dos quais 210 de prata dourada e o resto de prata. Foram cunhadas na Inglaterra em número insuficiente e distribuídas a todos os integrantes de terra da expedição, menos aos soldados e no dia do aniversário da rainha.

Foi a primeira medalha comemorativa de Campanha do Brasil.

Existe exemplar no Museu Histórico do Exército.


 

(Omitida a gravura)

Medalha de Campanha do Exército Pacificador da Banda Oriental - 1812:

Foi criado como escudo de distinção do Exército Pacificador da Banda Oriental, por Dec de 20 jan 1815, do Príncipe Regente D. João. Era para ser usada no braço direito. As dos oficiais generais eram de ouro. As dos demais oficiais, cadetes e empregados civis eram de prata. As das praças eram de estanho. Dec de 25 set 1822 substituiu os escudos, por medalhas e permitiu que elas fossem usadas pendentes do pescoço .Por uma fita amarela pelos oficiais generais. Para os demais ela era presa na farda no lado esquerdo, com uma fita amarela. Os feridos em combate recebiam a medalha perfurada, simbolizando uma cicatriz de combate.( Omitida) . Ela consta em preto e branco da obra O Exército e a medalhística p. 26).


Medalhas das Guerras Cisplatinas Contra Artigas 1815-1821: De 1815-1821 ocorreram duas guerras contra Artigas .A primeira comandada pelo Marques de Alegrete, Capitão General do Rio Grande que derrotou Artigas, em Catalan . A a segunda, em 1820, comandada pelo Capitão General do Rio Grande, Conde da Figueira, que bateu definitivamente Antigas em Taquarembó, em 22 jan 1820.

No final da primeira guerra o General Carlos Frederico Lecor conquistou Montevidéu, em 20 jan 1817, no comando da Divisão de Voluntários Reais, enviados de Portugal. E pelos próximos anos a aprtir de 1821 ,o atual Uruguai foi incorporado ao Brasil e até 1828, quando se tornou independente. Nestas duas guerras foram criadas duas medalhas:


 

(Omitida a gravura)

Medalha das Campanhas de 1816 e 1820 contra Artigas. Foi criada por Dec de 15 set 1822, por D. Pedro I, para premiar os militares que tomaram parte das tropas ao comando do Marques de Alegrete e depois do Conde da Figueira que venceram Artigas respectivamente em Catalan em 1816, e em Taquarembó, em 1820. A medalha consiste numa Cruz de Malta maçanetada, tendo ao centro a medalha conferida ao Exército Pacificador da Banda Oriental.
Ela figura em preto e branco em O Exército e a medalhística ,p56


 

(Omitida a gravura)

Medalha da Distinção ao Exército e a Esquadra do Sul. Criada por D. Pedro I, por Dec de 31 jan 1823, para os militares de terra e mar que serviram de 1817-1822 na Banda Oriental e após Província Cisplatina e atual Uruguai, incorporado ao Brasil de 1821-28, ao comando do Tenente General Carlos Frederico Lecor e Barão de Laguna

A fita é verde com bordas amarelas. O passador de metal traz o ano da incorporação da Banda Oriental como Província Cisplatina do Império do Brasil.

Eram de ouro (ou metal dourado) para generais, prata para os demais oficiais e metal branco ou estanho para as praças e civis assemelhados.

No anverso, em campo azul, um ramo de oliveira sobre o cerro de Montevidéu e na orla do círculo a palavra Montevidéu e dois ramos. Os braços da cruz do anverso e reverso indicavam os anos em que o agraciado serviu na Cisplatina a partir de 1817. Exemplos: 1817, 1818, 1819, 1820, 1821, 1822.

Basicamente é uma cruz de quatro braços iguais encimada por um dragão alado, timbre da Casa de Bragança.Era usada no lado esquerdo do peito nos dias de grande gala. Os generais podiam usá-la ao pescoço. Ela figura em preto e branco em O Exército e a Medalhística .p.57


Medalha da Independência. A Proclamação da Independência do Brasil provocou reações no Maranhão, Pará, Cisplatina e Bahia. A reação na Bahia foi a mais efetiva sob a liderança do General Madeira. Em reconhecimento ao esforço de guerra dispendido por forças brasileiras de terra e mar, na restauração da Bahia. D. Pedro I criou por Dec de 2 jul 1825, complementando por Dec de 17 ago 1825, medalha citada e assim descrita :

De forma oval ,com resplendor em volta e encimada pela coroa imperial. O anverso traz uma espada cruzada sobre um ramo de louro sob a sigla P. I (Pedro I) e sobre esta a coroa imperial.

Foram confeccionadas exemplares nas casas da Moeda do Rio de Janeiro e Bahia, com algumas diferenças. As do Rio são mais oblongas que as da Bahia e possuíam dois ramos de louros em local da inscrição - Restauração da Bahia – 1823 e o reverso liso, ao invés da efígie de D. Pedro I.

A fita possui cinco listras, sendo três verdes e duas amarelas. As extremas e a central são verdes. As dos generais são de ouro, com resplendor de prata dourada; prata com resplendor de prata para os oficiais e cobre para praças.

Era usada do lado esquerdo. Os generais em dias de grande gala podiam usá-la ao pescoço.

Ela mudava o metal a medida que o militar ascendia do círculo de praças ao de oficiais e deste ao de generais. O tamanho diminuía com o círculo do agraciado.

Caxias sempre demonstrou grande apreço e orgulho por esta condecoração que ele conquistou como tenente ajudante do Batalhão do Imperador, na libertação da Bahia. Suas fotografias a focalizam com destaque, mas não pinturas que o representam. Esta medalha é muito expressiva por referir-se a consolidação de nossa Independência e a idéia de concedê-la surgiu na Assembléia Constituinte de 1823, segundo Marques dos Santos.


Medalha de Distinção Confederação do Equador : Criada pelo Império para os integrantes das forças de terra e mar que integraram O Exército Cooperador da Boa Ordem ao comando do Brigadeiro Francisco de Lima e Silva com reverso sem gravação.


Medalha de Distinção aos mais bravos - Confederação do Equador(2a):
Criada no mesmo dia que a anterior e de ouro para todos para ser usada do lado direito do peito ,contarriando tradição de uso no lado do coração .Lord Cochrane teve delegaçõ de concedê-la no máximo a 6 pessoas. Houve duas cunhagens uma no Recife e outra no Rio de Janeiro


Medalha da República Rio Grandense :Medalha instituída pelos farrapos. Feita de prata com Anverso e reverso iguais. O barrete frígio é simbolo da República e foi cunhada depois de 11 set 1836 proclamação da República Rio Grandense .


MEDALHAS DA GUERRA CONTRA ORIBE E ROSAS 1851-52

m 1851-52, o Império do Brasil em aliança com Urquiza da Província Argentina de Entre-Rios combateu os ditadores Oribe do Uruguai e Rosas da Argentina, com vistas a manter o equilíbrio na Bacia do Prata. O Conde de Caxias, atual patrono do Exército, foi o escolhido para dirigir a guerra, cujo epílogo foi a vitoriosa batalha de Monte Caseros em 2 fev 1852. A Marinha do Brasil ao lado do Exército cumpriu destacado e relevante papel.

Para premiar os soldados e marinheiros brasileiros que participaram desta campanha foram criadas quatro medalhas:


Medalha da Campanha do Uruguai 1851-52. Criada por Dec 932 de 14 mar 1852 do Imperador D. Pedro II. Destinou-se a premiar os defensores do Império nesta guerra, ao comando do então Conde de Caxias.

A medalha é redonda e encimada pela coroa imperial. O anverso representa a efígie de D. Pedro II com a legenda - Dom Pedro Segundo Imperador do Brasil. O reverso traz a data 1852 rodeada por um feixe de varas e em torno os dizeres - Campanha do Uruguai.

Era usada do lado esquerdo do peito com fita verde da cor da da Ordem de Aviz. Os generais podiam usá-la ao pescoço nos dias de grande gala.

Era de ouro e 6 cm para generais . Era de ouro e 3 cm para oficiais superiores. Era de prata e 3 cm para os demais oficiais e de uma liga de antimônio e zinco e de 3 cm para as praças.


(Omitida a gravura )

Medalha de Monte Caseros. Criada pelo mesmo Dec da anterior (932 de 14 mar 1851). Foi concedida aos integrantes da Divisão Brasileira que ao comando do futuro Conde de Porto Alegre combateram na vitoriosa batalha de Monte Caseros sob as ordens do general argentino D. Justo José Urquiza.

A anverso e a fita são os mesmos da medalha da Campanha do Uruguai 1851-52. O reverso tem gravado a data 3-1852-2 (3 de fev de 1852, Entrada vitoriosa em Buenos Aires), dentro de uma coroa de louros com fitas cruzadas e ao redor a legenda – Campanha do Uruguai e Buenos Aires.A fita era verde de cor da Ordem de São Bento de Aviz. Suas dimensões, metais e critérios de distribuição eram os mesmos da Medalha da Campanha do Uruguai 1851-52. Figura preto e branco em O Exército e a Medalhística.p.100


Medalha da Campanha Naval do Rio da Prata 1851-52. Criada por Dec 547 de 1 abr 1852, por D. Pedro II. Destinou-se a premiar os integrantes da Esquadra ao comando do Vice Alte João Pascoe Greenfell que cooperou com as forças de terra na guerra contra Oribe e Rosas.

O anverso, uso tipo de metais e dimensões são idênticas a da Medalha de Campanha do Uruguai.

Difere pela fita azul claro da cor da Ordem do Cruzeiro e pela legenda Campanha Naval do Rio da Prata, ao invés de Campanha do Uruguai.


Medalha de Tonelero. Criada pelo mesmo decreto da anterior. Destinou-se a premiar os componentes da Esquadra em Operações no Rio da Prata que lutaram na batalha naval de Tonelero, de 17 dez 1851. As dimensões, metais, uso e fita são idênticos a Medalha da Campanha Naval.

No reverso as datas 1851-1852 são substituídas pela data da batalha 17-1851-12 (17 dez 1855) e legenda Campanha Naval do Rio da Prata e acrescida das palavras E.C de Tonelero.


Medalha do Exército em Operações no Uruguai 1865: Em 1864 hostilidades no Uruguai a brasileiros terminam por levar o Império a enviar um Exército ao comando do Marechal João Propício Mena Barreto e uma Esquadra ao comando do Marquês de Tamandaré para em apoio ao oriental Venâncio Flores (Colorado) depor o presidente Atanázio Aguirre (Blanco). O principal episódio da guerra foi a tomada da cidade de Paissandú por tropas orientais e brasileiras, com apoio da Esquadra Brasileira, depois de um assédio de 2 meses. A praça capitulou em 2 jan 1865. A guerra terminou em 20 fev 1865 com a ocupação de Montevidéu pelos aliados. Para premiar os soldados e após, por extensão, os marinheiros brasileiros que lutaram neste guerra foi criada medalha citada :Por Dec 3468 de 8 mar 1865. Ela era de ouro para generais e uso pendente ao pescoço, de prata para oficiais e de uma liga de cobre estanhado para praças. Os oficiais e praças as usavam no peito lado esquerdo. A fita era azul ferrete e encarnada, sem passador.

O formato é oval. O anverso traz a efígie de D. Pedro II e o reverso, junto as bordas, uma coroa de ouro e ao centro a inscrição - Campanha do Uruguai – 1865.

( Omitida) .Figura em preto e branco em O Exército e a medalhística p.102


 

MEDALHAS DA GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA CONTRA O PARAGUAI

A Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai 1865-70, foi levada a efeito pelo Brasil, Argentina e Uruguai contra o Marechal Solano Lopes, dirigente do Paraguai.

As forças de Lopes invadiram o Rio Grande do Sul por São Borja, em 1865, e se detiveram em Uruguaiana, onde foram cercadas pelos aliados e renderam-se em presença do Imperador D. Pedro II e depois invadiram em Mato Grosso, em cuja resistência destacou-se o Forte de Coimbra. Em 11 jun 1865, nossa Marinha venceu a batalha naval de Riachuelo, anulando assim a capacidade ofensiva estratégica do adversário e isolando-o por terra e água de apoio externo expressivo. O próximo passo foi invadir o Paraguai para arrasar a fortaleza de Humaitá – objetivo militar da campanha e conquistar Assunção – objetivo político. Invadido o Paraguai, o General Osório venceu o adversário em Tuiuti em 24 mai 1866, na maior batalha campal da América do Sul, a qual pôs fim a capacidade ofensiva tática do adversário.Coube ao Marques de Caxias, com o concurso decisivo da Marinha conquistar e arrasar fortaleza de Humaitá, o que pôs fim a capacidade defensiva estratégica adversária para, a seguir, através de uma manobra de flanco de Piquiciri através do Chaco, e ainda com o concurso de nossa Marinha, cair na retaguarda profunda adversária, de surpresa, depois de correr o risco calculado, ao arriscar o princípio de guerra da Segurança na travessia do Chaco, em benefício do princípio de guerra da Surpresa, conseguida ao nível estratégico, para em seguida derrotar o adversário na Dezembrada onde pôs fim a sua capacidade defensiva tática, abrindo o caminho para Assunção e obrigando Lopes a refugiar-se na Cordilheira, onde foi alcançado e morto, lutando, em 1º de mar 1870, por tropas ao comando direto do General Câmara e Geral do Conde D’Eu.

Este evento pôs fim a mais longa, difícil, onerosa e cruenta guerra que o Brasil participou, em defesa de sua Integridade ameaçada por invasões do Rio Grande e Mato Grosso e de sua Soberania em defesa do direito de livre navegação no rios da Prata , Paraná e Paraguai , impedido pela fortaleza de Humaitá e outras.

Esta guerra foi a que originou proporcionalmente a sua duração, amplitude e recursos mobilizados, o maior número de condecorações. Foram elas:

Medalhas do Forte de Coimbra. Criada por Dec 3482 de 8 jul 1865 destinada aos defensores de Forte de Coimbra de 26-28 dez 1864 e depois estendida a Frotilha do Mato Grosso. Formato oval. Anverso uma coroa de louros tendo ao centro a inscrição – Valor e Lealdade. Reverso a inscrição – 26-27-28 de Dezembro - Forte de Coimbra de 1864. A fita é de 3 cm com três listras de 1 cm cada, sendo a central preta e as laterais encarnadas. Eram de ouro para oficiais superiores; de prata para capitães e subalternos com 16 linhas de módulo e, de bronze, para praças, com 11 linhas de módulo. Uso lado esquerdo do peito.( Omitida) Figura em preto e branco em O Exército e a Medalhística p.103


Medalha da Rendição de Uruguaiana. Criada por Dec 3515 de 20 set 1865, para os civis e militares, inclusive aliados, que participaram da rendição de Uruguaiana em 18 set 1865, aos aliados em presença de D. Pedro II. Era circular. Anverso entre dois ramos um de café (esquerda) e outro de fumo (direita) a inscrição – Uruguaiana. Reverso. Ao centro de uma coroa de louro e data – 18 de setembro de 1865. A fita era de três listras, sendo a central verde e as laterais azul celeste. O metal era ouro para os membros da Família Real, Ministro Real, Ministro da Guerra e Generais. Prata para oficiais, civis da Secretaria da Guerra, magistrados e pessoas de distinção e zinco - antimônio para praças e civis não enquadrados na categoria anterior. As de ouro e prata eram para serem usadas do lado direito do peito, caso excepcional. As de zinco - antimônio eram para serem usadas do lado esquerdo do peito, como era normal e com passado normal. Existem duas cunhagens. .( Omitida) Figura em preto e branco em O Exército e a Medalhística p.103


Medalha de Riachuelo. Criada por Dec 3529 de 18 fev 1865, para distinguir os marinheiros e soldados que combateram em Riachuelo. É circular encimada pela coroa imperial. Traz no anverso a efígie de D. Pedro II entre dois ramos, um de café e outro de fumo cruzados, e a inscrição. "Petrus II. D. Comt. Imp. Et. Perp. Bras. Def - 1865. No reverso uma coroa de louro e palma enfeixando uma âncora e um canhão, cruzados e a inscrição - Combate Naval de Riachuelo. Fita branca, com duas listas laterais verdes claros, orladas de branco. De ouro de 0,037m para generais, pendente ao pescoço; de prata para oficiais e de bronze para praças, ambas de 0, 025m para uso no lado esquerdo do peito. As fitas de generais possuíam 3 listras.


Medalha aos Mais Bravos do Paraguai. Criada por D. Pedro II para o Exército e Marinha pelos Dec 3853 e 3854 de 1º mar 1965, destinada aos mais bravos combatentes na Guerra do Paraguai. Esta medalha foi cunhada e não chegou a ser conferida a ninguém, em razão da dificuldade do critério estabelecido. Ela era oval. O anverso era a efígie de D. Pedro II, entre uma coroa de louros. No reverso uma coroa de louros tendo no interior a legenda Aos mais bravos e mais, circundando-a, a inscrição – Campanha do Paraguai. Era de ouro para oficiais e de prata para praças, para ser usada do lado direito do peito, com fita encarnada com orlas verdes.

Caxias não a conferiu a ninguém para não provocar melindres, ferir suscetibilidades e assim cometer injustiças. .( Omitida) Figura em preto e branco em O Exército e a Medalhística .


Medalha de Humaita. Criada por D. Pedro II pelos Dec 4118 de 14 mar 1868, para destinguir a guarnição dos couraçados que forçaram Humaitá. A medalha é oval, de ouro para oficiais superiores, de prata para demais oficiais e de estanho para praças. A medalha é encimada pela coroa imperial e uma fivela com laço de fita. Era para ser usada do lado direito do peito, pendente de fita com 3 polegadas, com 3 listras, a central azul celeste e escarlate as laterais.

O anverso era representado a fortaleza de Humaitá e a nossa Esquadra com a legenda superior - A Esquadra Brasileira força o passo de Humaitá e a inferior – XIX de Fevereiro de MDCCCLXVIII. No reverso a legenda entre ramos de louro – Aos da passagem de Humaitá.


Medalha de Mato Grosso. Criada por D. Pedro II por Dec 3826 de 7 ago 1867, destinadas as forças expedicionárias em operações ao Sul da Província de Mato Grosso e que deram origem ao celebre episódio da Retirada da Laguna, imortalizado pelo Visconde de Taunay. Era oval de 20 x 25 mm. O anverso traz a efígie de D. Pedro II. O reverso traz uma coroa de louro na metade superior circundada pelas legendas – Constância e Valor e Mato Grosso 1867 (em baixo). Era de ouro para oficiais superiores, de prata para os demais oficiais e de estanho cobre para praças, fita de 28 mm com 4 listras. As centrais verde e amarela e as extremas azuis.


Medalha de recompensa à bravura militar. Criada por D. Pedro II por Dec 4131 de 28 mar 1868, destinada aos que dela se tornaram dignos pela sua bravura em qualquer ação de guerra durante a Campanha do Paraguai. Era oval, de bronze e usada do lado esquerdo do peito, pendente de fita com três listras, a central escarlate e as extremas verdes. Ela possuía tantos passadores quantos fossem as concessões por ações em que praticou ato de bravura. As ações figuravam pela data, ou pelo nome histórico que tomou a ação.

O anverso: Um conjunto de troféus circundado pela legenda – Exército em operações contra o Governo do Paraguai. Reverso: Inscrição central Recompensa à Bravura Militar, circundado pela inscrição Decreto de 28 de março de 1868. Ela foi estendida a Marinha por Dec 4143 de 5 abr 1868.


Medalha Geral da Campanha do Paraguai. Criada por D. Pedro II por Dec 4560 de 6 ago 1870. Destinou-se a premiar os que fizeram parte do Exército em Operações contra o Governo do Paraguai.

Ela foi cunhada do bronze dos canhões tomados dos paraguaios. A fita representa as cores da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai). Possui 5 linhas de igual largura assim dispostas da esquerda para a direita: verde, branca, azul, branca, amarela. Ela representa uma cruz de Malta tendo ao centro uma coroa fechada de ramos de carvalho entrelaçados de fitas cruzadas. No anverso traz a legenda – Campanha do Paraguai e no reverso a data 6-1870-8 (6 ago 1870) do decreto que a instituiu. Era usada do lado esquerdo do peito pendente de fita e esta a um passador. Este, de ouro para generais e oficiais superiores; de prata para os demais oficiais e de bronze para praças. No centro do passador um número de 1 a 5 para indicar o período de campanha, cada um representando um ano.

A ela faziam juz todos os militares do Exército, Guarda Nacional, Voluntários da Pátria, Corpos de Polícia e Civis em serviço no Exercício em operações, inclusive argentinos e uruguaios cujo passador, ao invés de número, traz uma estrela.

Além dessas medalhas brasileiras destas campanha foram criadas a Uruguaia de Jatay e a argentina de Corrientes e mais as medalhas Argentina e a Uruguaia ao Exército Aliado em Operações contra o Governo do Paraguai cujo uso foi permitido aos brasileiros que delas fizeram jus.

Grande parte dos diplomas da Medalha Uruguaia ao Exército Aliado encontra-se a disposição de familiares de agraciados, no Arquivo Histórico do Exército.